Para ler ouvindo "you don't understand me" do Raconteurs: clicaaqui.
why do you feel the need to tease me?
Foi quando tudo pareceu andar mais devagar, quando a adrenalina perdeu o lugar e se abriu a possibilidade de um sorriso leve. Foi a sua implicância que me fez notar quanto me faz bem estar por perto. São as suas frases que dizem tudo sem entrelinhas e as quais finjo encontrar quereres escondidos, esses que você não esconde, só para alongar a discussão e te ver procurando formas para me interromper. É quando o fim de semana passa em paz enquanto minha vida inteira se faz em perguntas. É quando passo os dias vivendo para fora com medo de encontrar o seu sorriso, aqui, dentro de mim. São momentos que por piedade da calmaria massacro com rapidez. Queria medir o jeito que tudo reagiria e conhecer as consequências que meus atos teriam. Queria encontrar as respostas sem que fosse preciso fazer as perguntas. Queria conhecer o risco sem necessariamente arriscar. Queria viciar os dados e marcar as cartas a favor de um jogo ganho.
Mas, no fim, quem sabe, talvez tudo seja só uma questão de abaixar os receios e te encontrar sem medo.
domingo, junho 26, 2011
domingo, junho 12, 2011
better things to do
Me acostumei a gostar de muitas coisas para me livrar do peso de gostar de uma coisa só. Me trai a pessoa, me trai a situação, me trai o alguém que não cabe nas muitas que preciso ser para sobreviver. Por preguiça ou precaução me tiro de toda obrigação que o outro precisaria assumir comigo. Livro ele e me livro de esperar. Recomeço a levar a vida mais leve sem esperar no fim expediente o abraço certo, o carinho concreto e as reclamações simultâneas. Nos desfazemos da obrigação e nos fazemos um. Mais uma coisa boa se vai e eu me vou do que me obriguei a ser.
Tenho muitos medos. Medo de assumir a expectativa do outro. A vontade de alguém. Os anseios maiores que os meus (que já julgo gigantes). Assumo compromissos com a ideologia, me envolve em projetos pequenos e me esquivo dos maiores. Recolho abraços sinceros enquanto me desfaço dos que já não encaixam mais. Preciso de tudo que se reinventa porque vivo me reinventando todo o tempo. De você não quero mais do que poderia ser. O problema? É que já nem eu sei o que poderia ser enquanto é finito. No infinito, o além e nem é o fim, enfim.
Me acostumei a gostar de muitas coisas para me livrar do peso de gostar de uma coisa só. Me trai a pessoa, me trai a situação, me trai o alguém que não cabe nas muitas que preciso ser para sobreviver. Por preguiça ou precaução me tiro de toda obrigação que o outro precisaria assumir comigo. Livro ele e me livro de esperar. Recomeço a levar a vida mais leve sem esperar no fim expediente o abraço certo, o carinho concreto e as reclamações simultâneas. Nos desfazemos da obrigação e nos fazemos um. Mais uma coisa boa se vai e eu me vou do que me obriguei a ser.
Tenho muitos medos. Medo de assumir a expectativa do outro. A vontade de alguém. Os anseios maiores que os meus (que já julgo gigantes). Assumo compromissos com a ideologia, me envolve em projetos pequenos e me esquivo dos maiores. Recolho abraços sinceros enquanto me desfaço dos que já não encaixam mais. Preciso de tudo que se reinventa porque vivo me reinventando todo o tempo. De você não quero mais do que poderia ser. O problema? É que já nem eu sei o que poderia ser enquanto é finito. No infinito, o além e nem é o fim, enfim.
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