sexta-feira, outubro 31, 2008

Shuffle

Hoje eu precisava daqueles minutos de paz. Enxergar coisas boas nos olhos de quem vive com direito de inventar as suas próprias regras e, se importa, quando todo mundo já desistiu de acreditar. Acho que a definição da Bruna Beber pro shuffle, "esse botão chamado destino", se aplica aqui também. Sem controle, eu só espero que a música não termine nunca.


ps: a frase da Bruna está no blog da Fernanda.
e tá feita a festa dos links

quinta-feira, outubro 30, 2008

Incógnito futuro


Será que algum dia alguém vai ouvir as canções que escolhi para serem suas? Será que algum dia eu vou conseguir fazer algo parecido com o que fiz pra você? E esse outro alguém vai ter um sorriso ainda mais bonito e muito mais para me dar. Será que esse dia chega logo?

Ou esse, será só mais um dia, além...

segunda-feira, outubro 27, 2008

Menina de vestido vermelho


Hoje uma criança me entregou o mais sincero sorriso. Com um livro quase maior do que ela, me olhou e pediu "lê pra mim uma dessas histórias de fadas?". Apesar de atrasada, não me importaria de perder a sessão do cinema, por ficar naquela cena que me arrancou um sincero sorriso e me emprestou uma ouvinte atenta. Eu não sei o nome dela. Mas daquela pequena com vestido vermelho e malha, eu nunca esquecerei.



Eu sou a mais besta com criança. Eu sei.

sábado, outubro 25, 2008

Paz no próximo guichê a esquerda

Eu só quero que isso chegue logo ao fim. Não quero mais ouvir ou falar. Não quero mais saber. Me retirei, deixei tudo como estava porque não queria mais mexer, mas as situações tem vida própria. Me falaram que eu estou mais bonita, que meu olhar mudou, talvez seja a aceitação. O fim e o começo de uma nova era. Só que é preciso PAZ para viver. Difícil.

sexta-feira, outubro 24, 2008

Eternal sunshine of the spotless mind

Em todos os meus livros imaginários, os personagens não precisavam morrer para desaparecer, era uma frase errada e a vida dele estava pronta para sumir daquelas linhas. A menina que gosta de mim, não é uma forma inteligente de definir ninguém, pode ser pior se a menina for eu. Porque eu sou a garota que gosta tanto do que é, do que tem, dos amigos que escolheu; que virar a página pode não ser assim tão difícil. Só precisava ter lembrado antes que entrar nesses livros nunca foi tarefa simples, sempre escolhi a dedo os meus personagens, desenhei sua aparência e imaginei os pensamentos. Uma criteriosa seleção natural.

Os meus dias precisavam voltar a ser mais solitários para fazerem sentido. Viver comigo e com quem fala da vida sem medo de ser feliz. Os amigos que ganhei nos últimos meses. Os mesmos que acreditam que orientação de qualquer coisa não é um erro. A gente escolhe as nossas cartas e joga conforma nosso próprio baralho. Amizade no estado mais bruto que a frase pode apresentar. Daquelas que batem e com quem você já não tem medo de discordar. Cansei outra vez de colocar uma peça atrás da outra.

Não deixei de gostar daquele livro imaginário. Mas a última página dele se escreveu em uma frase infeliz. Só espero que meus personagens vivam a sua própria liberdade sem interferir na vida dos meus amigos. Idéia estúpida escrever uma história sem final.

Precisei perceber que um porre não acaba com meus problemas mas, ajuda a recomeçar. Mais centrada, sensata e certa de que não substituiria personagens em uma história escrota. Não lembrar absolutamente nada de uma noite não a tira de mim. Dão aos meus amigos um monte de piadas prontas e me entrega sorrisos, porque eu sou incapaz de acreditar neles.

O fim precisava chegar e se hoje pareço chateada, é porque para mim é difícil começar, e dessa vez decidida a ser: sozinha. Claro que com todo mundo do bem por perto. Meus eternos escolhidos.


Cansei.


UFA, ENFIM!


ps. o mesmo filme, de sempre, as lembranças apagadas e o Joel também diz: ok.

quinta-feira, outubro 23, 2008

Profissão: Jornalista

Faz algum tempo que eu deixei de ser idealista com a profissão, sem perder o romantismo, ainda acho que podemos ajudar o mundo mas não salva-lo. As aulas de jornalismo comunitário sempre me fazem acreditar um pouco mais que podemos ajudar, uma parcela mínima que seja, ser profissionais além da forma que criaram para encaixar um jornalista. Desci da sala pensando em uma porção de coisas e no texto que me esperava com aquela entrevista pronta no pen. Questão de vinte minutos eu tinha tudo pronto na tela do meu computador, esperando alguns ajustes que ficaram melhores nas mãos do meu amigo, o mesmo que o fim do colégio me entregou para sempre. Ele nada tinha a ver com isso, um trabalho da faculdade que não é a dele, futuro jornalista também, um dos meus orgulhos, força e coragem. O que faz da profissão uma coisa maravilhosa é essa rede de amigos que se cria. São meus sorrisos, os e-mails que me socorrem. Alguns na mesma sala e outros longe. Algumas pessoas tem o dom de transformar nada em luz. Eu gosto daqueles que sabem sorrir e procuram saídas quando a estrada está fechada. Eu gosto daqueles que escolhi e dos que me escolhem para ser. São quase duas da manhã e eu sinto uma sensação deliciosa de dever cumprido. Um desafio maravilhoso de uma entrevista difícil, cheia de dedos para não ferir o que não conheço. Respeitar a diversidade é difícil quando é necessário explora-la. O que eu aprendi quando comecei a viver de verdade. Quando eu quis ter o Felipe sempre por perto. Um dos meus maiores amores. Obrigada, meu querido.


E para fechar com chave de ouro.
Thigo diz:
"vendo" vc fazer esses textos e tals me faz lembrar da Carrie....auhuauha


Ri alto e fui dormir.
Eu AMO a Carrie desde sempre e ele não sabia.

quarta-feira, outubro 22, 2008

Adolescência

Naquela fase de inocência complexa, onde não se é criança ou adulto, onde começa de fato a adolescência que arrastaremos por muitos anos, começa uma das nossas melhores etapas da vida. Quando tudo é novidade demais para ser verdade e verdade demais para ser uma mera novidade. Talvez a gente queime etapas a fim de descobrir mais rápido e, se negue (para sempre) a condição de aprendiz. A vida é quase como um grande filme adolescente. Todos são personagens atrás de se encontrar. Buscam a cada nova letra um lugar qualquer para chamar de seu. O nosso espaço particular nesse inteiro que chamamos de mundo. Não tinha percebido, mas conversando por esses dias, me falaram que quando se é criança quer logo ser adolescente e hoje, na nossa idade, com as nossas responsabilidades, gostamos de ser adolescentes e procuramos aquela fase complexa e doce da transição. Agora é um pouco mais difícil, é a transição para o real que já enfrentamos durante todo o nosso dia, trabalhar e estudar, viver e amar. Falta um pouco de magia em algumas vidas. Falta um monte de coragem, a mesma que perdemos na nossa sociedade do medo. Medo de ser feliz, de voar, de crescer, de experimentar, medo de ser diferente.


Vamos ser terrivelmente adolescentes e imensamente felizes. Por toda a adolescência que nos resta e, que ela não chegue ao fim, jamais.


(Até a fatura do cartão chegar, minha irmã me pedir alguma coisa, o celular me acordar... Mas, meus momentos de felicidade aparecem com alguns sorrisos, dos outros, também. Be happy my lovers)


Dica de blog:
Teen Rocks
Adolescência com um quê de nostalgia.



Ps: totalmente influenciada por ter assistido Camp Rock até agora com minha irmã/filha/criança/vida de onze anos, minha chatinha sagitariana.

sábado, outubro 18, 2008

- Minha vida estava em paz quando você apareceu.
- Vai lá com a paz.
- Não, eu prefiro a guerra, a bagunça, prefiro você.


E dessa forma eu volto a acreditar que a felicidade pode estar no fim da cautela. Que um dia especial podem se tornar milhares de outros. Um olhar de preocupação diz mais do que a cara de indiferença. Se enganar a vida inteira por medo de se entregar, não me deixaria ouvir essa frase, nem sentir de perto essa felicidade.

São nesses momentos que eu volto a acreditar, na vida.

quarta-feira, outubro 15, 2008

Entre pontos e vírgulas

Se alguma coisa aprendi entre tantas letras. Misturada a essência de um livro sem final. Sentada, sozinha, parada, ouvindo o que me diz demais. Sendo o que sou de menos. A soulsister falou da nossa inabilidade de se enfrentar, falar em letras pretas com um fundo branco ou no eco de uma ligação é sempre muito mais simples do que enfrentar um olhar. Medo do quanto as mãos podem denunciar e um gesto em falso acabar com a muralha que criamos para se defender, de nós. Não nos importamos com a vida que não tivemos. Perdemos em algum ponto a melodia dessa história. Em alguma pausa de uma vírgula que não existe. Em tudo, pontos e vírgulas, que engoli por falar rápido demais. A sua paciência curta continua quando a minha acaba. Mas eu ainda falo rápido demais. Demais e mais.
Mudanças

Alguma coisa parecida com estar viva. Reli a história e me encontrei. Fiz tudo que precisava para acabar com os pensamentos. Desfiz pequenos hábitos. Refiz grandes momentos. Consertei a minha vida inteira para te ter ali. Quando tinha todas as respostas, quando achava que era o momento de caminhar para um lugar que nunca tinha estado, a vida mudou todas as perguntas. Precisei lidar com um ciúmes que nunca senti. Com sensações contraditórias o suficiente para achar que ficar parada era o mais fácil. Talvez fosse tudo mais simples se passasse a viver na teoria. Só que na prática, a ação gera uma reação e eu gosto dos riscos. Que o ódio nunca seja resposta, enfim.

domingo, outubro 12, 2008

'The darkest hours are when we choose a side'*


Deixei de sentir o medo da incerteza. Mudei outra vez. Tenho um novo cabelo, corte e cor, e um novo sorriso. Tenho as mesmas vontades guardadas, só que fora do alcance dos meus olhos, seria seu o trabalho de tirar daquela caixa fechada os sentimentos que guardei. Ficarão ali pelo tempo indeterminado chamado: vida. A gente levantou antes do jogo terminar e alguém apareceu ao meu lado para guardar as peças soltas. Agora me faz feliz com a pureza de um sentimento simples.


*Incubus

quarta-feira, outubro 08, 2008

Momentos

Eu só sabia que estava determinada a deixar minha vida outra vez livremente pronta para ser vivida. Os sonhos precisavam voltar a ocupar suas posições. A realidade necessária fazia a sua parte em silêncio e as respostas de tempos atrás eram ouvidas sem palavras. Medo, opção, vida, liberdade; não importa o rótulo, aquele conteúdo secreto ainda é combustível. Chegou o tempo de piadas complementares e a mesma verdade cheia de possibilidades. É bom estar, tão bom quanto ser, livre e nesse instante: feliz.

segunda-feira, outubro 06, 2008

Verbo viver

Precisava me encontrar enquanto me perdia em silêncio. Ficar ali parada só porque eu queria ficar parada. Me encher daquele mousse de limão até azedar. Sorrir como se o mundo fosse acabar amanhã e esse fosse o último instante chamado felicidade. Viver como se fosse o meu último dia. Porque eu não podia voltar atrás naquilo que tinha visto, o Caio falou que depois de ver, não há mais volta. Depois de enxergar uma vez, a cegueira é preenchida por imaginação. Meus olhos fechados enxergavam com os sentimentos. Meus sentimentos fechados me faziam ser cega para tudo e, tudo é muito para deixar de ser. Foi quando me encontrei, sem notar, sem procurar lugar nenhum chamado compreensão. Da arte do encontro, eu só dei valor quando perdi, quando vi que de tudo que poderia perder, estava a um fio do mais insuportável. Me perderia e nessa estrada sem volta, só os tijolos coloridos fazem história. Cada um deles é a simples continuidade de uma noite de sonhos. Caminho para um lugar onde eu possa sentir...







paz.








Dia quatro de outubro é sempre um dia especial :)

domingo, outubro 05, 2008

Garota

Talvez eu fosse mesmo uma garota mimada e meus pensamentos fossem todos egoístas. Aprendi a sonhar enquanto fazia das minhas bonecas companhia. Criava durante tardes inteiras histórias e sorria sozinha. Até que eu percebi, o quanto egoísta era minha imaginação, intrometida, ficava formando espaços e criando laços que só a vida é capaz de melhorar. E a partir daí, fui ser garota... e só.

sexta-feira, outubro 03, 2008

Liberdade


Me irrita a falta de alegria nos olhos. O nunca estar bom. Me irrita o ar de superioridade forçado que me faz perguntar se existe algo mais a ser dito. Não tem, nunca tem, a não ser que vá fazer desmoronar uma construção inteira. Sustentávamos um alicerce, éramos quatro, até alguém quebrar um pedaço em um dos lados, ainda estamos equilibrados, esperando quem sabe um dia que alguém conserte algo.

Parei de tentar conviver, a convivência é forçada quando não há opção, com jornalismo existem momentos que é preciso ir além e, nesses momentos eu preciso de iguais a mim para segurar a onda e me ajudar a pensar. São os meus amigos com os quais adoro trabalhar junto. Tem os momentos que aquilo é trabalho e a amizade é conseqüência vinda com uma dose extra de sorte. Eu gosto das pessoas com quem trabalho, são pessoas que fazem da Virada Cultural um monte de história, são pessoas que terminam a noite em um bar da Augusta ouvindo música boa e entendendo tudo ao mesmo tempo. É a minha sorte e a outra parte dela se chama: sinceridade.

Eu sempre enfrentei os meus sentimentos. Errei e acertei com minhas próprias vontades. Enfrentei o convencional e já fiz tudo ao contrário porque quis. Já me deixei levar. E já resolvi parar de uma vez. Já acreditei no tempo e ridicularizei a substituição. Depois acreditei que a aparição de alguém novo na sua vida pode mudar seis meses dela, e não falo em futuro, tem que horas que a gente se apega tanto ao passado que fica vivendo nele, mesmo que continue existindo um dia após o outro. Sempre tive o maior orgulho de assumir escolhas mal feitas e tentar conserta-las. Já quis quem desprezei um dia. E tive, mesmo que com isso, tenha que ter engolido o meu orgulho. Já andei para frente em sorrisos sinceros. Já desisti de fingir que eu quero conviver com quem eu não quero. Quem tem o dom especial de acabar com a minha energia. Aquela pessoa hippie que acredita em vibrações e que quando as pessoas não andam sintonizadas, elas andam porque a fila empurra, eu deixo passar na minha frente e fico feliz no meu ritmo.

Ah, como é bom não fingir nada e ser só o que eu sou. Imperfeita, perfeccionista com tudo que acredito, e principalmente, amiga dos meus amigos. :)

quarta-feira, outubro 01, 2008

Faculdade



Poucas coisas me irritam mais do que discussões sem argumentos e aquelas pessoas que de tão submissas as compram sem fundamento. Eu detesto a coisa da falta de tempo, quando a vida te obriga a dormir quatro horas por noite durante um ano e meio, certas desculpas viram piada. Problema nosso. Não me interessa e não interessa pra quem te cobra. Algumas coisas precisam ser ditas, como a falta de referência em uma faculdade de jornalismo, para tantas outras o silêncio seria solução. Se virá, cada um com seus problemas, e eles não importam quando o assunto chama: obrigação. Outra vez repito que a faculdade são quatro anos de estágio (no caso, pagos) para uma vida.


O Quiroga diz:

Quando se aproximarem aquelas pessoas que só criticam o mundo e se queixam do drama em que estão envolvidas, diga-lhes que se elas vêem outro mundo melhor, então que façam o necessário para inventá-lo e pô-lo em prática.