segunda-feira, março 31, 2008

The girl with kaleidoscope eyes

Eu gosto tanto daquelas lembranças. Da minha infância, com o quintal da casa na minha vó, as laranjas do pé, o pé na areia. Eu gosto tanto daqueles dias. Das tardes deitada na grama e a cabeça na mochila, das aulas de literatura, eu gosto tanto. Todas aquelas conversas e de como você diz todas as verdades que as pessoas não falam. E de como acredita que eu não ouço. Sem saber, sem notar, sem querer me faz ver algumas coisas e discordar de outras. Eu gosto de tantos pequenos detalhes. Minha cabeça é toda feita deles e de algumas lembranças. De pequenas lembranças. Como aquele dia que você dormiu o tempo todo e eu fiquei quietinha pra não te acordar.


ah, semana, corre.
corre.
corre.


nha, columbia leva o cover da semana, não por ser bom, por me fazer bater os pezinhos e rir dela cantando igual. :)
lucy in the skyyyyyyyyy with diamonds.
LET'S DANCE

O que fazer quando nem seu porto seguro é mais seguro? Andar pelas ruas de São Paulo, pensando em como tudo pode ser assoprado da sua vida sem aviso prévio. Achar ridiculo aquele seu texto misturado a realidade de um jeito tão ruim. Você voltou a fazer do jeito que era antes e não era assim tão bom. E a minha vida é essa complexidade toda.

Então as pessoas fazem rodas e mais rodas de verdade com minhas histórias. Que deve ser um pouco menos interessante do que parece. O meu inferno astral resolveu fazer festa dos demônios. Bem vindos, meus queridos, o acaso roteriza a minha vida. E os melhores lugares que estive foram eles que me colocaram. Na felicidade e na dor.

Aquilo que eu esperei e estava na minha mão escorreu. O meu porto seguro cheio de trabalho, já parece não mais acontecer, e eu ando por essas ruas com entorpecentes inofensivos. Me falam da minha vida, apresentam soluções, dos cigarros e da bebida. Disso e daquilo. De tudo que eu sou obrigada a presenciar e esperam meus sorrisos. Aprendam: eu não sei fingir, ponto. Se não é, não é e se é, é de verdade. Sem a pena das pessoas que jamais vão entender nada de viver. Ou vão viver sempre como se entendessem. Com essa alegria frigida. Eu escolhi queimar, eu escolhi a verdade de dentro de mim, aquela que meu amigo lembrou estar aqui.

Meu celular resolveu ter vida própria, então ele desligou e não ligava, tirar e colocar a bateria cinquenta vezes e quando ele ligou a mensagem da única irmã por opção que tenho: "let's dance to Joy Division! Everything is going wrong but we are so happy!". Uma vontade de chorar com ela que entende a milhas de distância. A mensagem certa, na hora mais certa, e a música da Lykke Li falando: 'dance, dance, dance'. Tudo que eu precisava para resolver ir em um sebo e ver o filme do Dylan, que é "mais poesia do que eu sou capaz de fazer".

As resoluções apareceram, eu saio do país no meio do ano, vou lá dar uma volta e ver o que acontece longe desse pequeno caos particular que me escolheu para fazer parte da cena.

Ela brincou e falou que eu estou ficando importante na cena, como ele não é lá, como eu poderia ser aqui se fizesse as escolhas certas. Mas eu só faço escolhas possíveis de suportar. E ser importante agora, não é grande coisa, não mais do que eu preciso resolver.

Sem ficar por aí sentada, sofrendo, chorando, ouvindo que eu preciso parar de "fingir que é fraca". Faz-me rir. A minha fraqueza está no meio de músicas e de coisas que você é incapaz de enxergar.

Eu devia ter levantado ontem e mandado aquela mensagem de boa noite, que fiquei devendo, deveria, mas não fiz. Não fiz e hoje eu pensei em te ligar e pedir para vir aqui. Ver o filme e ficar comigo. Sem fazer nada, só vir, mas eu não fiz e outra vez estou passeando com os demônios do meu inferno astral.

Semana que vem eu faço dezenove e os anos não pesam. Porque eu entendi a frase do filme que vi há quase um ano "escrever é mais importante que morrer". Eu achei que escrever fosse tão ou mais importante que viver. Mas é a salvação muda, então é o que me livra de morrer, o que não me deixa sofrer.

Então "let's dance. everything going wrong but we are so happy".


ps: na lan house da lee, aquela do lado do ibotirama, agora eu vou ver o filme do Dylan, se der tempo passar no banco e comprar o livro do Henry. Achei outro paraíso do meu consumo e amor pelas palavras.


E pra quem acha que é tudo simples: "VIVE A MINHA VIDA POR UMA SEMANA".
IUGOSLAVO, NERD, BOBO E FOFO




domingo, março 30, 2008

ABSTRAIA


v diz:
meu deus, sue, você é mano, olha onde você se enfia,
v diz:
que situação!,
sue. a girl with kaleidoscope eyes diz:
hahahaha
eu não sou mano
eu sou desencanada
sue. a girl with kaleidoscope eyes diz:
é diferente =)
hahaha
CAROLINA, CAROL BELA

Chegar em casa, vamos pra Augusta? Agora? Vamos. Um banho, passa aqui, e fui. Conversas sobre bandas, músicas, futuro, coisas e mais coisas. Los Hermanos no carro e de repente a Paulista ficou perto demais. De onde você menos imagina tudo que poderia ser.

Mais conversas, bar da loca, despedida na Frei Caneca. Subir pra Funhouse, e o impossível de não conseguir entrar. Vamos pra Vila Madalena, nada na Vila, vamos pra Love Story. Estacionamento caro e tarde demais. Voltas e mais voltas com o som do carro transbordando leveza. E o carro andando sempre rápido demais, nunca devagar, pneus cantando e a cidade ficando cada vez menor. O menor que mostra os meus amigos por perto. Cada vez mais perto. Os amigos que perguntam das minhas unhas vermelhas, que falam da marca do meu blazer, por quem eu passo frio e empresto a blusa. Porque eles me emprestam e me colocam dentro de uma vida plenamente possível.

Enquanto as luzes passavam. E o caminho era o mesmo daquele cheio de lembranças, do meu rosto coberto pelas minhas mãos, e dos olhares fugitivos cheio de verdade. O nosso caminho de ida, que foi manchado por mensagens e um boletim dispensável. Só o caminho era o mesmo, no rádio jorge ben canta: "foi numa tarde de domingo que alguém perguntando por ela chegou, deixou meu coração tristonho, enciumado, morrendo, eu falei, eu menti, eu chorei, eu sorri dizendo 'que ela mora no meu peito e eu moro vizinho a ela, que fico desse jeito pensando nos beijos, nos carinhos dela', Carolina, Carol, Carolina Bela". E eu pensava na minha amiga no banco da frente com uma felicidade que em cinco anos eu nunca tinha visto. Lembrei de quando pedi para ela não levar a vida pro lugar que eu levava a minha. Porque eu queria defender ela, guardar ela, deixar ela longe da confusão que eu sabia ser possível pra mim aguentar. Eu subestimei a força da garota. E hoje mostra que é mais forte do que eu. E as certezas dela, é carinho no banco da frente.

Ela pulou, aguentou conseqüências enormes, e hoje dos meus amigos é a mais feliz. A cidade continua grande, as luzes passam rápido, pneus continuam cantando em túneis enormes. E as conversas são sinceras, o olhar é sincero, a amizade e a nossa mania de não julgar nada é a certeza dos nossos segundos de felicidade. A minha amiga falou e eu acredito, a única obrigação nessa vida é ser feliz. Pura e simplesmente feliz. Vou continuar pulando em mares que desconheço o fundo. Pode ter pedras ou só um mar calmo. Só a vida calma demais para deixar os outros longe do que eu quero. Insensatez é desejar o que nossos olhos mentem, e deixar o medo prevalecer e as almas nunca mais se encantarem. Insensatez é não viver.

Sensatamente, eu estou com a perna tremendo de cansaço, os olhos fechando, e as palavras não sossegariam se não fossem escritas. Agora eu digo: eu amo os meus amigos. E em cinco anos eu nunca vi aquela garota tão feliz, com alguém que dá o melhor dela, de quem ela tem o melhor. A troca é feita e a preocupação é boa de enxergar. As histórias são mais interessantes e eu contei pela milésima vez a coisa das calcinhas na piscina do hotel.

Sem uma gota de álcool na Augusta, como jamais aconteceu, eu tive uma das noites mais felizes. Independente de todas as possíveis baladas terem furado. Andar naquele carro, com aquelas músicas, fez de tudo simplesmente melhor.

Hoje, eu posso olhar pro mundo e falar: eu vivi. Algumas mudanças não foram pro bem, mas o bem que elas me fizeram é maior do que qualquer mal que elas possam causar.



É, não dá pra fingir, e nem guardar certas coisas. Mata sabe? Mata leveza e isso eu não permito.


Agora, que já são cinco horas da manhã, eu posso dormir até acordar e sempre carregar as lembranças dessa madrugada.

"Eu não quero um outro alguém
muito menos se for
para esconder o bem
em um falso sorriso
pense muito bem
nesse abrigo indeciso
outra foto no mural
e eu fui cuidar de mim

Vou procurar ajuda
para um coração
trincado pela culpa
vazando sem perdão

Eu errei fazendo a coisa certa
Perdendo toda essência
Acho até que não preciso de você
Quando preciso de você"


Poléxia

o mais perto que eu chego em gostar de música eletrônica, drum'n'bass, Carolina, carol bela. :)

outra música.

sábado, março 29, 2008

LIMITES

Não sei porquê eu teimo em testar os limites que eu sei de cor. Não sei.
Parabéns pra Mari, como eu tô virando uma máquina de mancada com pessoas queridas, meu celular está descarregado e a chuva de hoje me deu uma preguiça sobrenatural. indo pra augusta, flyers do lançamento do zine e do ludov, e encontrar as meninas no vitrine. Abraço na mari e montinho na letícia =)
I'M GOOD, I'M GONE

Esperam de mim as coisas mais impossíveis como se no meio dessa impossibilidade toda, alguma hora, isso fosse fazer sentido, e doer menos para quem não sabe lidar. Exigem de mim sorrisos em momentos que eles não existem e jamais existiriam, porque eu não escondo, nem finjo. Busco na arte a leveza que muitas vezes não existe na vida. Músicas, filmes, frases, pessoas, fotos e fatos bons. O que for ruim eu finjo que não vi. Finjo que não ouvi. Finjo que não importa. Só para os outros. Os que se enganam fácil, se eu não choro por perto, se eu não reclamo, se eu não sofro. Ninguém além de mim e três pessoas, hoje são três, sabem. E quem sabe me dá carinho e me lembra que eu já não sou tão garota.

Os dias jamais serão iguais. Você quis assim, lembra? Eu quis assim. E então colho minha verdade. Porque ele me falou ontem: "a sua verdade tá toda dentro de você, você sabe". É, eu sei, enquanto estive sentada ali esperando ele, pensei em algumas coisas. Deitada no banco com frio e fome. Com pessoas e encontros no celular. Sozinha. Mas a solidão não é de todo mal. Eu não perceberia as folhas caídas e nem a estrela de ontem no céu, se estivesse acompanha de gestos falsos, então sozinha ali é verdade. Como é verdade tantas outras coisas que já não falo pra você, nem ninguém.

Um beijo e boa sorte.

E o resto, a minha amiga falou em um texto que diz demais do que a galhera é.

o título é Lykke Li, praticamente um vício sueco.
Genia, pode hablar.

Das coisas que meus amigos falam e nem é para mim. Mas é como se fosse.
Lee marie, a garota do bukowski tatuado no braço.

"se antes tinhamos medo de ferir as pessoas, hoje temos consciência de que agradar todo mundo, o tempo todo, é impossível. porque estamos sempre decepcionando alguém, principalmente aqueles que esperam de nós atitudes sobre humanas. e nós não escondemos nossa dor, não fingimos.a gente não deixa a desgraçada camuflada: ESCANCARAMOS. não sorrimos quando estamos imersas num buraco de mágoa. sorriso falso não combina com a gente. então é por isso que nos afastamos e ficamos quietas, respeitando nossas turbulências. esconder é fácil demais, difícil é admitir que sofre, que sangra, que chora. tristeza só existe na casa do vizinho, né?"
PARABÉNS

Tem coisas que você não sabe e as outras que não conto para ninguém. Como a pessoa com o "sem querer falar" no nick do msn com quem converso e que tira a minha leveza, mas transforma ela em melodia compartilhada. O meu passado com pé no banco e olhares interessados. Eu perguntei dele no meio do nada. Espera, e ele? E ele nada. Porque ele passou como todo mundo passa. E alguns poucos ficam. Eu sou daquelas que tem que aguentar o tranco. Lidar bem demais com palavras e arrancar o meu melhor. Procurar mesmo. O meu melhor que escondo entre pouco caso e sorrisos.

E para os donos da minha madrugada: milhares de desculpas. Esqueci de ter "meio" combinado com a Nah de encontrar ela na paulista, e a Le me liga pronta pro amanhã, me xingando por hoje. E pra Val: meus parabéns, você sabe.


Paps, fim das saudades, precisava lembrar como tudo era infernalmente complexo. Precisava, e com tudo, eu continuo melhor agora. :)

meu presente para a aniversariante:





Lykke Li na invasão sueca, porfavor, boço.

sexta-feira, março 28, 2008

ETERNAL SUNSHINE OF THE SPOTLESS MIND



(...)

Assist me, Heav'n! but whence arose that pray'r?
(Acuda-me Céus! Mas de onde veio aquela prece?)
Sprung it from piety, or from despair?
(Surgiu da piedade, ou do desespero?)
Ev'n here, where frozen chastity retires,
(Até mesmo aqui, onde repousa a esquecida castidade)
Love finds an altar for forbidden fires.
(O amor encontra um altar para desejos proibidos)
I ought to grieve, but cannot what I ought;
(Eu devia lamentar, mas não consigo fazer o que devo)

(...)

Now turn'd to Heav'n, I weep my past offence,
(Agora de volta aos Céus, lamento minha última ofensa)
Now think of thee, and curse my innocence.
(Agora penso em ti, e amaldiçôo minha inocência)
Of all affliction taught a lover yet,
(de todas as aflições já aprendidas pela amante)
'Tis sure the hardest science to forget!
(Esta é com certeza a ciência mais difícil de se esquecer)
How shall I lose the sin, yet keep the sense,
(Como vou me libertar do pecado, mantendo o sentido)
And love th' offender, yet detest th' offence?
(e amar o pecador, e ao mesmo tempo odiar o pecado?)
How the dear object from the crime remove,
(Como separar o (adorável!) objeto do crime do próprio crime)
Or how distinguish penitence from love?
(Ou como separar penitência de amor?)
Unequal task! a passion to resign,
(Tarefa sem igual! uma paixão pra se desistir,)
For hearts so touch'd, so pierc'd, so lost as mine.
(Para corações tão infligidos, tão lancinados, tão perdidos como o meu)

(...)

The world forgetting, by the world forgot.
(O mundo (a) esquecendo, esquecida pelo mundo.)
Eternal sunshine of the spotless mind!
(Eterno brilho de uma mente sem lembranças!)
Each pray'r accepted, and each wish resign'd;
(Todas as preces aceitas, todas as tentações abandonadas;)
Labour and rest, that equal periods keep;
(Trabalho e descanço, mantidos em turnos iguais;)
"Obedient slumbers that can wake and weep;"
("Sonâmbulos obedientes que podem acordar e lamentar")
Desires compos'd, affections ever ev'n,
(Desejos fomentados, afetos sempre correspondidos)

(...)

No, fly me, fly me, far as pole from pole;
(Não, voe comigo, tanto quanto de pólo a pólo;)
Rise Alps between us! and whole oceans roll!
(Eleve uma montanha entre nós! um oceano inteiro apareça!)
Ah, come not, write not, think not once of me,
(Ah, não venha, não escreva, não pense, pelo menos uma vez, por mim,)
Nor share one pang of all I felt for thee.
(Nem compartilhe nem mesmo um repentino pedaço do que eu sinto por ti)
Thy oaths I quit, thy memory resign;
(Renego teus juramentos, desisto de tuas lembranças)
Forget, renounce me, hate whate'er was mine.
(Esqueça, me renuncie, deteste tudo o que me é relacionado)
Fair eyes, and tempting looks (which yet I view!)
(Olhos bonitos, e olhares tentadores (os quais ainda vejo!))
Long lov'd, ador'd ideas, all adieu!
(Por muito amado, idéias adoradas, a tudo isso 'adieu'(adeus)!)

(...)

Then too, when fate shall thy fair frame destroy,
(Então também, quando o destino corroer tua beleza,)
(That cause of all my guilt, and all my joy)
((Isso é a causa de toda minha culpa, e também de minha satisfação))
In trance ecstatic may thy pangs be drown'd,
(Que num transe extasiante todas suas nostalgias se afoguem,)
Bright clouds descend, and angels watch thee round,
(Desçam nuvens claras, e anjos observem-na a girar,)
From op'ning skies may streaming glories shine,
(Dos Céus abertos brilhem fulgores de glória,)
And saints embrace thee with a love like mine.
(E santos te abracem com amor semelhante ao meu.)

(...)

Alexander Pope

O poema que dá nome ao filme, hoje eu acordei com vontade de assistir outra vez, mas eu preciso encontrar um amigo mais cedo na faculdade. E fazer outras coisas. Amanhã, eu assisto. Eu tinha visto a tradução em uma comunidade do orkut há décadas, fiquei quinze minutos procurando a comunidade, quando acho a tradução é da Pree, der, jamais ligaria. Grata surpresa da pímentinha.

O poema completo em inglês tá aqui.
SEM ORIGEM

Alguém explica de onde vem as marcas que você não lembra de ter conseguido?
E eu falo de roxos espalhados pelo corpo, as outras marcas, eu já sei de onde vem.

E no dia que nem a sis me levar a sério, eu juro, virei uma grande piada. E hoje ela busca o passaporte e eu fico pra sempre sozinha nessa merda de país. Mentira, eu vou também. E seria inteligente da minha parte ir tirar o passaporte. Resolver as coisas e ir logo. Mas agora tem alguma coisa que me prende aqui. And there's nothing left to grieve, fucking go, no momento o que me prende é ir e voltar nessa frase cinquenta vezes. Nessa música.


Não é pra sempre, mas conhecendo a velocidade da minha vida, e o jeito que nunca jamais um dia consegue ser igual ao outro. Eu que sempre falei que preferia 10 dias quentes a 100 anos mornos. É mentira, mas é verdade. Eu ainda prefiro só que as porras dos dias quentes queimam e deixam uns roxos por aqui.


Alguém explica o que é esse misto de felicidade e caos? Alguém?


Alguém?


Sabia, nunca fica ninguém.
SEMANA

Na terça eu acordei com o sol sorrindo e a vida era mais vida porque a noite era dele. Então, apareceu a promoção no trabalho, a que agora me faz trabalhar, ganhar mais, escrever sobre economia e quem sabe descobrir que eu nasci pra isso. Daí largo a faculdade e vou fazer economia. Tudo é sempre muito simples. E isso não é nem de longe um plano cogitável. Depois teve ele e eu achei que a leveza daqueles olhos me levariam para eternidade. Mas era só mais uma ilusão de uma menina que sonha demais. A realidade taí, filhadaputa, com todos os demônios habitando o meu inferno astral.

Então eu decido e resolvo o que é melhor fazer. Sem falar com a sis, e sem a sis, as certezas são vazias. Porque existe uma leve dependência da razão dela. Se não eu saio pelo mundo dando cabeçadas arianas. A minha cabeça precisa tomar o controle, fato. Fato.

Só não me pedi para parar de fazer o que eu faço.

No alto da falta do que fazer. Eu tenho menos trabalho hoje, porque tô abrindo mão dele para treinar a garota nova, então fiquei lendo arquivos. Arquivos de outra pessoa e mandando pedaços pro meu amigo. Dai falei que o ser era genial. Ele respondeu: genial e idiota. Mas é assim: era genial, hoje é idiota. Se você não usa bem o que tem, isso deve ser inevitável. E se eu não começar a mudar agora, a vida me muda, daí esquece livre-arbítrio. Sem andar com as próprias pernas tudo te carrega. E não, não é assim.



you only live once


ps: finalmente é sexta, opa, finalmente eu escolho o que fazer e o que deixar de. é sexta e tem a festa da val. vamos ver como caminha a minha tosse de cachorro pestilento, daí quem sabe. :)
E depois de duas décadas, resolver algumas coisas, é hora de fechar tudo. O inferno astral deve ser sinônimo de resolução.
Nunca imaginei minha vida assim aos 18 e já desisti de pensar nela com 22. Mas eu não arrasto nada, só levo sem pesar, gente do passado no presente de hoje à noite.
ALEGRIA DAS MANHÃS


sue. diz:
onde vc foi?
li no bloguei.
sue. diz:
hahaha
vende-se alma vagabunda com tatuagem de bukowski. diz:
ah, passei a tarde/noite/madrugada bebendo...
vende-se alma vagabunda com tatuagem de bukowski. diz:
teve um coquetel lá no itau cultural, fui com o marcelo. gente, temos muita classe. fizemos amizade com os garçons e nossa taça não ficava vazia.
sue. diz:
hahaahahahahahahahahahaha
sue. diz:
o que tinha pra beber?
sue. diz:
MUITA CLASSE;
vende-se alma vagabunda com tatuagem de bukowski. diz:
ah, champagne... só.
sue. diz:
ah, vou postar no blog.
sue. diz:

sue. diz:
champagne boa?
vende-se alma vagabunda com tatuagem de bukowski. diz:
e ainda roubamos as taças...
sue. diz:
HAHSHAHSHUAHUSHUA!
sue. diz:
AMO os amigos que tenho, pura fineza
vende-se alma vagabunda com tatuagem de bukowski. diz:
classuda. e uns quitutes e docinhos.
sue. diz:
o ma levou onde? oO
sue. diz:
você tinha bolsa, ele colocou no bolso?
vende-se alma vagabunda com tatuagem de bukowski. diz:
então, a pree e eu pegamos as taças e fomos pro banheiro
vende-se alma vagabunda com tatuagem de bukowski. diz:
os seguranças ollharam no maior coração
sue. diz:
no maior coração, hahaha!
vende-se alma vagabunda com tatuagem de bukowski. diz:
carãão
sue. diz:
hahhaahahahhahaha. isso que é amor chuif, chuif.
vende-se alma vagabunda com tatuagem de bukowski. diz:
ando com a palavra coração saindo de mim, do nada...
vende-se alma vagabunda com tatuagem de bukowski. diz:
hahahaha
vende-se alma vagabunda com tatuagem de bukowski. diz:
enfim, pegamos as taças e fomos pro ibotirama, pra tomar cerveja nelas...
sue. diz:
HAHAHAHAHAHA!
sue. diz:
vocês me surpreendem
sue. diz:
quando eu acho que nada mais consegue, HAHA!
sue. diz:
você viu as fotos da berenice apareceram?



berenice, q?
essa ó:



depois da melância, teve o melão, mas ninguém lembrou de tirar foto. Berenice, segura. Quero mais desse reveião, me dá?
DANCINHAS




É o que falam ser as danças da Val, hahaha.
E se você não continua ela pára na sua frente pra sempre.

quinta-feira, março 27, 2008

SEM IGUAL

O pior, no fundo, deve ser saber que já não está onde você reinou.Trocado por garrafas vazias e cinzas de cigarro. A sua seriedade estragou tudo que jamais chegou a ser. Mesmo com tanto artifício é difícil. Por que é tão difícil? Vozes e corpos desconhecidos.

Diga a ele que estava no bar com alguns amigos, apesar de não conhecer todos que me rodeiam e com isso enxergar tanto espaço dentro de mim. E com isso enxergar vida no que nos restou. Isso é quando a multidão já não basta e as lembranças esquecidas ficam mais simples diluídas. Naquele momento que até as lembranças são vazias, esquecendo tudo com coisa nenhuma.

Já não fico sem coisa nenhuma, te dar o mundo e te entregar a paz. Quem sabe um novo amor me faria muito bem. Em cada frase para me encontrar eu acho você.

Estou com fome de novo, estou bêbada, pelas mesmas ruas sem as garrafas e a vida.

Cada trago cada vez mais fundo, com isso de brincar com vida e morte no mesmo lugar.

Dentro da memória vem aquilo que senti, o universo que desenhei para nós.

Por esses dias rasguei tudo que te escrevi, o que não consegui foi deixar de sentir.

Se alguns vêem vida na morte. Na minha vida a morte nunca sorri, já não acredito que é preciso morrer para viver outra vez. Troco o peso dos outros pela leveza dos meus dias, e aquela claustrofobia pela liberdade. Na minha prisão já não existe mais grades e tudo que te pedi naqueles dias, já consegui.

E no céu as estrelas que você jamais conseguiu apagar. As escolhas desse jogo sem fim sempre foram minhas e eu decidi não fugir.

ps: texto com a jack no bar de sempre, no bar que tem tirado tudo que talvez no fundo, eu devesse sentir para acabar de vez com isso. então, eu entorpeço todas as verdades e nada nunca muda. nunca.
FLORES NA JANELA


Seja você, olha pro céu e se esqueça. Faz algumas noites que já não existem estrelas. Como faz algumas noites que não existem. O sono apaga tudo e a melodia é sempre simples. Leve e simples. Como a noite de ontem foi, como as coisas são, e a dor dele é só leveza nos belos olhos azuis. Eu gosto de quem sabe sofrer e de quem guarda isso em lugares diferentes e carregam o riso perfeito.

O riso perfeito, aquele que eu guardo com a mesma simplicidade dos pedidos bobos. Enche uma mala de ilusão, com a incerteza que tem, e a saudade temida. O meu agora vai ser dali pra frente.

Insensatez é desejar o que os olhos mentem. E o meu medo sempre foi que ele prevalecesse e minha alma perde-se o encanto. Mas até o meu medo é imprudente, e eu nunca soube procurar verdade onde ela era rala, onde nunca jamais existiria.

Sempre preferi certezas vazias, e segui, com as minhas cartas em outros baralhos e o meu coração de carnaval tocando os sambas de dor com sorrisos espalhados. Cada um com sua loucura, sempre carnaval no meu coração, teu sorriso... O teu mais simples sorriso sem graça e as despedidas são recomeços. Ninguém nunca falou que viver seria fácil, mas esqueceram de falar que para mim ia ser cheio dessas dificuldades maravilhosas.

"Falar que vai apagar o presente é apenas garantia de um futuro com um péssimo passado" um comentário no blog dela.


E eu continuo não me importando com o que importa, ou só você conhece a verdade, alguns poucos vocês que me têm de verdade e isso não é assim tão fácil.



algumas coisas deveriam simplesmente não existir e pro resto, eu pago uma cerveja.

oitenta frases deles soltas e uma razão...

quarta-feira, março 26, 2008

LITTLE RED


Foto Phillip Toledano

Little garden how do i make your flowers grow, when i already do everything that i know.i bring you sunshine and i bring you rain, but still you refrain.
All the other gardens are so full of flowers.
They're so colourful yet i spend all these hours, trying to make you as beautiful as them, but still you refrain.

Knock scratch

Little girl, why are you crying, just because the flowers in your garden are dying, theres so much, that you could be doing, and all of your neighbours well they havent got a clue oh, come on with me, well have a little bit of fun, yeah, its not too dangerous and we wont hurt anyone yeah, well cause some havoc between the birds and the bees and well , well paint the town red and well shake the trees, oh come on with me and ill show you a good time, all you have to do, is a jump and a climb, and ill, ill take you over to the other side of town, well theres so much to do there and nobody wears a crown.
Oh, Should i go? or should i stay? my flowers are dying and im sick and tired anyway,
This boy seems kinda cool, his jeans are kind of low.
Well i think ill go.

jump climb

Oh, lets pack a picnic and well go for a drive. well go to a funfair and go on all the rides. well climb up a mountain and well take in the sights, well jump in a plane and fly. if you want you can come back to mine. well drink some coffee and you can spend the night. well do anything that makes you smile, cause your smile is beautiful and it makes me happy, cause your smile is beautiful and it makes me happy
This little girl she grew up and moved away and she
She lived her life full of risk and full of play and she
She lived her life, with so much to say, and
Her flowers they grow more beautiful everyday

Kate Nash

a letra que salva uma música fora de medida.
O RETORNO, O PERDÃO E A FAMÍLIA

Então ele entrou, sorriu, abriu os braços, sentou, se arrumou na cadeira. E colocou no meu rosto o melhor sorriso. E leu, meio desalinhado, com as palavras saindo rápido, e o olhar preso no papel enquanto eu achava que era só para mim. E naquele minuto ele era meu e não mais das outras 499 pessoas.

Como eu imaginei que você se sentiria um dia e você não sentiu. Então, ele continuou e num dado momento eu já não ouvia. Entrei dentro de mim, com os olhos piscando e o sorriso pra ele. Dentro das minhas paixões e de tudo que é verdade. O presente que representa muito. Do jeito que eu preciso me apaixonar e como eu me engano hoje com a razão falando alto como nunca. A razão que eu uso para não apagar seu sorriso com medo e incerteza. A sua vida, o seu tempo, a sua vontade. Longe ou perto, seus olhos brilhando e o seu mais belo sorriso, são o que importa. A minha paixão pela simplicidade das coisas. Sentir e fazer. Querer e lutar. Ir ou ficar.

Me apaixonei por viver. E mentalmente enquanto ele ainda lia, sorria e pensava em tudo. Pensei em perdão, quando ele fala em mil perdões e no meio disso percebi o quanto perdôo meus pais. Quanto perdôo e entendo a loucura da minha mãe. Quando ela me agride é o jeito de se agredir mais e na cabeça dela é como se fosse menos. Se ela fala e acha que erro é porque me vê vivendo tudo que ela poderia ter feito. As escolhas erradas e a vida que ela viu passar enquanto eu crescia com o meu gênio e a liberdade na bolsa. Eu nunca fui um exemplo de filha, embora tivesse ótimas notas e aprendesse tudo sozinha, eu sempre precisei o mínimo dela e isso machuca quem quer ensinar. Eu não gosto de dependência, nem das pessoas que reclamam de tudo e por tudo, como se nunca tivesse uma solução e como se a solução não estivesse ao alcance do perdão. Eu perdôo os meus pais, culpar eles por tudo é um absurdo. Amanhã será eu. Ao meu futuro entrego tudo que fiz, as vezes que errei e os meus acertos, e a liberdade; que outras tantas vezes usei mal e nessa maldade tive as mais formidáveis experiências. Conheci as pessoas mais sensacionais e me permiti ser, estar e ficar quando era simples ir embora.

Amores, serão sempre amáveis.

Aos meus pais o meu perdão, a dor o aprendizado, ao passado a lembrança, ao presente a esperança e ao futuro o acaso.








Naquele natal, eu pedi a saúde e a vida dela de volta, a vida que dois meses depois já não existia. Daquilo eu levo o eterno aprendizado e minha mania de viver e ser feliz, com o minímo possível e com as pessoas que o mundo escolhe.
E é tão irritante ver gente reclamando de relações fodidas, enquanto as relações existem, enquanto é possível reverter e se desculpar. Eu acho que o meu pai, se pudesse, pediria desculpas por ter sido contra a vida dela e as vontades que ela levou para o infinito. É só isso que me permiti viver, a sinceridade absoluta comigo, dos sorrisos que ela me dava cheio de dor física e da coragem que ela não teve para viver. Força e coragem são duas coisas diferentes, isso eu também aprendi ali.
AND I LOVE HER




acordar com don't speak na cabeça,
dormir com and i love her
ver o chico buarque
uma coisa ótima que comentarei quando estiver CERTO
reuniões na quinta
e o resto que eu deixo com o acaso, meu amigo.

vida, vida.
dormir antes que seja hora de acordar.
boa noite se alguém passar por aqui na madrugada de quarta

terça-feira, março 25, 2008

ETERNO RETORNO

O pior é acordar e sentir que você está perdendo. Que já não há mais porque lutar. A perda é inevitável e a culpa é só sua. Você que não soube como seguir, ou que viu a vida andar tanto em pouco tempo, de um jeito tão estranho. Sua que sou eu. Eu quem acordou pensando em não falar. Porque falar machuca. Torna mais real, é verdade. Falar torna tudo mais real. E só sei viver na realidade, finjo para mim na esperança dos outros acreditarem e nada acontece.

Continuo por vários passos. Deixando sorrisos em outros corpos. Marcas e carinho em outras vidas. Sigo, porque parar não nos levaria a lugar nenhum. Eu sei que você é bom. Muito bom. É pela sua felicidade, pelo seu bem, mesmo que depois de tanta confusão você possa duvidar disso. Eu duvidaria. Mas é sempre uma vida, como a nova de ontem, e merece ser solta. Voa, como eu te pedi tantas e incontáveis vezes. Vai e não se preocupa com nada, nem ninguém. Segue o seu rumo de leveza.

Quanto mais arrumo minha vida, mais ela se bagunça, quanto mais tento em vão pôr ordem, mais ela vai embora. Como o meu quarto e o tempo que passei tentando lembrar onde estava o carregador do celular. A vida não é um quebra-cabeças com encaixes perfeitos. São várias pecinhas de lego e nós somos aquelas crianças de 3 anos que não vão fazer lindas construções, só encaixar sem jeito, nas pontinhas peças muito maiores, sem montar a base e ainda assim chorar quando o brinquedo não fica de pé. E depois, gritar um adulto e pedir pra ele nos ajudar, como você me ajuda. Sempre ajuda. É difícil cortar as peças debaixo do nosso jogo. E eu gosto de lego.

Não, não vai embora, mesmo que eu te peça. Minha boca te fala o que seria mais fácil para nós. Mas não é o que eu quero. E por tudo não é o que você quer. Me dá um abraço, deixa eu ficar quietinha, perto e desse jeito me desculpar. Sim, eu te devo um caminhão de desculpas por ter feito um nó na sua cabeça e não conseguir desatar, sem passar por cima das suas certezas. Me desculpa?


"Eu quero me livrar, cantar, voar, sumir..."
DON'T SPEAK





Acordei com essa música na cabeça e ela carregada de lembranças.
ewige wiederkunft

='(


Ah, hoje eu vejo o Chico Buarque =)

segunda-feira, março 24, 2008

CASTELO DE CARTAS

O café de todos os dias. E um chá das cinco. O horário que eu cheguei, supreendentemente na hora, no surpreso frio que resolveu fazer de repente. E então, ali sentada, pensei no castelo de cartas que eu construí dia desses no meio do meu tédio. Mas meus castelos nunca foram grandes e nem chegaram a ser altos. Eu sempre preferi viver a construir. Então, eu sigo sempre, sem parar por nada, daquele jeito que ninguém me pára e o movimento sempre sorri demais. Poucas pessoas me fizeram parar, poucos tiveram meus pensamentos por muitas semanas, sorri quando vi passar um provável bom futuro. Daqueles que conhecem, lêem e ouvem a coisa certa. Outro me ligou e eu tive que trocar conversas por obrigações. Um terrível final de semana, com uns corpos consumidos e o mesmo vazio de sempre. As frases já ouvidas e as novas sendo escritas. Os medos apagados, e a incerteza ainda ronda a sua certeza, a sua certeza que eu entendi e respeitei, como sempre e como nunca tinha sido.


Sigo com meus castelos pela metade e a vida, a vida que recebi por mensagem de celular, o mundo hoje ganhou mais uma ariana. Bem-vinda Clarinha, mesmo que você tenha acabado com radinho de pilha e o bate cabelo em águas imundas.


outra mólerzinha
GAVETAS

Quando tudo sai do lugar e eu poderia enumerar confusão na minha vida. O melhor é revirar passado e pensar o quanto as possibilidades se encaixam nele. Quanto do que foi é carinho e como isso pode ser um dia. Então, eu abro bilhetes, acho fotos de gente que não vejo há muito tempo.

E no fundo da minha gaveta, um papel escrito:
"sua cretina, te amo"

A minha tarde é o encontro com o passado que posso pegar. São os bilhetes em papel laranja, os ingressos do teatro, os convites de aniversário, o serviço de peças em papel bonito e letras estampadas.

É o papel da peça do Caio, aquela que vimos e esperamos por duas horas, entre risos e lágrimas de encontro. O dia que eu encontrei os pedaços que levaria pra sempre. O dia que eu vi que o pra sempre pode ter continentes de distância. Ah, a saudades, da Sabrina que volta em Agosto. Saudades de mim que não volta mais.

O fio azul de rede, que aprendi a fazer pra amarrar na mochila depois, e andei um ou dois dias com ele. Daí perdeu a graça. Porque aquele técnico nunca teve muita graça. Mas tudo é muito na minha vida e graças a ele, depois dele, eu jamais estive sozinha. Big sis.

A minha agenda do ano passado, mais um ano virado, uma página colada. E em um papel do teatro mágico eu leio: "Nosso roteiro imaginário é nossa maneira improvisada de viver a vida".

A minha agenda carregada de Ludov e de vida. E como eu aprendi a viver depois dela. Em outras gavetas os meus bloquinhos e falta coragem de abrir eles. Tem aquele de pelinhos azul, o mais criança, o começo de vários outros que viriam.

O resultado é 20 livros lá embaixo. Uma prateleira finalmente organizada com outros. Um lugar só pros pockets. Duas sacolas de papéis e coisas sem utilidade. E o meu amigo me liga e fala: "resolveu começar a semana com vida nova" e eu respondo "é preciso". Depois disso desço as escadas mais três vezes carregando muito mais peso do que deveria e fim.

Muito mais simples do que parece. Como viver...


E amanhã eu vou ver o Chico, chuif, chuif.
THE NEXT TRIP


sue says: é fee, tipo porto [2]
vamos sentar e falar merda na beira do mar.
felipe says: e levar um rádio a pilha pra bater cabelo na água da praia imunda.

HAHAHAHA!
amoo.

das descobertas:

felipe says:
eu fui com vc pro rio
sue. says:
foi?
felipe says:
sim
felipe says:
meu pai acha q vc foi comigo
felipe says:
ops!
felipe says:
na verdade
felipe says:
ele nao sabe q eu fui pro rio
felipe says:
eu e vc fomos pra itupeva
felipe says:
na chacara da leticia hereny
felipe says:
kspoaksopkaopskoas

e se cega, se morre, se virá viado [ironia mode on, hahaha], o pai me culpa, ai céus!

AMO meus amigos

sábado, março 22, 2008

MOPTOP

Todos os dias eu ensaio uma conclusão. Ando por essas ruas pensando em nunca voltar, todo dia, e nunca é igual. Sem fingir, sem julgar, sem medir, sem pensar eu queria ver se tinha alguém ai atrás. Enquanto você escondia as mãos nas costas e alguma verdade em um lugar que seu olhar não negou. Quando eu perguntei da primeira vez já conhecia a resposta.

O tempo nunca foi demais, e a distância é proximidade, o seu sorriso é a certeza que não devo seguir. Falar a mesma língua pode nos levar a beira do precipício. Só que eu pulo e você fica. Eu vou e você volta. Sem presunção, é muito além e mais mágico do que você imagina, e se você sente alguma coisa não julga suficiente. Se for pra mentir, seja convincente, se for lutar, seja inconseqüente.

Sentir em vão, esperar, afastar. Sem entender, sem embebedar e eu ainda me sinto perto assim.



Hoje eu sei
MAYBE NOT

A lee entende, daí me dedica essa música que eu tinha percebido uma vez e ficado quieta. É, meus amigos abrem a porta e falam: olha, garota.



na tecla SAP

Há um sonho que eu vejo, rezo para que possa ser
Procure atravessar a terra, sacudir esta terra
Um desejo ou um comando
Eu sonho que vejo, não mate isso, é grátis
Você é apenas um homem, você tem o que você pode

Todos nós fazemos o que podemos
Então, podemos fazer só mais uma coisa
Todos nós podemos ser livres
Talvez não com palavras
Talvez não com um olhar
Mas, com a sua mente

Ouça-me, não caminhe nessa rua
Há sempre um fim para isso
Venha e seja livre, você sabe quem eu sou
Somos apenas pessoas que vivem

Não temos nada
Então não temos nada a perder
Todos nós podemos ser livres
Talvez não com palavras
Talvez não com um olhar
Mas, com a sua mente

Você tem que escolher um desejo ou comando
Na virada da maré, é assolador
Lembre-se de uma coisa, o sonho você pode ver
Ore para ser, agite esta terra

(cat power, maybe not)
NATURE OF THE EXPERIMENT

Tem aquela música que fala, sem notar vi meu pranto ceder, sem notar vi coragem nascer. Não é preciso ser forte, é preciso se sentir forte. Assim como pouco importa estar certa se eu me sinto assim.

O maior pecador é aquele que vive para negar a vida. Negar, negar e negar. Depois vai pensar que deixou tanta coisa passar. Tanta coisa sensacional que eu só dei valor depois que levaram ela pela mão para nunca mais. Acho que perder alguém muda tudo. Sempre. Mudou cedo e desde então meus mistérios são proteção. A garota que vive, a garota que escreve, a garota que nunca mais terá a família do mesmo jeito. E o maior medo vai continuar naquilo que nunca chega a ser.

Minha mente vive cheia de perguntas e meu professor mora na minha alma. É assim, no café enquanto as letras se cruzam sozinhas.

Espero que não seja solitário sem mim. E que um dia você entenda os meus motivos. Ou não entenda nunca. Afinal a vida é só essa grande incompreensão, como do alto da sua solidão observou a Clarice.

Sai do cinema querendo um abraço. Por ironia do destino encontrei minha chefe. Por ironia maior enquanto atravessa a augusta encontrei todos os meus pedaços que já passaram por ali.

Meu único medo era não ter uma caneta. Ficar com tudo isso preso na minha cabeça, toda a paz que um filme com alma demais dá, mesmo que eu saia com vergonha do meu rosto vermelho. A leveza de sentir a força. Conheço meus defeitos e minhas qualidades. Estou entregue a eles sem medir depois.

O meu café veio com uma rosa. Pode ser só mais uma ironia ou é a anunciação dessa roseira que eu rego, aqui dentro, sem notar. Meus dedos pinicados e aquelas marcas minúsculas que os espinhos deixam. Só que sem fé nenhuma, eu não fico, eu não continuo. Então vou conhecer pessoas que poderiam ser viciadas em qualquer coisa, mas é só aquilo, do jeito mais infantil e bobo. Mas que não tem a mesma graça sem você. Só que, viver sempre vai ter a sua graça, sempre.





Na natureza selvagem, é um dos filmes mais sensacionais dos últimos tempos, ponto. Só não vai ver sozinho se você não gostar de ficar sem rumo. A menos que você vá no café, entre no orkut, pegue o scrap da sua amiga, vá pra praça, sente no satyros e decida sem mais nem menos ir pra Funhouse e ter uma das noites mais engraçadas, iriotas e as conversas mais fodas. Sempre, Leemarie.


ai, eu não devo ser convidada pra sair hoje, mas eu [quase] sempre vou dizer sim. tem ana cañas hoje?

the best u ever had.

ps: se eu liguei pra alguém, foi porque eu queria flyer do inferno, antes de ir para na funhouse...
ps²: saudades monstras do Bruno e por força do hábito, consigo confundir números e mandar msg erradas, ahahaha.

sexta-feira, março 21, 2008

NOTHING CAME OUT

Então eu sou capaz de mudar em segundos. Em respirar a minha liberdade e dar tanto valor para ela sem esses problemas. Isso que sorri para minha gastrite muito pior e minha vida essa roseira sem fim. Não, eu não conheço os seus motivos. Assim como prometi jamais julgá-los. Porque eu sou altamente condenável para lidar com isso. Para lidar com qualquer coisa que possa acabar comigo no próximo round. Tinham as coisas que faziam sentido, tem todas as coisas que continuaram fazendo sentido, como o meu não ligar. O meu bendito tentar não ligar. Mesmo que conheça o fim do jogo e ele não seja bonito pra mim. Nada nunca é. Mas é a vida de coragem e certezas vazias que escolhi. É a minha vida. O meu jeito de viver. O único modo que eu sei fazer as coisas pesarem menos. Quanto menos pesar. Quanto menos doer. Quanto menos, é mais.

Hora de deixar a vida sentir menos e a razão falar alto. A mesma razão que a sis me contou dia desses e fez da vida dela esse marasmo. Essa coisa que vai e volta. Esse nunca terminar. Também não sei viver assim. Do meu jeito. Do jeito que eu enxergo claro nos erros. E as coisas vão acontecer.

Seja bem-vindo o novo, dessa vez eu não fujo, não saio falando alto. Dessa vez eu experimento a calma. Sim, como nos dias que eu experimentei a cegueira. Sem você notar, eu levanto e coloco os pés fora. Sim, eu vou pra fora. E você pode me pedir pra ficar, mas eu cansei de palavras, tantas e muitas, que já foram minhas e falaram demais.

É impossível pensar que tudo está assim, impossível e faz mal, tão mal quanto qualquer coisa que eu beba.

O incerto é tão natural, sem enxergar nada além do que posso ver. Deixo a vida seguir, sem duvidar do fim, sem me importar com erros e acertos. O tempo vai dizer, mostrar, escancarar e um dia lá na frente posso morar no arrependimento ou nas certezas duradouras.

Queria não trocar minha razão por nada. Vou ficar em paz, com meus filmes, músicas e filmes, ficar comigo até encontrar sossego lá fora. Onde nada me traga lembranças, esperar, até o tempo das coisas encaixarem. Por sorte, colocaram as cartas sobre a mesa, e eu acertei. Enquanto me perdia na ordem do valete, dama e rei. Perdida, leve e sorrindo, sentada com o meu livro e as músicas. Onde eu me escondo dos outros. E não acho ruim. Não, não acho, às vezes, é preciso saber ficar quieta para falar mais.

Com qualquer coisa grudada na caneta azul, nessa folha sulfite que era sua, apoiada na minha coxa enquanto me falam coisas e mais coisas. Enquanto eu não ouço nada e espero o meu celular tocar. Com as palavras desenhadas e a sis do outro lado. Sempre ela. Sempre.

Talvez seja melhor apagar o lugar onde você reinava. E torcer para que em outros abraços você encontre tudo. Boa sorte. E vai, vai sem olhar, sem se preocupar. Ou entende e me conta o que é isso. Como é isso pra você. Carrego a força de uma mulher na cabeça de uma criança. Poucos me conheceram como você. E você tenta devagar acabar com tudo, sem a minha responsabilidade, é a sua escolha e não sou eu.


para quem fingi não se importar deles.
o título é dessa música.

boa sexta, eu assisto tudo acontece em elizabethtown piaf , em homenagem a mãe da sis que achou o filme sensacional. =)

quarta-feira, março 19, 2008

SENHA


Minha amiga tinha a senha 12, chegou a 9 e acabou. Eu não tinha senha nenhuma e consegui. Porque outra vez conseguiram pra mim. Mais uma vez ele vem embalado pra viagem. Como da primeira, o meu amigo na segunda, o show na quarta, porto no sábado e a vida aconteceu. Como simplesmente as coisas acontecem. Tudo sempre certo, tudo completamente errado.

Do jeito que só alguns dos meus amigos são capazes de pensar, com a senha 12, ela vai. E, depois dela ter visto no Rio, eu ter visto aqui, nós veremos juntas.
DON'T HAVE TO LOVE

Eu te tirei do meio da multidão e falei que seus olhos me falam mais do que eu via você fazer. No meio dos outros eu pensei no seu nome enquanto piadas vinham e iam. Um monte de coisas sobre a mesma coisa e outras coisas bobas que me faziam sorrir. Cada dia mais a simplicidade tem sido engraçada. As tardes que já não voltam com amigos que foram para outros lugares.

Você me pergunta as horas, diz que para certas coisas não há tempo, mantêm coisas que talvez fosse mais fácil deixar longe. Mais fácil pra mim que aceitaria todos na minha vida. As pessoas que aparecem, os sonhos delas, a vida e o momento que cada um passa. E no momento quase nada disso interessa. Embora ainda existam alguns telefones pros quais ligar e que vão me ligar. Alguns que sem querer destroem uma construção inteira. Seu sorriso impedindo as palavras de saírem. Eu com o rosto coberto para segurar, para me segurar e sorrir.

Talvez eu seja a amante que não é preciso amar. A garota que poderia estar triste demais para se importar e feliz demais com ela para morrer outra vez. Depois da primeira é mais difícil. Eu reconheço os lugares onde tinham cacos e os contorno ao invés de me machucar. Certas coisas eu aprendi. Só não deu para amortecer o sentir. Não é dessas coisas simples que você escolhe ou descarta.

Eu perdi a fome, ganhei o sono, devolvi os sonhos e fiquei sentada na frente do bar. A vida não é um livro de histórias, não daqueles que você pode revisar, palavras que você lê e conserta depois. Errar agora é acabar com uma página. E no começo da outra tudo já será diferente. Talvez eu seja a garota que não se deve amar. Porque eu carrego um caminhão de problemas e dúvidas, e porque eu só deixo que me levem quando eu não peso demais. Quando a leveza sai de mim. Enquanto nenhum nó que você deu, machuque, até você apertar ou soltar isso.

Eu fiquei na janela pensando em milhares de coisas naquele dia e sem saber eu já sabia que isso era possível. Sem saber eu já sentia que os dias caminham para estes. E agora tudo mudou de um jeito irremediável. Porque eu não sei sorrir para quem não quero. Eu só sei ser de verdade e de verdade, tem pessoas que importam para mim o mesmo nada que importo para elas. Simples. Lover, i need some meaning i can memorize
the kind i have always seem to slip my mind.



ps: o texto é graças essa música. mesmo a sis falando e falando, eu ainda não lembro de ter ouvido ela antes. :\

terça-feira, março 18, 2008

FLORES

O essencial na vida é aprender a levantar e cair. Brincar de Pollyana, fazer o difícil jogo do contente na vida real. Nem tudo serão só linhas bonitas e as flores só aparecem na primavera. As rosas são bonitas mesmo que fechadas e ficam melhor quando florescem. A vida é melhor quando o cheiro dela se desprega da verdade. O momento seguinte pode ser muito melhor e o medo de perder pode ser banalizado por piadas. A vida inteira procurando verdade em coisas erradas até encontrar paz em um olhar. Em qualquer olhar que eu ainda não sei se é só o seu.
DRAMA

Chega aquela hora que você percebe: já fez drama demais na vida. Chega, deu. Drama com os problemas que sempre na minha cabeça eram insolucionaveis. Drama com a faculdade e a sensação cotidiana de nada. Drama com os amigos, mesmo com a sorte de ter alguns ombros especiais, e mãos para me guiar quando tudo cair. Drama com o mundo que é o mundo e só. Drama, drama, drama. Tanto drama que cansei. chega, sabe? Chega de sofrer sempre por qualquer coisa que não dá certo. As coisas bobas que deixam feliz, continuaram, e um dia quem sabe tudo se encaixa. Tudo no fim dá certo. Como falo quando o desespero te consome.

O que não quer dizer que eu não vou reclamar do salto alto, da roupa social, do calor. Reclamar e fazer drama não são necessariamente a mesma coisa. Porque a minha reclamação é sempre piada. Sempre. O meu cachorro simba morreu e eu não fui naquela reunião do trabalho, eu não tenho um cachorro e muito menos ele se chama simba. O meu pé dói tanto que tô fazendo inventário das bolhas pra deixar de herança. E o calor, o sol é lindo, o dia fica muito mais bonito, mas eu gosto de café e além da gastrite, ele atrapalha.

domingo, março 16, 2008

ALICE

Queria te contar que voltei. É verdade. Tinha umas coisas ainda pra falar, outras que gostaria de ouvir, mas você não entendeu. Tinha umas frases soltas que ficaram comigo quando eu decidi que precisava ir. Nada que eu dissesse ou fizesse mudaria o mundo e de qualquer forma eu precisaria continuar andando. Começar a receber as pessoas direito na minha vida. Levantar para cumprimentar o novo. Acender o meu olhar pros outros.

Por algum motivo que eu não vou explicar. Não sei explicar. Pedir palavras é muito fácil, receber elas não é assim, cada novo texto muito de verdade que eu leio sinto o meu estomago revirar. Olho mais lugares nos quais possa pular. Mas hoje tudo me puxa pra lugar nenhum. Meus amigos falando milhares de coisas. Eles se contradizem e eu não acredito em quase nada. No fim das contas, verdade deveria vir de todos os lados. Eu queria que viesse, tornaria isso tudo mais fácil. Sabe, ontem eu sai, fui no show com uns amigos. Os que tornam os meus dias não mais iguais e quem veio com as novidades. A minha amiga namora sem amor, sem nada, por comodismo barato, eu já vi os olhos dela brilharem antes e dessa vez não acontece. O show enche ela de lembranças e ela não faz questão de esconder. Como se pouco importasse quem tá ali. A cabeça dela sempre vai estar muito longe pra alguém no presente. Se dar por ser simples assim. Se dar porque é necessário tirar os olhos das outras coisas. Meus olhos ficam bem em abraços nas horas certas, eu tenho a sorte de ter algumas pessoas que sabe exatamente a hora de esconder meus olhos nos seus ombros.

Eu odeio perder. Ainda mais quando perco de mim. Porque eu sempre tive a mania de aumentar o buraco, até que eu percebi que tudo isso já existe. A vida já existe com uma simplicidade cega. E as coisas vão acontecer exatamente como é possível que aconteçam.

Hoje está aquele mesmo frio daquele dia que fomos no jockey ver um filme desinteressantíssimo. O que deixou a lua ainda mais bonita e os carros na marginal mais interessantes, naquele momento que a tela enorme só atrapalhava. Eu via a cidade de fora e sentada em poltronas coloridas com minhas amigas, sentia a vida leve e fria.

Mas longe vai continuar sendo só um lugar que a gente nunca vai. E o destino é aquilo que sai de você e enfrenta o mundo.



Alice é o nome desse curta, sim, eu já assisti algumas [cinco] vezes. Mas hoje foi diferente. Não sei...
Tudo mal acabado volta assim. E vai voltar algumas outras. Tudo mal acabado nunca acaba mesmo.


Um lindo clipe e uma linda música. Um domingo de curtas, desenho na tv e belle&sebastian.
FOR OLD TIMES

Os extremos nunca me machucaram como agora. E a vida nunca teve tanta piada sem graça. Eu queria te mostrar a paz. Te contar umas coisas do meu dia.

Queria a simplicidade que você não sabe viver. Embora tenha toda essa pose. A pose rockstar, o meu modo foda-se de viver. A minha vida repetida sem mim. Sem a minha coragem, sem a minha verdade, sem eu pra te mostrar que nem tudo é assim. Uma vida como naquele filme, sabe? Queria tempo para gravar cada palavra que você ouviria nos próximos cinquenta aniversários. Pouco garota perto dos seus motivos que jamais seriam meus. Minha lente caindo no meio do show enquanto desmoronava no ombro do meu amigo.

De que adianta plantar se você não pode colher? Esperar, regar, proteger? Nenhuma espera valeria tanto a pena. Mas como ele me contou um dia: nada é mais destrutivo do que insistir sem fé nenhuma. Que fé ridícula é essa que você me mostrou, essa que nem fatos monstruosos apagam, nem a traição do meu princípio maior com a sinceridade?

Esperando eu não sei o quê, sem duvidar de mim, e me encontrando no fundo da confusão. Perdida entre estrelas que você apagou. Vendo sentido em músicas de outras pessoas, músicas gastas com lembranças, o que eu procurava, disney e o resto. Com o sonho me guiando. Fugas programadas, razão acertada, perdida quando eu errei, quando eu senti. E o que eu procuro encontrarei dentro de mim. Sem flutuar onde você apagou.

Eu odeio o jeito que ludov mexe comigo. Das lembranças enfileiradas do passado e presente que se misturam nessa vida roteirizada por um cara sem graça. Alguém que vê piada onde não existe e tenta me fazer desistir de rir do resto.

A verdade existe em música boa, cantada por uma garota em um bar numa travessa da paulista e tudo que meu corpo aguentar e não aguentar.

Tanto faz ser vítima ou culpada. O sol ilumina, os sonhos andam na contramão, os monstros caminham na escuridão. Deixa eu perder meus dedos nos seus cabelos, seus pesadelos terminar e a vida ser outra vez como ela era. Como não vai ser por algum tempo e como as coisas não encaixam mais. Mesmo que tudo ainda exista com a precisão da verdade. Eu não vivo sofrendo, nem ando morrendo de pavor, eu encontrei daquela vez o equilíbrio e meus olhos já não choram mais.

Me dá um abraço bom, como a despedida de quem sabe que fica, me dá a certeza que eu devo ir. Só isso. E do resto eu não espero mais nada. Diz que é tudo mentira, tira de mim essa vontade de acabar com o que de verdade existe, ou deixa e me deixa.


ps: texto graças ao ludov.
ps²: a jaque me fez rir descontroladamente da brigadeiro até a ana rosa e o resto eu não conto. HAHAHA! bebe, desgraça.

Encontrei outra moeda no metrô e li na catraca dele: 'a vida não pode esperar'. não é.

sábado, março 15, 2008

LUDOV



A vida vem exatamente do jeito certo. Os dias certos. Os shows certos. As palavras certas pro que você precisa ouvir. As músicas que você precisa cantar. As pessoas que você precisa conhecer. A verdade que é melhor não esconder. O mundo tem a intensidade de uma música que você gosta demais. O tamanho de um livro que te mostra realidade. A capacidade dos sonhos e o tamanho da coragem.

Hoje a casa está cheia de flores, como esteve nesse dia, e eu vou lá perceber.

A banda que mudou minha vida. Pela simplicidade de me entregar as pessoas certas. "Coragem pra não revogar tudo que construi por gostar de sonhar"
LOST IN TRANSLATION


Do I need to worry about you?
Only if you want to.
Leaving on a jet plane


Você me pediu um motivo e eu te dei todos para ir embora. Mas você foi e voltou cinquenta vezes. E ficou aqui me matando aos poucos. Tirando a paz enquanto respirava nesse mesmo país. Devolvendo esperança quando me ligava e nem era para nada. No dia que você ia embora, decidi dar a nós a chance de se despedidar, sem ouvir a nossa música de despedida. Um adeus, quem sabe até logo, e a vontade de te pedir pra ficar. Eu não pedi mas você sabia que eu queria, então ficou. E fez dos meus dias os mais bonitos, das noites frias quentes e do calor frio para você envolver a minha cintura em proteção.

Naquela tarde o meu mundo se desmanchava, pensar que você ia com outra e ali acabam as esperanças, e do meu jeito precisava acabar com o futuro. Eu ando pelas ruas vendo o seu reflexo nos outros. Todo o tempo o seu reflexo. E não me importo em me sentir sozinha, tudo bem em estar sozinha, porque os poucos dias com você parecem e são fáceis. Eu não queria desistir, desistir era fácil e eu queria ver você de novo. Então, naquela ligação enquanto você fazia o check in aconteceu a mágica e você ficou. Os outros dois meses de tudo encaixando. Mesmo que só estar ao seu lado fosse fácil, longe e ao redor as complicações sempre falaram alto demais.

Outra vez eu achei que não fosse aguentar. Te pedi pra ir embora e dessa vez você não percebeu que eu queria que você ficasse. A cada dia não existiria o mesmo. E nem a sua voz me contando coisas bobas e me fazendo rir. Nem as suas bandas e os shows da sua vida que você foi. Suas pequenas conquistas separadas por oceanos.

Sabe, dessa vez eu também posso ir embora, fugir desse país. Encontrar abrigo com outros braços em outra língua. Posso fugir e depois perceber que aquele bilhete era o meu pedido para você ficar.

Nenhum amor é maior do que aquele que permiti ir. E dentro das possibilidades você estar aqui não é o melhor para ninguém. Leaving on a jet plane, 'cause i'm leaving on a jet plane, don't know when i'll be back again, oh babe, i hate to go, there's so many times i've let you down so many times i've played around.

Hoje sou eu quem mando. Eu que inventei de inventar todo esse clarão. Eu que bebi do pecado, invento o perdão. Apesar de você. Apesar de você. Apesar...

Amanhã é um outro dia.


Eu juro que se esse texto não fosse a causa da minha insônia de hoje, não teria escrito, mas foi. Para algumas pessoas: entschuldigung!


A música é essa.

other situation.
Why you being a dickhead for?
You're just fucking up situations

the best of her.

sexta-feira, março 14, 2008

POETINHAS

Hoje é dia da poesia. Parabéns aos meus amigos poetas nas mesas dos bares. Parabéns ao cara que me falou uma vez: amor não acaba, se transforma em uma matéria-prima, que o tempo se encarrega... O Leminski me contou um dia, numa das nossas conversas sobre a vida, sobre amor, sobre relacionamento e coragem. Ele me contou e eu garota concordei virando outra página. Meus olhos brilham quando eu encontro verdade. Hoje eu deitei na rede e fiquei olhando o céu sem estrelas. O céu que o fosco do seu olhar por esses dias apagou. O olhar leve que você conseguiu segurar um tempo. Mas, pesa, a vida pesa e quem não consegue enxergar ironia no destino se mata a cada novo passo.

A minha história eu faço de acasos. De pessoas que lêem e escrevem. De gente que ouve. De gente de verdade e com alma demais. Venham a mim com a sinceridade. Só.



Ai, a letra e a vontade de estar na funhouse.


Parabéns aos grandes e aos amigos que fazem poesia, ah galere: vocês sabem quem são... Menina Mia, que mostrou isso merece parabéns.


Boa noite aos que ficam, eu desço pra assistir Piaf.
ODE AO PASSADO


No dia que mostraram essa banda, há dois anos mais ou menos, e no dia que eu te mostrei, foi essa a primeira música, hoje você ama essa música e eu amo a coragem que você me deu.
BANG BANG

As frases aparecem enfileiradas na minha cabeça. Palavras sem sentido perto uma da outra. Então eu olhos as pessoas e me pergunto quem são elas. O que cada um sente. Será que esse cara ao meu lado se arrepende de alguma coisa. Será que na idade dele minha prudência vence meus sentimentos.

O meu amigo entendeu, eu entendi, enquanto explicava pra ele que o meu desejo é feito em particularidades. Como parei de procurar rostos bonitos. Hoje só interessa a beleza que se esconde atrás do medo e da coragem de cada um.

Todos me deixaram lembranças maiores do que beijos intermináveis. Lembro das mãos e da forma que elas encontravam as minhas. Lembro de quando ele me olhou nos olhos e devolveu minha autoestima. Como tudo foi mais fácil depois daquele abraço. Às vezes que eu fui garota e nas outras que fui mulher. Ele foi e eu fui. Hoje ele pode sentar com meus amigos quando sair do meio de todo mundo em um show qualquer. Depois de ter me ajudado a acreditar em mim e errar. Errar, errar e sorrir pelos erros todos.

Depois dele veio alguns. Até você. Você que acalma meu sentir com palavras descompromissadas. Guardo comigo o melhor de nós. O melhor de mim que você me mostrou sem notar. E todos os momentos que não são nunca iguais.

Hoje eu queria ser menos menina. Esconder minhas sardinhas. Sorrir menos. Ser mais mulher de verdade. Deixar os outros verem minhas marcas e as coisas que eu abro pra você e mais ninguém. É a sua verdade. E é tudo uma grande besteira. Só sei ser assim. Simplesmente complexa. Escolhendo pesar menos e procurando o seu sorriso mais bonito.

Dentre os outros, as besteiras e a vaidade de quem te quer. Eu te entregaria para um sentimento verdadeiro e sorriria. Só não deixa nunca ninguém apagar o brilho dos seus olhos, nem são pra mim, mas eles brilham. Faz isso por mim, por nós.

Outra pessoa respondeu o c'mon baby say bang bang do meu nick. Uma pessoa que talvez segurasse o turbilhão que eu sou. Mas, não entenderia como eu peço para ir e preciso ficar e como fico quando preciso ir. Não entenderia. Talvez você também não entenda. Mas, sorri de respeito as minhas neuras todas. As respostas não são suas, nunca são. Mas desde que descobri você, os meus sorrisos são de compreensão.

quarta-feira, março 12, 2008

Escrevia no espaço.
Hoje, grafo no tempo,
na pele, na palma, na pétala,
luz do momento.
Sôo na dúvida que separa
o silêncio de quem grita
do escândalo que cala,
no tempo, distância, praça,
que a pausa, asa, leva
para ir do percalço ao espasmo.

Eis a voz, eis o deus, eis a fala,
eis que a luz se acendeu na casa
e não cabe mais na sala.

(Paulo Leminski)


Ele falou e eu concordo. Concordo porque não há porque discorda. Sinto porquê não há como não senti. E falo porque seria sufocante demais não falar. Em palavras, só.

terça-feira, março 11, 2008

TUDO QUE EU JÁ FIZ

O dia de ontem me tirou as palavras. Embaralhou esperança. Mostrou verdade. E entregou mais certeza a única que tenho. A solução está sempre dentro de mim. Protagonista dessa história roteirizada pelo acaso.

A paz que eu sinto no fundo dos seus olhos. A confiança e o jeito que me deixo ser vista. O quanto eu queria que o mundo explodisse em milhares de pedacinhos. Perto de você eu não tenho medo, você sabe os meus segredos. Descobre sem perceber. Um jogo sem regra nenhuma.

A garota que usa a paixão como combustível e guarda a sensibilidade para poucos. Tão poucos que ninguém nota quando me quebra. Escrever é um jeito de usar a fraqueza. Eu falo cada vez mais alto e nem por isso ouvem mais. Porque não tem nada a ser dito. Você já sabe e agora se perdi na incerteza de um não que não há jeito em me entregar. Porque eu não vou falar. E até sair de mim, tudo é mentira. Tanta coisa nova, tanta coisa, melhor não relembrar. E os meus problemas são minúsculos perto de alguns. Porque na pior das hipóteses a impossibilidade não pesa...

Eu vou mudar algumas coisas porque é insuportável lidar com o que não quero ver. Não preciso ver. E não tenho o direito para pedir que você não faça. Então, vou começar a fazer o que ela me pediu, cuidar de mim. Achar os desafios que sempre me impulsionaram. Ser garota e respirar aliviada. Sem essa tentativa suicida de entorpecer os sentimentos só para que eles tenham calma. E uma coisa chegue de cada vez. Porque eu só sei sentir tudo junto. Eu sou assim. Eu sou um caminhão de problemas com algumas qualidades. E só vale, se eu for assim, pra você e pros outros. Só me interessa se eu posso ser eu. Cada qual com sua loucura. E o seu sorriso.

As frases que ganhei desencaixam de mim. As brincadeiras nas horas erradas, eu só fiz pra te ver sorrir, pra te ver mais feliz. Você sempre foi do tamanho exato do meu silêncio. Talvez seja bem melhor te esquecer. Só que sozinha. Sem ninguém falando merda nenhuma que não me interessa. As pessoas podem conseguir o que querem sem tocar em mim. Encontra o seu jeito vaidoso de chamar a atenção e deixa meu nome fora do tabuleiro. Eu sempre fiz sozinha. Você consegue. Odeio competições desse tipo, tratar alguém como trofeu, odeio então eu saio do jogo e você pode levar o trofeu mais cedo.

Sabe, o que é? E o que tanto mudou. Tenho medo de lá. Então eu me fechei na minha infância perdida. Tenho medo de nunca mais voltar e no fundo é medo de não te encontrar. De não ver você aparecer de dentro das suas incertezas. De te ajudar, segurar a sua mão e sorrir quando tudo der certo.

Ah, eu quero ver quatro pessoas crescer, então vou fazer os 15 exames do meu médico chinês de 155 anos.

segunda-feira, março 10, 2008

PARECE FILME?

Hoje eu passei a tarde comendo tic tac de laranja, o que teoricamente me mataria mais, mas é a única coisa que não me enjoa. E é íncrivel como eu consigo viver os clichês. Não basta saber eles, por vontade própria: ficção acontece o tempo todo.

aiaiaiaiai.

sis, o que eu faço em um ano com você longe?

hermano, brigadaportudo, garoto.

here, there and everywhere , uma noite sem estrelas, um frio que não existia, cantar e achar sentido onde não existe.
se isso for te fazer feliz, pega na mão do que é simples e vai.
MENINA

Eu vou sempre ser a garota que revira o mundo por quem gosta. A menina romântica que vê beleza em coisas idiotas. A que tem idéias estranhas e que sorri, depois de ficar quieta por horas, o tempo de tudo encaixar na minha cabeça. Hoje, eu quero o sol, o centro dessa cidade e ver a sis. Eu atravesso o mundo a nado pra ver algumas pessoas. Garota, você de longe é uma das mais importantes delas. E você sabe, eu sei, tudo. Só. Dona do meu olhar transparente.


HAHAHAHA. Vejam ISSO. Eu ri cinco minutos só com o post da britney e uns 15 com o resto.

Eu ando perdendo a moral nas manhãs:

sue. diz: closer é sensacional,
o "eu nao te amo mais". desde qd? "desde agora"
tchau
é foda!
bruno =] diz:
é legal. mas pra isso não precisa pensar. ashuashuashuas...
bruno =] diz:
é só mais emocional...
bruno =] diz:
pq vc é mimimi... =]
sue. diz:
é, pois é.
sue. diz:
opa
sue. diz:
não é
sue. diz:
eu não sou mimi
bruno =] diz:
ahan. eu que sou, oi!
sue. diz:
oi, prazer suellen
sue. diz:
ahahahahahaha! =)
bruno =] diz:
oi, suellen, beijão.
bruno =] diz:
se eu te perguntar como vai o coração eu poderia ouvir o discurso mais mimimi da face da terra
sue. diz:
o coração? insisti em bater, oi.
bruno =] diz:
suellen contradição mimimicome santana....
hasuhasuashuas
sue. diz:
hahahahahahaahah
MEDO

Eu te falei do meu mundo, algumas vezes, do jeito que ele é. Com as coisas que poucos conhecem. O meu mundo colorido, cheio de música e o jeito que não me permito pesar. Não gosto de me carregar, então vou leve, deixo que a vida faça o resto. Deixo problemas em mesas esquecidas. Resolvo tudo no tempo das coisas.

O meu pai me olhou com olhos de preocupação e não falou tudo que tinha para dizer. Os olhos dele me pediam para parar de ser assim com o meu corpo. Prestar atenção nas dores que não respeito. Com não comer por muito tempo, ou comer mal, tão mal que o estomago é apelido carinhoso para qualquer coisa que importa pouco. Ele me pedia com os olhos para me cuidar. E por ele, por nós, por mim, não quero saber. Nem fazer nada. Se eu estou com medo? Claro que sim. Medo de me perder dentro de uma coisa que não quero lidar. Medo do meu corpo pagar a conta de qualquer coisa que ainda é cedo para ser cobrada. Eu preciso da sis, eu preciso falar, eu preciso ficar em silêncio e eu preciso ouvir.

Cada vez que eu fujo, me aproximo mais, a fragilidade. Você conheceu a porra da fragilidade que nunca mostrei para ninguém. Sabe, comprei uma dúzia de infância no fest comix, e sorrio de um jeito puro das piadas de criança. Entendi que poderia ter sito dislexia e falar errado por culpa do cebolinha. Entendi que minha infância não acaba. Minha adolescência também não vai. E minha vida adulta é o que represento nas horas em que preciso de responsabilidade.

A força que eu sempre guardei dentro de mim. O meu amigo falou uma vez que eu sou o isqueiro da minha própria história. Que eu não vou pegar fogo se não acender a brasa. Eu acendo você e me deixo queimar junto. Com a coragem que você precisa para se enfrentar. E do resto que ninguém nunca vai entender. Nem se passar os dias tentando explicar. Porque eu não preciso ser engraçada, nem falar sempre, nem sorrir, eu não preciso ser nada porque perto de você ser eu basta.

Me basta.

De você eu tenho um silêncio enorme. E a compreensão dos outros. Porque sempre vai ter um para achar que sabe. Você pode ser um produto maravilhoso da minha imaginação. Um personagem de qualquer livro que li. Pode ser um filme. Você pode ser nada e ser tudo na mesma simplicidade. Você é tudo que ninguém sabe que é. E pronto. Pronto. Se existe ou não existe, só o maldito tempo vai dizer enquanto me encaixa preocupação. E os malditos exames que não podem mais esperar. O corpo pedindo para parar e eu continuo. Porque eu sempre continuo. Eu não largo a mão da vida. Nem dos sonhos. Eu não deixo meu mundo afundar em abismos. Guardo problemas e sorrio. Sorrio porque assim fica mais fácil.

As bolinhas deslizando certeiras na mesa hoje me fez ver como eu aprendi a controlar minha força e mirar nos objetivos. Como a paciência e os erros podem provocar acertos magníficos como foi aquela bola roxa caindo na caçapa. Como é sempre o depois de tudo que desprende o meu estomago e me faz ter raiva. Hoje, eu tenho raiva de tanta coisa, tanta coisa. E eu sei que você sabe do que é. Do seu jeito, você sabe, e do meu jeito eu guardo as coisas no lugar delas. Acordo cedo amanhã e vou ver a sis.

domingo, março 09, 2008

SORRISO

Ontem sentei com meu amigo e entre todas as conversas, músicas lembradas, lata vazia as coisas ficaram claras. Mais claras, porque a adolescência e a intensidade que era o único lugar onde sabia viver, tira muita coisa. Procurei ajuda para um coração. Eu errei, por fazer a coisa certa. E daqui a pouco posso me machucar e morrer pela segunda vez. A primeira foi ruim do começo ao fim, e de bom, eu tenho a indiferença que tudo aquilo me deixou. Dessa vez é diferente. Tudo completamente diferente.

Encontrar força e simplicidade onde você jamais pensou existir. Ficar quieta, só respirando, e pensando em nada. Tirar de mim a coragem para me enfrentar. Levantei e apontei para um lugar onde eu quero chegar. Se for bom para nós dois. Se por um momento você for feliz e experimentar os sentimentos mais estranhos. Aquelas coisas que palavras jamais vão saber explicar. A vida que é preciso olhar nos olhos para sentir. Os sorrisos que é preciso dividir, só porque a gente ouve as mesmas coisas e rimos das diferenças.

O meu respeito por tudo que gosto. A minha necessidade de me apaixonar, meus olhos na inconstância, com você eu fico quieta sem procurar nada ao lado. Não tem ninguém para me ligar e me levar embora. Você me chama quando quer. Às vezes penso se vou. Meus passos respondem ao impulso ariano. Então, sem querer é você de novo, outra vez ainda. Devia me ouvir mais, me dividir mais, multiplicar sentimento com quem está disposto a viver. Quem iria comigo se eu pedisse. Mas, o que eu faço se é você? Se só você faz eu me enfrentar? Se nas suas perguntas saem minhas respostas? Se as conversas e o silêncio são sempre reconfortantes? Essa coisa que não é bom existir e torna tudo mais complicado e intenso.

Um beijo, alguns minutos de felicidade e um café para sorrir.
JUNTOS

Ah, agora fica quem interessa, só quem interessa. E eu fico para quem se interessa. Estamos todos juntos e no fundo eu sigo sozinha. Eu vou com um pacote enorme de defeitos. Doses de inconstância. Gostos extremos. Se eu gosto, gosto muito, se não gosto, não gosto nada. O meu ritmo diminuiu para acompanhar você. Encontramos um meio termo gravado em silêncio. E palavras ditas, ouvidas, escritas. Cumplicidade não vende na esquina.

Agora, eu penso em te deixar, ou seguir sem você. Não sei, pode ser falso alarme, e como eu espero que seja. Mas, se for pra passar por tudo que passei, te quero longe. Porque se você sente um pouco do que sinto, não quero te fazer sofrer.

sexta-feira, março 07, 2008

CRÍTICA

A crítica do filme Nome Próprio do Murillo Salles. No recorte aqui.

Fim do meu arquivo de textos.
Esse e a entrevista foram publicados no Gaveta, zine de Maceió.
A Carla, garota ótima, adorei conhecer e ganhei um dos melhores presentes de 2008.
:)
Amanhã é dia de juntar maceió, são paulo e essa garota que vos escreve em qualquer bar da augusta.
PLES-SIM-SIMPLES-SIM-PLES

Os outros precisam calcular o sentir. Contar palavras. Entender significados. Os outros precisam de todas as coisas que você entende sem perceber. A força que você guardou sempre aí dentro. E eu entrei, abrindo as janelas pra você enxergar, mudando os vasos de lugar, rindo alto e ficando em silêncio enquanto olhava você. Enquanto falava com você.

Sem nenhum porquê, razão ou explicação. Se você me pedisse para te contar como tudo aconteceu, trocaria todas as palavras, pelos seus olhos. Eu enxergo neles uma coisa que não existe em muitos. Palavras que precisam sair. Mentiras contadas em favor do seu medo. Verdades esmagadas por prudência.

Sabe, quando eu te falei que você precisa se enfrentar, em outras palavras pedia para você fazer isso por mim também. Sem querer te pedi por mim. Pelos outros. Por tudo que os outros ganhariam com a sua coragem. Você quebraria outros em milhares. E esses milhares continuam essa onda de silêncio que as palavras escritas entregam na forma de possibilidades. Algumas pessoas passam pela minha vida na espera. Me esperando ou esperando ser um dia mais do que um passante. Mas, você disse, me disse com seus olhos que eu seria garota para sempre. A garota que mais cedo ou tarde, volta a ser ela. Só ela.


Em mim você deve ver a tormenta. A inconstância. Só não entende como eu atinge essa constância em se tratar de você. Como meus silêncios não pesam e as certezas se enfileiram ao seu lado. Perto do seu sorriso o mundo fica mais simples. As palavras nunca são só palavras. Ações são ações e nesse teatro não existe marcação e nem ninguém que vá te pedir para ficar quando você já não quiser. A sua liberdade trocada pela intensidade de alguns dias. Queria alguns dias nossos. Em outro lugar. Sem ninguém conhecido por perto. E os desconhecidos fariam parte da nossa loucura. Seriam os espectadores enquanto viveríamos e sorriríamos. Complementar frases e me contradizer por várias vezes. Até perceber enquanto você sussurrar que é simples.

Simples
Sim
ples.
Ples
sim.
Sim
Ples
Sim.

ps: me mandaram um e-mail "dizem que as pessoas com as quais devemos casar são aquelas com quem mais gostamos de conversar. vamos começar?". E eu pergunto: QUEM É?

quinta-feira, março 06, 2008

FUGA

Então alguém invade meus pensamentos com a surpresa em ouvir minha voz. Com a demonstração de qualquer sentimento. A verdade que você vai passar bom mais todos os anos atrás. Sem permitir errar ou aceitar. Sem permitir. É tudo culpa sua. Eu fiz. Oh, begin believe me. Eu fiz. Demonstrei de todas as formas que eu sei fazer. E sou só eu. Dentre todas as outras. Entre os outros. No começo ou no fim. Só eu.

Eu escrevi mais do que fui capaz de ler a vida toda. Só para você. Olha, me diz, que estou certa. É melhor sair e nunca mais olhar esse sentimento nos olhos. O melhor lugar para olhar você. Nos seus olhos fugitivos. Sua verdade melindrosa. Me diz. Me diz qualquer coisa, simples ou complexa. Vou entender tudo que você disser. Sorrir de nervoso. Morder mais os meus lábios enquanto escrevo. Então escrevo. Em folhas laranjas, telas em branco e papel reciclado. Colorido, paz e renovação.

Por mais que eu fuja, você me prendeu no ponto de partida. Uma outra voz vai ter que ser muito mais que surpresa para me tirar de você.

Eu queria fugir. Não sentir nada. Não ouvir nunca mais a Fiona Apple ou qualquer uma fazendo sentido. Não achar mais sentido nenhum em nada triste. Só as alegrias que passaram. Queria ser só a leveza que alguns enxergam. Mas não fujo de mim, não dá.

(pausa)

Voltei sem vontade de continuar e uma vontade sobrenatural de viver. Tudo. Como sempre. Sem me arrepender. Errar, errar, errar e no meio de tantos erros encontrar o acerto que me dá dois segundos de uma felicidade inexplícavel. Simples. Insistir, fé, insistir. Fé alguma nas linhas retas de letrinhas pretas de uma mulher com alma demais.
better version of us

A melhor noite de sono dos últimos tempos. Eu preciso de pouco. Tão pouco que nem sabia. Nada há a ser "esperado, nem desesperado", sabiamente falou o Cara.

Tudo certo. A vida sem pesar. O brilho nos olhos. O corpo cansado e do meu jeito feliz. Um livro certo. Daqueles que me fazem esquecer do mundo e lembrar de você. Quando em 1931 alguém descreveu o que várias pessoas jamais vão ter a coragem de sentir.

Meus pés continuam no chão. Mesmo que estrelas façam todo sentido do mundo para saber o que será do meu dia seguinte. Eu tenho o meu inferno particular e construo o paraíso para poucos entrar. Minha mente, meu corpo e a minha voz não podem ser abafados pelo convencional. O jogo está no descarte. Não precisa devolver as cartas, elas ficam bem em você, tem mais de onde veio. Poderia te dar um mundo inteiro. Mas, o meu telefone toca e a verdade é que impossibilidades tem a sua grande graça em filmes. Não assim. Nem por muito tempo ainda. Mentira. A quem eu engano? A mim? Você? Ela lá me falando da minha paciência? A quem eu engano. Talvez ninguém. É do tempo das coisas e pelo tempo que elas tiverem. Sem fugir de nada que ainda possa ser vivido. Vida, vida, vida.

Me dá a segunda melhor noite do ano?


I've got a plan to demand and it just began
And if you're right, you'll agree
Here's coming a better version of me



Sem perceber levamos nossas vidas a lugares desconhecidos. Sem que eu notasse você me entregou calma. Eu, a tormenta, ando pelo centro debaixo do maior sol da humanidade, calma. Com a sis falando e eu discordando da pressa. Ela falando de coragem e eu contente em estar assim. Fudida e serena. A espera existe, óbvio, não demora muito as coisas ficam insustentáveis. As mãos vão continuar chegando e na falta das suas, duas delas vão ser de verdade, vão. Porque eu não sou mais a garota que sofre tanto. Eu sou capaz de morrer por isso. Mas, eu tenho várias vidas, clichê e vida de gato. Clichê e os olhos mais profundos daquele gato de ontem parado preguiçoso me olhando chegar. Se enroscando em pernas. O gato, a vida de gato e a certeza. O começo da morte está nos seus olhos confusos. Mais belos olhos confusos. E talvez não tenha outra forma a não ser aceitar?

quarta-feira, março 05, 2008

CAFÉ


Combustível para as manhãs sonolentas. Líquido de lembranças deliciosas. Nem sete horas da manhã, lá se foram quatro deles, nenhuma fumaça e um dia lindo aparecendo lá fora. A vida simples, leve, sincera e feliz.
Espero sinceramente que tudo hoje dê certo.
:)

Trabalha, garota, trabalha.

terça-feira, março 04, 2008

DO YOU BELIEVE IN WHAT YOU SEE?

Um dia eu vou te contar, você vai sorrir e ouvir, balançar a cabeça enquanto concorda. Me interromper com discordância para me irritar. Olhar para mim enquanto brinco com meus dedos. Mas, vou te contar como foi diferente. Como alguém esquentou minhas mãos e ouviu com o mesmo apego insights geniais e gracinhas.

Com perguntas, comida e uma bandeja na hora de acordar. Sem me deixar esperando onde não incomodasse, como alguém chegou meia hora antes e me trouxe flores. Me avisou quando meus olhos borraram e lágrimas quentinhas rolaram na felicidade do encontro. Enquanto eu sorria com os olhos e a boca fechada. A cabeça encostada nesse mesmo colo. Vou te contar.

Como me fizeram sofrer, sim, porque eu vou sofrer ou inventar algum sofrimento para pensar em possibilidades de não ser feliz com você por perto. Como não poupei ninguém de nada, como não fiz planos e continuei em surpresas. Tentei te ensinar a desistir dos planos e gostar de surpresas, a esperar, porque às vezes me atraso. Voltei a tirar o esmalte com as outras unhas.

Tudo é diferente. Não só mais um corpo. Ouvir como se entendesse, e falar como se soubesse sempre o que dizer, mesmo sem dizer nada tantas vezes, apreciar o silêncio. Omitir para não chatear e não deixar nunca você descobrir. Seriamos bons amigos, parceiros, inimigos, seriamos bons, mas eu seria sua melhor garota. Importantes na história um do outro para sempre, independente do que possa acontecer.

Poderia ser só mais um corpo. Se não fosse só o que eu quero hoje.




ps: um texto pode ser um texto e só. ou não. HAHAHA! :)
internas


Você pode fazer várias coisas 'erradas'. Depois terminar a noite segurando o homem nu. Pode ter idéias originais de garotas românticas e bêbadas. Pode misturar tudo. Inverter os papéis. Pode até ganhar tic tac laranja. Pode fazer um filme e só precisar de frases bacanas, um tripê e a criatividade do seu amigo.

Pode tudo. Porque a gente pode meshmo. E dá risada de si. Com piadas internas.


HAHAHA. PRONTO, NÃO É PRA (todomundo) ENTENDER.


:)
fiquei feliz com o tic tac e a diablo cody tem uma estátua nova.

BIG SIS

Quando todas as palavras não forem suficiente, vai ficar só o meu velho vício de sonhar. No dia que eu olhar a verdade nos olhos, e aceitar, que nem tudo vai ser como eu quero. Porque não. É confusão demais, menina. E você é só uma menina. Sim, uma menina viciada em sonhar e sorrir em noites simples. Os amigos por perto, a sis brava no telefone, nervosa como só um sentimento verdadeiro consegue deixar. Você me aguenta tanto, garota, eu vou estar sempre aqui pra você. Mesmo que você fique discutindo e a gente nunca consiga fazer nossos horários baterem. Ao alcance do silêncio. Tenho algumas coisas para contar, um mar para ouvir.

Lembra daquela coisa? E da paciência que apareceu aqui como surpresa? Lembra daqueles dias de desespero que eu achei ser sentir? E de como eu fiquei feliz quando com ele as músicas baterem, os gostos bateram, e naquele dia no bar tudo bateu. Como foi a semana da ete, e como eu sumi por algumas horas. Da minha segurança andando firme enquanto eles falavam o meu texto. E eu chorei de raiva quando mudaram tudo, até desmudarem e no fim ficar do meu jeito. Não só por birra, era como era. Como eu tinha sonhado e eu sempre corri atrás dos meus sonhos. Você sempre esteve ali. Hoje, você acompanha tudo por telefone e tardes esfumaçadas. Hoje a distância teima em colocar horário marcado nas minhas obrigações.

Garota, você me mostra como eu compliquei e demorei a viver. Agora me diz que se pudesse, faria tudo dar certo na minha vida. É o que tenho para repetir e te garantir que faria por você.

Esse último ano me mudou tanto. Esse começo de ano com sentimentos diferentes, vontades diferentes, sinceridade e paz diferente. Sinto por você não estar em corpo sempre por perto. E pelas horas tentando fazer você entender tudo pelo telefone. A maneira como coloco "sei lá" nas frases quando você interroga os sentimentos. Você sabe, tudo está diferente. Nunca igual. A caixinha de surpresa que eu sou. A minha mania de ir, de sempre ir, mesmo sem conhecer o fundo. Mergulhar de cabeça e depois procurar colo. Um abuso de garota e o porto seguro no meio do mar que a gente construiu. Música, palavras, shows, vida, um monte de vida.

A sua normalidade me puxa pro chão. Quando eu teimo em sonhar demais a sua razão me empresta rumo. Eu sumo de novo, você sabe que não sei parar e me entrega liberdade em possibilidades. Mostra os caminhos, você pode fazer isso e isso, mas no fundo sabe que só faz o que quer. O jeito como a gente descobriu que não ia ser jamais de todo mundo. Como isso me ajudou com ele, logo no começo, porque ele era parecido com você. Mas, ele passou rápido porque não era para ser. E como você ajuda agora.

Garota, você pode me ligar, xingar, bater o pé, fazer birra. Ficar sem me ver dois anos, ir pra ny. Pode balançar pelo mundo errando e quando menos esperar, estarei lá. Eu sempre estou.
Sis, te amo, tanto.

Já de você. Por você. Pra você. Eu aprendi a ser tolerante. Quase ninguém entendeu, como eu sei que você entende. E quando estou entre um monte de gente sei que minha cabeça continua perto de você.

domingo, março 02, 2008

(sem) MAIS ALGUÉM

Imagino como você organiza isso na sua cabeça. Eu caminho pela vida, com outras folhas, outros carimbos, escritos com outra fonte. E você deve ficar aí tentando bancar o detetive. E vir atrás de mim. No fundo pode achar que é um jogo para te enlouquecer. Ou é lisonjeiro se sentir observado, sentir olhos que gostam dos seus. As palavras que podem de alguém jeito mexer com o seu estomago. De raiva ou de um sentimento que vai além da curiosidade humana.

Você poderia saber, nunca me interessei por alguém assim. Todas as outras vezes, não foram tantas assim, as de verdade, sem brincadeira de pele. Nenhum deles jamais brincou com os meus olhos do jeito que você brinca. Jamais ganharam palavras como você ganha. Sempre teve um pedaço de drama, doses de desespero ou salvação. Por eles eu fui salva. Mas, salvação não é o meu fim, eu sempre me perco e eu só sei viver assim. Ele me salvou de mim quando eu não tinha mais nenhuma auto-estima. E os outros, os outros, foram outros que passaram pelos meus braços e eu passei por eles. Nós passamos, nunca me interessou ficar. Eu nunca quis, querer faz toda a diferença vazia de uma história cheia demais.

"Chegue bem perto de mim. Me olhe, me toque, me diga qualquer coisa. Ou não diga nada, mas chegue mais perto. Não seja idiota, não deixe isso se perder, virar poeira, virar nada. Daqui há pouco você vai crescer e achar tudo isso ridículo. Antes que tudo se perca, enquanto ainda posso dizer 'é você', por favor chegue mais perto." Caio, com a leve adaptação dos fatos todos.

Talvez você sinta coisas que não reconhece e prefere não lidar com elas, um pouco por não gostar de perder o controle dos seus passos e outra parte por culpa minha. Claro, claro, claro. Os outros vão falar e você pode ouvir. Comecei e me envenenei da minha própria brincadeira. E o melhor é caminhar sem receio, brincar no seu jardim e viajar lá longe sem o coração de mais alguém.

A semana é mais leve, os finais dela calmos, os começos sinceros. Uma leve saudades de qualquer coisa que não sei explicar.




Das estrelas que falei, elas nunca mentem, e o dia depois de um dia com o céu estrelado é sempre um dia especial. [esqueci de comentar, esqueci]
AO ACASO

Nas diferenças mora a igualdade. "Quem é de verdade sabe quem é de mentira". Mas qual é a verdade, senão a nossa, aquela que nunca é dita? Aquela verdade que não é uma qualquer, naquela cidade que todo mundo vai falar que não é.

Verdades ditas nas bitucas de cigarro e nas garrafas divididas. Costurando palavras em abertas feridas. Encontrando verdades em olhares cúmplices nas mesas esquecidas. Soluções diluídas em almas fudidas. Passado, presente e futuro se cruzam em qualquer lugar da vida.

Cigarro cigarro. Bebida bebida. O rock'n'roll e risadas acompanham a trilha. Nós largados nessa cidade, cidade nossa de ruas perdidas. A luz amarela, a cidade alerta, a mesa de bar e o cheiro da brisa. O copo vazio, a fumaça levada, a verdade criada é o que vira.

"Quem é de verdade sabe quem é de mentira."


Suellen Santana e Yuri Kiddo



Noite de sábado, eu não ia sair, porque chegar às 7h30 da manhã do domingo passado e o resultado da minha conta não eram interessantes para esse fds. Então, 7h no msn, o que você vai fazer? Ver filme, tenho uns 7 aqui e você? Nada. Ah, to com dor de garganta. Eu também, mas toparia uma cerveja. Poxa, eu também. E aquele bar lá na frente da praça? Ah, cheio e caro. Nossas gargantas não vão aguentar muitas mesmo. Vamos? Vamos, tá, me dá meia hora, vou colocar a lente e desço. E, daí 7h30 da noite. Algumas garrafas a frase sensacional no ar e eu falo: "vamos fazer um texto?". Agora? É.

Foi isso. Eu nunca escrevi com ninguém. Não desse jeito. É diferente. Mas, pode ser legal.