SORRISO
Ontem sentei com meu amigo e entre todas as conversas, músicas lembradas, lata vazia as coisas ficaram claras. Mais claras, porque a adolescência e a intensidade que era o único lugar onde sabia viver, tira muita coisa. Procurei ajuda para um coração. Eu errei, por fazer a coisa certa. E daqui a pouco posso me machucar e morrer pela segunda vez. A primeira foi ruim do começo ao fim, e de bom, eu tenho a indiferença que tudo aquilo me deixou. Dessa vez é diferente. Tudo completamente diferente.
Encontrar força e simplicidade onde você jamais pensou existir. Ficar quieta, só respirando, e pensando em nada. Tirar de mim a coragem para me enfrentar. Levantei e apontei para um lugar onde eu quero chegar. Se for bom para nós dois. Se por um momento você for feliz e experimentar os sentimentos mais estranhos. Aquelas coisas que palavras jamais vão saber explicar. A vida que é preciso olhar nos olhos para sentir. Os sorrisos que é preciso dividir, só porque a gente ouve as mesmas coisas e rimos das diferenças.
O meu respeito por tudo que gosto. A minha necessidade de me apaixonar, meus olhos na inconstância, com você eu fico quieta sem procurar nada ao lado. Não tem ninguém para me ligar e me levar embora. Você me chama quando quer. Às vezes penso se vou. Meus passos respondem ao impulso ariano. Então, sem querer é você de novo, outra vez ainda. Devia me ouvir mais, me dividir mais, multiplicar sentimento com quem está disposto a viver. Quem iria comigo se eu pedisse. Mas, o que eu faço se é você? Se só você faz eu me enfrentar? Se nas suas perguntas saem minhas respostas? Se as conversas e o silêncio são sempre reconfortantes? Essa coisa que não é bom existir e torna tudo mais complicado e intenso.
Um beijo, alguns minutos de felicidade e um café para sorrir.