quinta-feira, março 06, 2008

better version of us

A melhor noite de sono dos últimos tempos. Eu preciso de pouco. Tão pouco que nem sabia. Nada há a ser "esperado, nem desesperado", sabiamente falou o Cara.

Tudo certo. A vida sem pesar. O brilho nos olhos. O corpo cansado e do meu jeito feliz. Um livro certo. Daqueles que me fazem esquecer do mundo e lembrar de você. Quando em 1931 alguém descreveu o que várias pessoas jamais vão ter a coragem de sentir.

Meus pés continuam no chão. Mesmo que estrelas façam todo sentido do mundo para saber o que será do meu dia seguinte. Eu tenho o meu inferno particular e construo o paraíso para poucos entrar. Minha mente, meu corpo e a minha voz não podem ser abafados pelo convencional. O jogo está no descarte. Não precisa devolver as cartas, elas ficam bem em você, tem mais de onde veio. Poderia te dar um mundo inteiro. Mas, o meu telefone toca e a verdade é que impossibilidades tem a sua grande graça em filmes. Não assim. Nem por muito tempo ainda. Mentira. A quem eu engano? A mim? Você? Ela lá me falando da minha paciência? A quem eu engano. Talvez ninguém. É do tempo das coisas e pelo tempo que elas tiverem. Sem fugir de nada que ainda possa ser vivido. Vida, vida, vida.

Me dá a segunda melhor noite do ano?


I've got a plan to demand and it just began
And if you're right, you'll agree
Here's coming a better version of me



Sem perceber levamos nossas vidas a lugares desconhecidos. Sem que eu notasse você me entregou calma. Eu, a tormenta, ando pelo centro debaixo do maior sol da humanidade, calma. Com a sis falando e eu discordando da pressa. Ela falando de coragem e eu contente em estar assim. Fudida e serena. A espera existe, óbvio, não demora muito as coisas ficam insustentáveis. As mãos vão continuar chegando e na falta das suas, duas delas vão ser de verdade, vão. Porque eu não sou mais a garota que sofre tanto. Eu sou capaz de morrer por isso. Mas, eu tenho várias vidas, clichê e vida de gato. Clichê e os olhos mais profundos daquele gato de ontem parado preguiçoso me olhando chegar. Se enroscando em pernas. O gato, a vida de gato e a certeza. O começo da morte está nos seus olhos confusos. Mais belos olhos confusos. E talvez não tenha outra forma a não ser aceitar?