sábado, março 29, 2008

I'M GOOD, I'M GONE

Esperam de mim as coisas mais impossíveis como se no meio dessa impossibilidade toda, alguma hora, isso fosse fazer sentido, e doer menos para quem não sabe lidar. Exigem de mim sorrisos em momentos que eles não existem e jamais existiriam, porque eu não escondo, nem finjo. Busco na arte a leveza que muitas vezes não existe na vida. Músicas, filmes, frases, pessoas, fotos e fatos bons. O que for ruim eu finjo que não vi. Finjo que não ouvi. Finjo que não importa. Só para os outros. Os que se enganam fácil, se eu não choro por perto, se eu não reclamo, se eu não sofro. Ninguém além de mim e três pessoas, hoje são três, sabem. E quem sabe me dá carinho e me lembra que eu já não sou tão garota.

Os dias jamais serão iguais. Você quis assim, lembra? Eu quis assim. E então colho minha verdade. Porque ele me falou ontem: "a sua verdade tá toda dentro de você, você sabe". É, eu sei, enquanto estive sentada ali esperando ele, pensei em algumas coisas. Deitada no banco com frio e fome. Com pessoas e encontros no celular. Sozinha. Mas a solidão não é de todo mal. Eu não perceberia as folhas caídas e nem a estrela de ontem no céu, se estivesse acompanha de gestos falsos, então sozinha ali é verdade. Como é verdade tantas outras coisas que já não falo pra você, nem ninguém.

Um beijo e boa sorte.

E o resto, a minha amiga falou em um texto que diz demais do que a galhera é.

o título é Lykke Li, praticamente um vício sueco.