sexta-feira, março 28, 2008

SEMANA

Na terça eu acordei com o sol sorrindo e a vida era mais vida porque a noite era dele. Então, apareceu a promoção no trabalho, a que agora me faz trabalhar, ganhar mais, escrever sobre economia e quem sabe descobrir que eu nasci pra isso. Daí largo a faculdade e vou fazer economia. Tudo é sempre muito simples. E isso não é nem de longe um plano cogitável. Depois teve ele e eu achei que a leveza daqueles olhos me levariam para eternidade. Mas era só mais uma ilusão de uma menina que sonha demais. A realidade taí, filhadaputa, com todos os demônios habitando o meu inferno astral.

Então eu decido e resolvo o que é melhor fazer. Sem falar com a sis, e sem a sis, as certezas são vazias. Porque existe uma leve dependência da razão dela. Se não eu saio pelo mundo dando cabeçadas arianas. A minha cabeça precisa tomar o controle, fato. Fato.

Só não me pedi para parar de fazer o que eu faço.

No alto da falta do que fazer. Eu tenho menos trabalho hoje, porque tô abrindo mão dele para treinar a garota nova, então fiquei lendo arquivos. Arquivos de outra pessoa e mandando pedaços pro meu amigo. Dai falei que o ser era genial. Ele respondeu: genial e idiota. Mas é assim: era genial, hoje é idiota. Se você não usa bem o que tem, isso deve ser inevitável. E se eu não começar a mudar agora, a vida me muda, daí esquece livre-arbítrio. Sem andar com as próprias pernas tudo te carrega. E não, não é assim.



you only live once


ps: finalmente é sexta, opa, finalmente eu escolho o que fazer e o que deixar de. é sexta e tem a festa da val. vamos ver como caminha a minha tosse de cachorro pestilento, daí quem sabe. :)
E depois de duas décadas, resolver algumas coisas, é hora de fechar tudo. O inferno astral deve ser sinônimo de resolução.
Nunca imaginei minha vida assim aos 18 e já desisti de pensar nela com 22. Mas eu não arrasto nada, só levo sem pesar, gente do passado no presente de hoje à noite.