CASTELO DE CARTAS
O café de todos os dias. E um chá das cinco. O horário que eu cheguei, supreendentemente na hora, no surpreso frio que resolveu fazer de repente. E então, ali sentada, pensei no castelo de cartas que eu construí dia desses no meio do meu tédio. Mas meus castelos nunca foram grandes e nem chegaram a ser altos. Eu sempre preferi viver a construir. Então, eu sigo sempre, sem parar por nada, daquele jeito que ninguém me pára e o movimento sempre sorri demais. Poucas pessoas me fizeram parar, poucos tiveram meus pensamentos por muitas semanas, sorri quando vi passar um provável bom futuro. Daqueles que conhecem, lêem e ouvem a coisa certa. Outro me ligou e eu tive que trocar conversas por obrigações. Um terrível final de semana, com uns corpos consumidos e o mesmo vazio de sempre. As frases já ouvidas e as novas sendo escritas. Os medos apagados, e a incerteza ainda ronda a sua certeza, a sua certeza que eu entendi e respeitei, como sempre e como nunca tinha sido.
Sigo com meus castelos pela metade e a vida, a vida que recebi por mensagem de celular, o mundo hoje ganhou mais uma ariana. Bem-vinda Clarinha, mesmo que você tenha acabado com radinho de pilha e o bate cabelo em águas imundas.
outra mólerzinha