domingo, setembro 23, 2012

Para nunca faltar a paz...

Meus amigos e as suas risadas sonoras. Meus amigos entre copos, entre lágrimas, entre conselhos, entre tardes no parque, entre almoços e jantares, entre viagens e dias inteiros. Meus amigos e as suas obrigações, seus novos ou antigos relacionamentos, seus novos e velhos compromissos, seus novos ou velhos. Meus amigos que não conseguem nunca sair do trabalho na hora e se dividem em milhares. Os apaixonados e os inquietos. Nós sempre sendo tanto.

 Passo dois dias quieta. Assisto três filmes que me levam as lágrimas. Janto com meus pais. Dou risada com a minha irmã. Deixo o celular acabar a bateria e só me lembro dele nos minutos finais do domingo. Dentro do meu reino encantado de faz de conta parece que nada me falta. Não fosse a insônia e a ausência. Não existe um alguém dentro de todos que me faça querer ser caçadora. Fujo a qualquer sinal de uma reaproximação. Não me interesse nada que se refaça, não me cabe mais linhas tortas, não me fascina nenhum recomeço. A vida é mesmo agora. É aqui. E o meu tempo é daqui pra frente.

 Quero a sorte de um amor tranquilo. Quero compartilhar minha preguiça ou acordar cedo para ver o dia brilhar mesmo que ele nós traía e fique nublado. Quero ver e sentir a luz de alguém que queime em vontade e que entregue ao mundo o dobro do que recebe. Quero a sorte de encontrar alguém... ou você.