Um breve momento pode ser eterno
Sabe, tia, finalmente sinto que consegui cumprir todas as promessas que fiz pra você e pra vida. Fui e sou a melhor jornalista que posso ser, embora ainda tenha um caminho além que vai se mostrar dia após dia, mas aquele prêmio selou nosso compromisso. Sou a melhor pessoa que posso ser porque sempre dou um jeito de levantar diante de cada novo obstáculo que se mostra instransponível e estou sendo a melhor que posso ser, dia após dia.
A sua falta me dói todos os dias. Tem cheiros que me lembram sua presença. Tem festas que jamais serão as mesmas sem você. Tem momentos seus que jamais serão os mesmos. A sua ausência me faz sentir um misto de tristeza e alegria, a sua breve passagem deixou momentos lindos para recordar, e se sua ausência é sentida só se explica pelo fato de que sua presença sempre foi notada.
Tenho mágoas que talvez nunca passem. A família se divide entre antes e depois da sua doença, me desculpa pela intolerância a todos depois da sua partida, mas é apenas a sua falta que nunca vai me deixar esquecer quem você foi pela força, coragem, garra e alegria diante dos piores obstáculos. Por tudo isso, obrigada.
Sempre aprendo com você, com sua ausência e com a sua breve presença.
segunda-feira, março 24, 2014
domingo, março 16, 2014
Leave me no room for doubt
Hoje faz uma semana que você foi e me deixou com muitas coisas boas. É engraçado como o tempo brinca com a gente. Te mostrei um dos meus curtas preferidos e sem saber, naquele momento, fazia o contrário do que o personagem dizia: eu saía do buraco ao invés de aumentar ele, eu sempre tão habituada a aumentar ele. Naquele sábado, olhávamos pra fora, o dia estava feio e o verão apenas ia ficando pra mais tarde.
Os últimos dias foram de reencontro. Me achei outra vez nas esquinas da minha própria vida. Senti nos meus amigos o verdadeiro sentido de pertencer. Mesmo que de forma diferente, mudamos tanto e eu aceito de bom grado as mudanças todas. Foi essa semana que liguei pra consultar minha melhor amiga, como advogada, e meu chefe ao se despedir agradeceu com um "obrigada, doutora" e eu notei que já não somos realmente mais os mesmos embora não tenhamos mudado tanto. Ainda nos desentendemos, nos desencontramos, discordamos das atitudes uns dos outros e até criamos distâncias. Mas, amizade é ponte indestrutível. Ainda mais daquelas que acompanham as mudanças, o crescimento e a verdade do outro que se constrói a pequenos passos.
Meu carnaval foi de reconstrução. Percebi que as pontes estão disponíveis e eu posso sempre visitar cada um dos meus, a qualquer momento, do outro lado. Sair de mim em direção a alguém é sempre um desafio. É preciso tentar fazer essa viagem sem a mala de preconceitos, sem arrogância, sem o nosso ego interferir na vontade da troca. É preciso permitir que aconteça e se permitir nem sempre é simples.
O amadurecimento é um processo doloroso. As quedas já não são no sentido literal, tropeçamos e as feridas não curam com o sopro da mãe. As lágrimas não são só de manha. Mas, é também reconfortante segurar as rédeas da própria vida. Está tudo bem trabalhar um domingo inteiro pra aumentar um pouco o orçamento e fazer uma viagem no próximo mês. Está tudo bem trabalhar muito para juntar dinheiro e realizar sonhos. Está tudo bem em passar uma noite de sábado dormindo. Está tudo bem em subir um morro pra conhecer um lugar inimaginável. Está tudo bem. Finalmente, está tudo bem, meu bem...
Hoje faz uma semana que você foi e me deixou com muitas coisas boas. É engraçado como o tempo brinca com a gente. Te mostrei um dos meus curtas preferidos e sem saber, naquele momento, fazia o contrário do que o personagem dizia: eu saía do buraco ao invés de aumentar ele, eu sempre tão habituada a aumentar ele. Naquele sábado, olhávamos pra fora, o dia estava feio e o verão apenas ia ficando pra mais tarde.
Os últimos dias foram de reencontro. Me achei outra vez nas esquinas da minha própria vida. Senti nos meus amigos o verdadeiro sentido de pertencer. Mesmo que de forma diferente, mudamos tanto e eu aceito de bom grado as mudanças todas. Foi essa semana que liguei pra consultar minha melhor amiga, como advogada, e meu chefe ao se despedir agradeceu com um "obrigada, doutora" e eu notei que já não somos realmente mais os mesmos embora não tenhamos mudado tanto. Ainda nos desentendemos, nos desencontramos, discordamos das atitudes uns dos outros e até criamos distâncias. Mas, amizade é ponte indestrutível. Ainda mais daquelas que acompanham as mudanças, o crescimento e a verdade do outro que se constrói a pequenos passos.
Meu carnaval foi de reconstrução. Percebi que as pontes estão disponíveis e eu posso sempre visitar cada um dos meus, a qualquer momento, do outro lado. Sair de mim em direção a alguém é sempre um desafio. É preciso tentar fazer essa viagem sem a mala de preconceitos, sem arrogância, sem o nosso ego interferir na vontade da troca. É preciso permitir que aconteça e se permitir nem sempre é simples.
O amadurecimento é um processo doloroso. As quedas já não são no sentido literal, tropeçamos e as feridas não curam com o sopro da mãe. As lágrimas não são só de manha. Mas, é também reconfortante segurar as rédeas da própria vida. Está tudo bem trabalhar um domingo inteiro pra aumentar um pouco o orçamento e fazer uma viagem no próximo mês. Está tudo bem trabalhar muito para juntar dinheiro e realizar sonhos. Está tudo bem em passar uma noite de sábado dormindo. Está tudo bem em subir um morro pra conhecer um lugar inimaginável. Está tudo bem. Finalmente, está tudo bem, meu bem...
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