POR UMA GARRAFA DE TEQUILA
Só queria dizer para todas as pessoas com quem falo. Vocês são legais. Dentro dos meus limites de sanidade, considero todas pessoas adoráveis. Queria ser melhor com vocês. E ter paciência. E tratar todo mundo bem, sempre. E não achar ninguém babaca. Não que ache muitas pessoas babacas, só algumas, e eu tenho coragem pra falar ou não falar, como preferirem. Queria ter mais paciência e ser uma mulher adorável. Mas fazer o que se eu não tenho? E tem dias que me irrito com uma facilidade absurda. E saio falando sonoramente pela casa: "não enche meu saco". "Hoje, nãããão". "tááááá bom, já ouvi, não precisa repetir". " eu arrumo, depoooooooooois". "mas que diabos, não tá alto, nãão". É as pessoas me irritam.
Mas daí tem os meus amigos que não me irritam nunca. E todos os livros que tenho pra ler. As músicas, que vivo baixando e deixando pra depois. Os arquivos de milhares de coisas para ler. Mas solidão também me irrita. Daí eu abro o msn e começo a sociabilizar com pessoas que saibam falar mais do que frases monossilábicas.
A minha vida é feita de pessoas. Pessoas que passam. Pessoas que mal me conhecem e falam exatamente o que preciso ouvir. Pessoas que fantasiam histórias e me contam pra alimentar minha vida de ilusão. Pessoas que entram, fazem a maior bagunça e saem sem nem ao menos falar 'obrigada' pelo espaço ocupado. Pessoas que transformam tudo em apenas uma manhã, tarde ou noite. Pessoas que conseguem se manter 2 meses ininterruptos na minha cabeça sem mexer no interruptor, uma luz monstra acesa e eu prefiro o escuro. Pessoas que eu gosto tanto, admiro tanto, que preciso brigar com elas só pra ver se é de verdade. Pessoas que não saberia viver sem. Pessoas que nem sabem, mas tem um lugar reservado na minha vida. E tem as pessoas que vivem pra juntar os cacos. Pra quem posso ligar e falar TUDO que tá acontecendo. Pessoas que me entendem e sabem qual será meu próximo passo até quando me faltam as pernas pra continuar andando. São meus anjos. Estas são meus anjos, e eu só não queria ser injusta. Ingrata, as vezes. Principalmente quando começo a viver no meu umbigo. Quando tanta coisa acontece ao mesmo tempo e eu não sei qual será o meu próximo passo.
Queria depois de tudo isto. Dizer as pessoas da minha vida. Obrigada. Obrigada a quem aguenta todas as minhas neuras, medos, anseios, loucuras, crises, gritos, xingamentos gratuitos. Obrigada e se um dia eu puder agradecer a altura. Dou uma garrafa de tequila pra cada um, eu prometo!