(des)Encontro
Apaixonada. Fielmente apaixonada por tudo que tem acontecido nos últimos tempos. Mas, ainda falta a peça que dá um sonífero para a angústia, minha companheira leal. Alguma coisa que falta e não se revela. Um sorriso que não conserta. Uma verdade que não preenche e uma solução definitiva que nunca encontro.
Não existe uma fórmula ou uma certeza que ponha fim nisso. Existem os tratamentos paliativos que me fazem esquecer durante o tempo de uma noite. Os dias de uma viagem. Os minutos de um sorriso importante. As horas de uma conversa relevante. Existem pequenos prazeres que me fazem esquecer o que sempre incomoda.
Já tentei de um tudo. Literatura de todos os espaços. Teorias de vários mundos. Espiritismo, kardecismo, catolicismo, budismo, umbadismo e todos os ismos religiosos. Nada que me dê alguma resposta embora sempre aumente as perguntas. Já vivi de várias formas, visitei vários lugares, conversei com muitas pessoas e poucas me dizem mais do que a programação exige. Todos estão ligados e prontos para falar do simples. Esses dias ganhei uma camiseta em tom de brincadeira que é uma grande verdade. "Clube dos descontentes", eu e Cristina do Woody Allen e uma porção de outras pessoas que fui descobrindo e me identificando pelo caminho. É isso que nós faz crescer, mudar, é o estímulo do desencontro que proporciona pequenos encontros.
Talvez algum dia alguma teoria (me) explique. Mas, agora, vivo do inexplicável (todo o tempo). Sempre assim embora diferente.