na linha direta de xangô, saravá!
Não é que sinta falta de você. Sinto falta de mim e do que eu sou com você por perto. Da quase plena ausência dessa sede constante de uma busca que nunca chega ao fim, só que se acalma ao seu lado. Das neuras que se dividem já que você compartilha de tantas e tão semelhantes. De aprender enquanto você me dá soluções simples para os problemas que acho gigantescos. De me esforçar para transpor a barreira que a minha juventude cria entre nós. Dos links, dos filmes, dos livros que se trocam em conversas bobas no meio da tarde.
Meu dom para gostar do complicado te escolheu no meio de tantos outros que poderiam apenas ser simples. Um caminhão de impossibilidades que parecem brincar com o encontro transformando isso no samba que diz "a vida é arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida". Cantado em grandes versos pela preto mais branco que existe. Enquanto sigo parafraseando, tem que horas me que pego querendo ter o talento do Vinicius de Moraes só para transformar tudo em poesia com melodia que leva para frente do mar e transforma a tempestade em pôr-do-sol.
ps. quem clicar no título ouve uma das mais músicas com mais bela letra.