your gaze is dangerous
Angústia, esse nó que dá no fundo do peito e sobe para a garganta enquanto confunde os pensamentos. Essa coisa que sinto o tempo inteiro e não consigo colocar em palavras. Foi tudo em um espaço de tempo minúsculo, cresci de repente, conquistei respeito pelo meu trabalho e já não sou mais menina. Mulher de mil vidas, de mil dúvidas, de mil vontades contraditórias.
Sinto falta do chá que minha vó ela fazia pra eu dormir quando passava as férias na bahia. Sinto falta das férias na bahia, um mês com pé no chão, andando de bicicleta com meus primos, das guerras de água, do andar quilômetros só porque cismou que quer tirar uma manga da árvore. Sinto falta de quando cismava com pequenas besteiras e do jeito que conseguia sentir tudo. Agora? Esse nó. Do passado? Alguns poucos e bons amigos.
Faz dias que os dias estão mais coloridos só que em dias de nostalgia a minha memória me trai. Por masoquismo ouço mil vezes uma música que me lembra um monte de coisas e sinto falta de outras que não vivi. Passo pelos mesmos lugares só para testar os limites do tempo e continuo mudando de rota, de bar, de fuga. E sigo, sigo, sigo para onde? Também não sei.