A sentença
De mim, eu sei. Sei que tenho uma personalidade complexa, sou feita de enormes exceções e minúsculas regras. Sei que minha prioridade não é a mesma da imensa maioria, meus sonhos são diferentes e minhas vontades mutáveis.
Preciso de silêncio e não me faz mal estar sozinha. Gosto de domingos inteiros de pijama com a companhia de uma série recém descoberta, de um livro que me prende no sofá, de uma música que não consigo parar de ouvir. Gosto das coisas que independem da presença de alguém.
Amo os meus. Meus amigos e minha família. Não confio em quem não tem ao menos um grande amigo, ao menos uma grande pessoa com quem consiga dividir tudo sem o menor receio. Preciso de quem me entende sem julgar e que guarda em si uma risada sonora da piada subtendida que existe na minha vida.
Não sou uma daquelas pessoas que conseguem caber dentro da expectativa de outro. Destrua suas expectativas e conquiste minha admiração. Dê mais para o mundo do que espera dele. Construa seus sonhos e trace planos de como viver o irreal. Faça do irreal um céu que consiga tocar. Toque e me olhe no olho quando falar comigo. Me conte suas posições políticas, sua música preferida, o livro que mudou a sua vida e o filme que te faz chorar sempre na mesma cena. Me deixe te conhecer e me conheça ao mesmo tempo.
"Acho que quando você gostar de verdade de alguém, achará tempo e paciência". De tudo que alguém não entende de mim, essa frase, quase como uma agressão me foi dada como uma sentença. Não nego toda verdade que cabe nela. Até a vírgula é uma possibilidade e depois dela o encontro. Tudo na minha vida acaba por tempo e paciência. O tempo que gasto sonhando, indo de um lado pro outro, fazendo a unha, andando muito mais devagar porque preciso estar de salto. O tempo que não tenho. E a paciência que me falta. Sempre que fica demais, acaba. Sempre que não acho o tom certo, mudo a cadência da minha música. Sempre que não anda, desanda. Falta persistir ou falta achar alguém que eu goste de verdade. É falta. É o que me falta.
Mas, daí, chega um whatsapp que me faz rir pela compreensão que existe de quem divide comigo essa verdade de não caber em estreitos. Ou não caber em lugar nenhum, o que espero que não. Por agora, me vale estar entre os meus, entre o que existe enquanto desenho um irreal... até que.
segunda-feira, agosto 27, 2012
domingo, agosto 19, 2012
A semana inteira...
Os domingos e a sua capacidade especial de me fazer sentir falta. O vazio que se abre nesse dia me faz voltar a sonhar com o encontro que vai me presentear com companhia. Alguém para ver o dia passar em preguiça ou para ir brincar com os cachorros que se espreguiçam no Villa Lobos. Alguém para andar de bicicleta e me fazer tropeçar no riso. Alguém com quem cozinhar ou mudar a ordem do dia. Alguém que agradeça o garçom e o olhe no olho do segurança. Alguém que seja gente e olhe no olho de todas as pessoas, sem distinção. Alguém que me olhe no olho e veja meus medos. Alguém que desfaça os nós do meu passado para me ter, por completo, naquele agora.
Alguém que seja generoso com o mundo e consigo. Que veja piada nos próprios defeitos e se perdoe pela ausência de perfeição. Alguém que ame os dias e cada pequena possibilidade de renovação. Alguém que se permita e me permita ser, infinitamente e indefinidamente. Que não me espere e não me cobre. Aquele alguém capaz de me soltar para voar e me ajudar a querer voltar. Que não seja complicado demais a ponto de me dar preguiça e nem simples demais a ponte de me desinteressar.
Alguém que me encante com seus mistérios e com o tom da voz. Com o sorriso alto, com o olhos sinceros, com vida no corpo e na alma. Alguém me faça perder a calma e contar os dias até um próximo dia.
Mas, amanhã é segunda, uma das 48 segundas chances e dias desse do ano. Quarenta e oito, todo ano, a cada ano. A garantia de 48 dias que acordo feliz. Mais uma segunda(feira)chance.
Os domingos e a sua capacidade especial de me fazer sentir falta. O vazio que se abre nesse dia me faz voltar a sonhar com o encontro que vai me presentear com companhia. Alguém para ver o dia passar em preguiça ou para ir brincar com os cachorros que se espreguiçam no Villa Lobos. Alguém para andar de bicicleta e me fazer tropeçar no riso. Alguém com quem cozinhar ou mudar a ordem do dia. Alguém que agradeça o garçom e o olhe no olho do segurança. Alguém que seja gente e olhe no olho de todas as pessoas, sem distinção. Alguém que me olhe no olho e veja meus medos. Alguém que desfaça os nós do meu passado para me ter, por completo, naquele agora.
Alguém que seja generoso com o mundo e consigo. Que veja piada nos próprios defeitos e se perdoe pela ausência de perfeição. Alguém que ame os dias e cada pequena possibilidade de renovação. Alguém que se permita e me permita ser, infinitamente e indefinidamente. Que não me espere e não me cobre. Aquele alguém capaz de me soltar para voar e me ajudar a querer voltar. Que não seja complicado demais a ponto de me dar preguiça e nem simples demais a ponte de me desinteressar.
Alguém que me encante com seus mistérios e com o tom da voz. Com o sorriso alto, com o olhos sinceros, com vida no corpo e na alma. Alguém me faça perder a calma e contar os dias até um próximo dia.
Mas, amanhã é segunda, uma das 48 segundas chances e dias desse do ano. Quarenta e oito, todo ano, a cada ano. A garantia de 48 dias que acordo feliz. Mais uma segunda(feira)chance.
segunda-feira, agosto 13, 2012
Como é grande, o meu amor, por você...
Tem horas que quase sufoca. Que eu sinto tudo e tanto. Que me emociono com fotos, com lembranças, com o cheiro, com a cerveja que sempre tomamos lá, com os sorrisos que eles sempre guardam estampados em seus rostos mansos. Eles, os meus amigos, os cariocas. O cheiro da cidade, as fotos que cada um que conhece e se encanta, compartilha nas infinitas redes sociais (sempre tão impessoais). Me sinto mais humana quando desembarco no Rio. Me sinto plena e sou. Sou com a certeza que a vida continuará me esperando na minha também querida selva de pedra, o Rio é suspiro e São Paulo respiro. O Rio é manso, é respirar fundo, é sentir o que existe de bonito e como é bonito.
O Rio é ponto e vírgula, é uma pausa mais longe, é um sentir mais manso. Os cariocas que me encantaram, os abraços, os sorrisos, os encontros. As tardes na praia, o pôr do sol no Arpoador, o como ainda acho engraçado marcar com alguém na praia, entre um posto e outro, em Ipanema, sempre Ipanema que em poucos minutos dá nas pedras do Arpoador. O Rio é democracia. É shorts, camiseta e chinelo. É biquini sempre pronto para alterar a rota. O Rio é sorriso espontâneo e gargalhada garantida. O Rio é sonoro e eu gosto do som das pessoas.
O Rio é encanto e eu sempre me encanto... por você, cidade maravilhosa.
Tem horas que quase sufoca. Que eu sinto tudo e tanto. Que me emociono com fotos, com lembranças, com o cheiro, com a cerveja que sempre tomamos lá, com os sorrisos que eles sempre guardam estampados em seus rostos mansos. Eles, os meus amigos, os cariocas. O cheiro da cidade, as fotos que cada um que conhece e se encanta, compartilha nas infinitas redes sociais (sempre tão impessoais). Me sinto mais humana quando desembarco no Rio. Me sinto plena e sou. Sou com a certeza que a vida continuará me esperando na minha também querida selva de pedra, o Rio é suspiro e São Paulo respiro. O Rio é manso, é respirar fundo, é sentir o que existe de bonito e como é bonito.
O Rio é ponto e vírgula, é uma pausa mais longe, é um sentir mais manso. Os cariocas que me encantaram, os abraços, os sorrisos, os encontros. As tardes na praia, o pôr do sol no Arpoador, o como ainda acho engraçado marcar com alguém na praia, entre um posto e outro, em Ipanema, sempre Ipanema que em poucos minutos dá nas pedras do Arpoador. O Rio é democracia. É shorts, camiseta e chinelo. É biquini sempre pronto para alterar a rota. O Rio é sorriso espontâneo e gargalhada garantida. O Rio é sonoro e eu gosto do som das pessoas.
O Rio é encanto e eu sempre me encanto... por você, cidade maravilhosa.
domingo, agosto 05, 2012
"Calma, tudo está em calma"
Da última vez que te pedi, no meio da noite, para me encontrar, te contei um dos meus segredos: sou toda agora. Minha vida é feita de urgência. Me conquista quem vive no momento presente. Porque depois a gente vê, depois a gente pensa, depois a gente racionaliza, depois a gente paga as parcelas, depois a gente acerta a conta, depois medimos o peso do envolvimento irracional.
Já fui depois, já senti conforto, já me apaixonei por ideais, já me encantei por ideias, já fui embora, já fiquei, já naufraguei, já me afoguei e já aprendi a nadar. Não me passou tudo porque ainda me falta muito. Quero dar pro mundo o dobro do que ele me devolve. Quero paz, música, arte, poesia, literatura, calmaria. Quero calmaria do fim de tarde dentro de um abraço que me guarde do mundo. Queria ser menos urgente sem de deixar de ser agora.
Quero só paz e que essa nunca me falte.
Da última vez que te pedi, no meio da noite, para me encontrar, te contei um dos meus segredos: sou toda agora. Minha vida é feita de urgência. Me conquista quem vive no momento presente. Porque depois a gente vê, depois a gente pensa, depois a gente racionaliza, depois a gente paga as parcelas, depois a gente acerta a conta, depois medimos o peso do envolvimento irracional.
Já fui depois, já senti conforto, já me apaixonei por ideais, já me encantei por ideias, já fui embora, já fiquei, já naufraguei, já me afoguei e já aprendi a nadar. Não me passou tudo porque ainda me falta muito. Quero dar pro mundo o dobro do que ele me devolve. Quero paz, música, arte, poesia, literatura, calmaria. Quero calmaria do fim de tarde dentro de um abraço que me guarde do mundo. Queria ser menos urgente sem de deixar de ser agora.
Quero só paz e que essa nunca me falte.
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