POR UMA GARRAFA DE TEQUILA
Só queria dizer para todas as pessoas com quem falo. Vocês são legais. Dentro dos meus limites de sanidade, considero todas pessoas adoráveis. Queria ser melhor com vocês. E ter paciência. E tratar todo mundo bem, sempre. E não achar ninguém babaca. Não que ache muitas pessoas babacas, só algumas, e eu tenho coragem pra falar ou não falar, como preferirem. Queria ter mais paciência e ser uma mulher adorável. Mas fazer o que se eu não tenho? E tem dias que me irrito com uma facilidade absurda. E saio falando sonoramente pela casa: "não enche meu saco". "Hoje, nãããão". "tááááá bom, já ouvi, não precisa repetir". " eu arrumo, depoooooooooois". "mas que diabos, não tá alto, nãão". É as pessoas me irritam.
Mas daí tem os meus amigos que não me irritam nunca. E todos os livros que tenho pra ler. As músicas, que vivo baixando e deixando pra depois. Os arquivos de milhares de coisas para ler. Mas solidão também me irrita. Daí eu abro o msn e começo a sociabilizar com pessoas que saibam falar mais do que frases monossilábicas.
A minha vida é feita de pessoas. Pessoas que passam. Pessoas que mal me conhecem e falam exatamente o que preciso ouvir. Pessoas que fantasiam histórias e me contam pra alimentar minha vida de ilusão. Pessoas que entram, fazem a maior bagunça e saem sem nem ao menos falar 'obrigada' pelo espaço ocupado. Pessoas que transformam tudo em apenas uma manhã, tarde ou noite. Pessoas que conseguem se manter 2 meses ininterruptos na minha cabeça sem mexer no interruptor, uma luz monstra acesa e eu prefiro o escuro. Pessoas que eu gosto tanto, admiro tanto, que preciso brigar com elas só pra ver se é de verdade. Pessoas que não saberia viver sem. Pessoas que nem sabem, mas tem um lugar reservado na minha vida. E tem as pessoas que vivem pra juntar os cacos. Pra quem posso ligar e falar TUDO que tá acontecendo. Pessoas que me entendem e sabem qual será meu próximo passo até quando me faltam as pernas pra continuar andando. São meus anjos. Estas são meus anjos, e eu só não queria ser injusta. Ingrata, as vezes. Principalmente quando começo a viver no meu umbigo. Quando tanta coisa acontece ao mesmo tempo e eu não sei qual será o meu próximo passo.
Queria depois de tudo isto. Dizer as pessoas da minha vida. Obrigada. Obrigada a quem aguenta todas as minhas neuras, medos, anseios, loucuras, crises, gritos, xingamentos gratuitos. Obrigada e se um dia eu puder agradecer a altura. Dou uma garrafa de tequila pra cada um, eu prometo!
segunda-feira, abril 30, 2007
quarta-feira, abril 25, 2007
ALTERNATIVA DE C*
Mais uma vez alguém disse que eu sou metida a "alternativazinha"[palavra fdp, quase não sai]. Vamos as explicações didáticas sobre a minha pessoa. TODAS elas.Daí você vai me conhecer e me achar babaca, vou rir e achar você babaca de volta. Vamos dar as mãos e sermos todos babacas felizes pelo mundo.
Primeiro, eu não sou barbie. Nunca fui. Não dei, nem deu para ser. Então, coisinhas fofinhas demais. Bonitinhas demais. Todas elas foram colocadas em mim pela minha mãe. Fiz ballet, até sair correndo do meu apartamento no NONO andar até o SEGUNDO com minha mãe atrás de mim, quase ajoelhando pra eu subir e me arrumar pro ballet. Pois é, ela me pegou. Mas eu NÃO fui. Sofri o esmagamento da classe média. Adendo, para falar que minha irmã acabou de entrar no quarto, com roupa de ballet [hahaha]. Voltando. Sai da escola particular. Meu mundo caiu e isto realmente foi sério. Hoje, eu acho bem idiota. Mas me fodi na época. Um montão.
Passou. Vou direto pra ete. É lá que a coisa começa a esquentar. Conheci o cara mais fofo e se eu gostasse dele, poderia ter sido tão mais simples minha vida. Fofo, ele era fofo. Mas quem tem timbre pra confusão, nunca vai se apegar a fofura. INFELIZMENTE, assim mesmo em letras garrafais.
Teve o cara que mais gostei na vida. Sofri. Chorei. Briguei. Xinguei. Tentei entender, em vão. Mais uma vez interrompendo o texto para me perguntar porque fazia tanto tempo que não ouvia muse, como muse faz bem pra minha alma, cantar "feeling good" bem alto. Me faz quase me sentir bem. Voltando. Mais uma vez. Desisti de voltar e me explicar. FODA-SE. Se você acha que eu me acho alternativazinha. Talvez, até me ache mesmo. Mas ninguém ainda pagou minhas contas por isto, então foda-se. Ainda não recebi uma proposta de emprego bacana, por isto. Foda-se mais uma vez. E quem disse que me importo com o que os outros acham? Foda-se pela terceira e última vez.
E sabe a coisa que mais me dá raiva? PORTAS RANGENDO. Odeio.
Mais uma vez alguém disse que eu sou metida a "alternativazinha"[palavra fdp, quase não sai]. Vamos as explicações didáticas sobre a minha pessoa. TODAS elas.Daí você vai me conhecer e me achar babaca, vou rir e achar você babaca de volta. Vamos dar as mãos e sermos todos babacas felizes pelo mundo.
Primeiro, eu não sou barbie. Nunca fui. Não dei, nem deu para ser. Então, coisinhas fofinhas demais. Bonitinhas demais. Todas elas foram colocadas em mim pela minha mãe. Fiz ballet, até sair correndo do meu apartamento no NONO andar até o SEGUNDO com minha mãe atrás de mim, quase ajoelhando pra eu subir e me arrumar pro ballet. Pois é, ela me pegou. Mas eu NÃO fui. Sofri o esmagamento da classe média. Adendo, para falar que minha irmã acabou de entrar no quarto, com roupa de ballet [hahaha]. Voltando. Sai da escola particular. Meu mundo caiu e isto realmente foi sério. Hoje, eu acho bem idiota. Mas me fodi na época. Um montão.
Passou. Vou direto pra ete. É lá que a coisa começa a esquentar. Conheci o cara mais fofo e se eu gostasse dele, poderia ter sido tão mais simples minha vida. Fofo, ele era fofo. Mas quem tem timbre pra confusão, nunca vai se apegar a fofura. INFELIZMENTE, assim mesmo em letras garrafais.
Teve o cara que mais gostei na vida. Sofri. Chorei. Briguei. Xinguei. Tentei entender, em vão. Mais uma vez interrompendo o texto para me perguntar porque fazia tanto tempo que não ouvia muse, como muse faz bem pra minha alma, cantar "feeling good" bem alto. Me faz quase me sentir bem. Voltando. Mais uma vez. Desisti de voltar e me explicar. FODA-SE. Se você acha que eu me acho alternativazinha. Talvez, até me ache mesmo. Mas ninguém ainda pagou minhas contas por isto, então foda-se. Ainda não recebi uma proposta de emprego bacana, por isto. Foda-se mais uma vez. E quem disse que me importo com o que os outros acham? Foda-se pela terceira e última vez.
E sabe a coisa que mais me dá raiva? PORTAS RANGENDO. Odeio.
sexta-feira, abril 20, 2007
MUNDO EM LATAS
Solidão. Confusão. Caos. Saudades. Indiferença. Palavras que por si só significam alguma coisa e que agora juntas, entravam meus pensamentos. Queria encontrar paz. Faz tempo que queria encontrar isto e é isto que desejo a todo mundo. Paz. Meus pensamentos não me deixam em paz. Minha vida não me deixa em paz. Meus amigos me deixam em paz demais, saudades deles. Saudades de não me sentir vazia. Saudades de sorrisos. Saudades das minhas certezas. Agora tá tudo mais complicado. Mais difícil. As pessoas dificultam achar graça em coisas frívolas. Chata, marrenta, mal-humorada. Talvez. Só queria que pensássemos sem formulas prontas. Piadas infames, sempre, mas únicas. Please!
Tô cansada deste mundo enlatado. Da minha geração programada pra agradar. Vejo todo mundo se debatendo para isto. É o que me dá medo. Porque não me vejo agradando ninguém. Sou desajeitada e vivo pra meter o dedo nas feridas. Não quero isto, me desculpem. Não quero colocar o dedo na sua ferida. Nem abrir, nem fechar, nem fazer um curativo meia boca. Queria te deixar com os seus problemas. Mas não consigo. Simplesmente não consigo, acreditar que estejam todos vazios. . Tô me policiando mais e vivendo menos. Vendo vida passar pela janela quando só queria ficar aqui sentada pregando letrinhas.
"essa vida é uma viagem
pena eu estar
só de passagem"
Leminsk
ivou aproveitar e agradecer quem passa aqui. Leio os comentários e sempre respondo com o maior carinho do mundo, porque a melhor forma de chegar a mim é comentando aqui.
Então, não se acanhe. Só é posse, não mordo ninguém. Podem continuar comentando que continuarei respondendo com um big carinho. Se não tiver blog/fotolog. Podexa e-mail.
Ou pode falar por aqui também:
suellen.santanna@yahoo.com.br
Solidão. Confusão. Caos. Saudades. Indiferença. Palavras que por si só significam alguma coisa e que agora juntas, entravam meus pensamentos. Queria encontrar paz. Faz tempo que queria encontrar isto e é isto que desejo a todo mundo. Paz. Meus pensamentos não me deixam em paz. Minha vida não me deixa em paz. Meus amigos me deixam em paz demais, saudades deles. Saudades de não me sentir vazia. Saudades de sorrisos. Saudades das minhas certezas. Agora tá tudo mais complicado. Mais difícil. As pessoas dificultam achar graça em coisas frívolas. Chata, marrenta, mal-humorada. Talvez. Só queria que pensássemos sem formulas prontas. Piadas infames, sempre, mas únicas. Please!
Tô cansada deste mundo enlatado. Da minha geração programada pra agradar. Vejo todo mundo se debatendo para isto. É o que me dá medo. Porque não me vejo agradando ninguém. Sou desajeitada e vivo pra meter o dedo nas feridas. Não quero isto, me desculpem. Não quero colocar o dedo na sua ferida. Nem abrir, nem fechar, nem fazer um curativo meia boca. Queria te deixar com os seus problemas. Mas não consigo. Simplesmente não consigo, acreditar que estejam todos vazios. . Tô me policiando mais e vivendo menos. Vendo vida passar pela janela quando só queria ficar aqui sentada pregando letrinhas.
"essa vida é uma viagem
pena eu estar
só de passagem"
Leminsk
ivou aproveitar e agradecer quem passa aqui. Leio os comentários e sempre respondo com o maior carinho do mundo, porque a melhor forma de chegar a mim é comentando aqui.
Então, não se acanhe. Só é posse, não mordo ninguém. Podem continuar comentando que continuarei respondendo com um big carinho. Se não tiver blog/fotolog. Podexa e-mail.
Ou pode falar por aqui também:
suellen.santanna@yahoo.com.br
O PARTO
Uma novidade.
Para quem ler o blog pode ser que interesse:
Tô parindo. É um processo lento e gradual. Tem tanto desespero e dor quanto os convencionais. Sou eu projetada alguns anos a frente, passando por tudo que pretendo não passar ou pelo que passo hoje. São os meus pensamentos tomando forma e corpo. É o corpo da mulher que me persegue e parece estar no quarto ao lado. Tô parindo. Ela tá saindo de mim. Já tem vida, tem forma, tem cor, tem dor. Tem vontades e certezas. Promessas de futuro. E seis páginas em verdana, 10, de história.Senhorita Kopacysk, welcome.
Vocês podem ir acompanhando no /claritromicina
sempre trechos por lá.
a íntegra tá aqui no meu pc e NINGUÉM leu ainda.
não tem nenhum plano pra nada, quem sabe o texto que tô devendo pra um amigo que tá montando um curta. Mas acho que é coisa demais já e minha capacidade de síntese tá em baixa.
Aliás, melhor nem falar em síntese. Quem disse que alunos de jornalismo tem que aprender "metodologia em pesquisa da comunicação", ganhou meu desprezo gratuito.
anyway, por hoje é só.
Uma novidade.
Para quem ler o blog pode ser que interesse:
Tô parindo. É um processo lento e gradual. Tem tanto desespero e dor quanto os convencionais. Sou eu projetada alguns anos a frente, passando por tudo que pretendo não passar ou pelo que passo hoje. São os meus pensamentos tomando forma e corpo. É o corpo da mulher que me persegue e parece estar no quarto ao lado. Tô parindo. Ela tá saindo de mim. Já tem vida, tem forma, tem cor, tem dor. Tem vontades e certezas. Promessas de futuro. E seis páginas em verdana, 10, de história.Senhorita Kopacysk, welcome.
Vocês podem ir acompanhando no /claritromicina
sempre trechos por lá.
a íntegra tá aqui no meu pc e NINGUÉM leu ainda.
não tem nenhum plano pra nada, quem sabe o texto que tô devendo pra um amigo que tá montando um curta. Mas acho que é coisa demais já e minha capacidade de síntese tá em baixa.
Aliás, melhor nem falar em síntese. Quem disse que alunos de jornalismo tem que aprender "metodologia em pesquisa da comunicação", ganhou meu desprezo gratuito.
anyway, por hoje é só.
terça-feira, abril 17, 2007
SEUS OLHOS
Poderia e deveria ficar aqui soltando palavras ao vento. É o meu jeito de não sufocar, de não enlouquecer, de tentar dormir. É o jeito que eu encontrei para entender o mundo. Porque o que não é vivido vira poesia e o que é me tira a inspiração.
O nada não ilumina e o tudo apaga. Conseguir tudo dá a mesma sensação vazia de não ter nada. Eu só sou feliz quando falta algo, quando falta você. Quando suas fotos me dão desespero. Quando seus amigos interrogam verdades. Quando músicas cantam desgraças do coração de alguém. Sonhos tantos, e você é mais um sonho bom.
Seu olhar que tem uma pontada de melancolia que eu falho ao tentar explicar. Seu abraço é bom, abraços sempre fodem. Sempre me fodem, eu adoro gente que abraça. E você abraça, e abraça com os braços mais doces e me olha com o seu olhar carregado de melancolia. Queria poder te dizer coisas inteligentes, mas elas me fogem quando nossos olhos se cruzam.
É como numa batida de carro. Luzes, dois faróis, crash, o encontro, o desencontro. Pedaços, gritos, gostos. Tudo muito rápido. Mudança muito rápida. O outro se tornou pequeno quando você apareceu e agora é você que me dá jorros de pensamentos desconcertados e desconcertantes.
Queria falar, calar, sentir, te olhar, te entender, te ter, te ver, posso estar redondamente enganada mas vejo em você o que poderia me tornar caso eu não fosse uma metamorfose ambulante...
vocêsóvocê.
s2
tá eu consigo, tenho 20%...
Poderia e deveria ficar aqui soltando palavras ao vento. É o meu jeito de não sufocar, de não enlouquecer, de tentar dormir. É o jeito que eu encontrei para entender o mundo. Porque o que não é vivido vira poesia e o que é me tira a inspiração.
O nada não ilumina e o tudo apaga. Conseguir tudo dá a mesma sensação vazia de não ter nada. Eu só sou feliz quando falta algo, quando falta você. Quando suas fotos me dão desespero. Quando seus amigos interrogam verdades. Quando músicas cantam desgraças do coração de alguém. Sonhos tantos, e você é mais um sonho bom.
Seu olhar que tem uma pontada de melancolia que eu falho ao tentar explicar. Seu abraço é bom, abraços sempre fodem. Sempre me fodem, eu adoro gente que abraça. E você abraça, e abraça com os braços mais doces e me olha com o seu olhar carregado de melancolia. Queria poder te dizer coisas inteligentes, mas elas me fogem quando nossos olhos se cruzam.
É como numa batida de carro. Luzes, dois faróis, crash, o encontro, o desencontro. Pedaços, gritos, gostos. Tudo muito rápido. Mudança muito rápida. O outro se tornou pequeno quando você apareceu e agora é você que me dá jorros de pensamentos desconcertados e desconcertantes.
Queria falar, calar, sentir, te olhar, te entender, te ter, te ver, posso estar redondamente enganada mas vejo em você o que poderia me tornar caso eu não fosse uma metamorfose ambulante...
vocêsóvocê.
s2
tá eu consigo, tenho 20%...
SEM VOCÊ
Minha vida tá no piloto automático. As coisas vão simplesmente acontecendo, eu vou simplesmente encaixando uma coisa ou outra, o rumo é um só e vai caminhando para chegar, aonde não sei. Mas se quem caminha chega, hei de chegar um dia.
Dormir é uma dádiva que me é negada porque tem MUITA coisa esquisita na minha cabeça. Eu podia ser mais previsível, mais centrada, mais bonita, mais inteligente, mais babaca e bacana. Queria não entender nada, entender menos do que entendo hoje. Me entender e me complicar menos. Segurar a onda, segurar o mundo, me segurar antes de te perder.
Minha vida tá no piloto automático. As coisas vão simplesmente acontecendo, eu vou simplesmente encaixando uma coisa ou outra, o rumo é um só e vai caminhando para chegar, aonde não sei. Mas se quem caminha chega, hei de chegar um dia.
Dormir é uma dádiva que me é negada porque tem MUITA coisa esquisita na minha cabeça. Eu podia ser mais previsível, mais centrada, mais bonita, mais inteligente, mais babaca e bacana. Queria não entender nada, entender menos do que entendo hoje. Me entender e me complicar menos. Segurar a onda, segurar o mundo, me segurar antes de te perder.
CADÊ?
Vagar na internet é o que faço quando minha cabeça começa a pesar muito e eu não sei o que fazer para diminuir o vazio que ela carrega. De todas as maneiras tento abafar o que se passa aqui. Olho pro céu quando chego em casa depois de andar muito pela paulista procurando paz. E parece que aqui as estrelas brilham e eu faço um pedido. Só um. Achar e usar o melhor de mim, porque o que tá sendo usado tá gasto, cansado, sujo, frágil, vulnerável...
Acho que estou deixando de ser a garotinha que esperava do mundo algo como compreensão. Espero pouco hoje em dia. Tenho cada vez menos amigos-irmãos, embora os conhecidos e queridos só aumentem em número. Cada dia é mais difícil confiar em alguém. Tô ficando chata, marrenta, com um monte de manias e pensamentos que só me entopem mais.
Tá tudo acumulando. Os pedaços de vida estão secando ao sol. As garrafas formam uma pilha imaginária. Os amigos andam sempre correndo, como aquelas pessoas que não queriamos ser igual. Os almoços são obrigações. Os jantares são alternativas para matar o tempo vago da noite. A gente não sabe mais ficar sem fazer nada, desaprendemos tão rápido o valor de uma tarde na casa dos amigos. Jogando conversa fora, que era o que fazíamos de melhor. Comendo brigadeiro queimado de microondas. São as provas, são os trabalhos, são os medos, são os modos. São mudanças que acontecem e a gente nem percebe.
Tá virando comum. É comum não olhar no olho. É comum passar correndo sem notar que tem um mendigo deitado no meio da calçada da avenida mais famosa de São Paulo. Mas se isto é comum, onde foi que erramos?! Onde estão os nossos sonhos do passado?! Onde se escondem os valores?! Quem é você sentado aí, quem sou eu?! Sou só mais uma entre tantas outras tentando por voz a um sentimento extremamente conturbado. Sou mais uma que ouve beatles e escreve sua vida em palavras estúpidas. Mais uma sofrendo de um saudosismo juvenil. Queria a terra do nunca. Mas que nunca mesmo eu esqueça de cada pessoa que passou na minha vida. NUNCA esqueça de você. Mas principalmente, nunca esqueça de mim....
domingo, abril 01, 2007
MEET ME IN MONTAUK?
Não sei se é necessidade de se achar neste mundo, de encontrar um elo em comum com alguma coisa do universo. Ou se é mera semelhança, como esta possível semelhança me assusta. Tenho a sensação constante que estou deixando de fazer alguma coisa. Deixando possibilidades, deixando palavras que deveriam sair de mim e se calam e outras tantas que deixo escapar porque se engana quem acha que falar é dividir. Falar muitas vezes é camuflar verdades, é esconder dentre tantos pedregulhos pequenas coisinhas que poucas pessoas conseguem enxergar. Isto me entristece, me sinto sozinha como se o universo tivesse as palavras certas e elas só faltassem a mim. Que só a mim as certezas fossem escassas. Que só a mim a vida representa, se representa e sai por aí sem pedir ajuda, nem conselho, nem cheque, nem choque.Sozinha porque assim a pressa é só minha. A vida é só minha e eu não faço mal a ninguém. Eu me entedio e me sinto presa. É quando volto a vida procurando maiores dificuldades, pessoas menos previsíveis e menos precisas do que as que passaram. Ou pessoas que precisem de mim ou que eu achem que precisa, ou que vejo uma possibilidade remota de não ser só mais uma. Odeio me sentir mais uma. Em qualquer coisa, até naquele feito mais batido. Sou mais uma quando olho as estrelas tentando reconhecer as constelações. Quando queria ter alguém do meu lado pra ensinar as que conhece. Sou mais uma quando penso numa casa no campo onde possa sonhar e sorrir. Sou mais uma quando baixo o cd daquela banda que ninguém aqui conhece, sou só mais uma que vai conhecer primeiro ou achar que conhece. Sou mais uma quando paro num sábado a noite para ver filme e entra na neura. Sou mais uma que tem amigos dos mais diferentes. Sou mais uma cheia de orgulhos tolos e vontades enormes. Sou mais uma quando olho você, quando procuro seus olhos que teimam em fugir da linha dos meus. Sou mais uma, talvez seja só mais uma no mundo. Mas sou eu e ser eu, é suficiente para tomar estas duas letras que todo mundo sai pregando pelo mundo em frases imperativas. Eu quero. Eu posso. Eu tenho. Eu faço. Eu sou. Eu quero voar. Eu posso cantar de forma desafinada e ser feliz. Eu tenho medo. Eu sou sozinha, porque não é mais estado nem condição. É característica.
Eu vou fugir de você se achar que não posso ser o que você espera. Vou fugir se achar que você espera, odeio decepcionar as pessoas embora o faça. Vou fugir se você me quiser, porque sei que vou ficar entediada. E se com tudo isso ainda estiver okay.
Meet me in Montauk?
Não sei se é necessidade de se achar neste mundo, de encontrar um elo em comum com alguma coisa do universo. Ou se é mera semelhança, como esta possível semelhança me assusta. Tenho a sensação constante que estou deixando de fazer alguma coisa. Deixando possibilidades, deixando palavras que deveriam sair de mim e se calam e outras tantas que deixo escapar porque se engana quem acha que falar é dividir. Falar muitas vezes é camuflar verdades, é esconder dentre tantos pedregulhos pequenas coisinhas que poucas pessoas conseguem enxergar. Isto me entristece, me sinto sozinha como se o universo tivesse as palavras certas e elas só faltassem a mim. Que só a mim as certezas fossem escassas. Que só a mim a vida representa, se representa e sai por aí sem pedir ajuda, nem conselho, nem cheque, nem choque.Sozinha porque assim a pressa é só minha. A vida é só minha e eu não faço mal a ninguém. Eu me entedio e me sinto presa. É quando volto a vida procurando maiores dificuldades, pessoas menos previsíveis e menos precisas do que as que passaram. Ou pessoas que precisem de mim ou que eu achem que precisa, ou que vejo uma possibilidade remota de não ser só mais uma. Odeio me sentir mais uma. Em qualquer coisa, até naquele feito mais batido. Sou mais uma quando olho as estrelas tentando reconhecer as constelações. Quando queria ter alguém do meu lado pra ensinar as que conhece. Sou mais uma quando penso numa casa no campo onde possa sonhar e sorrir. Sou mais uma quando baixo o cd daquela banda que ninguém aqui conhece, sou só mais uma que vai conhecer primeiro ou achar que conhece. Sou mais uma quando paro num sábado a noite para ver filme e entra na neura. Sou mais uma que tem amigos dos mais diferentes. Sou mais uma cheia de orgulhos tolos e vontades enormes. Sou mais uma quando olho você, quando procuro seus olhos que teimam em fugir da linha dos meus. Sou mais uma, talvez seja só mais uma no mundo. Mas sou eu e ser eu, é suficiente para tomar estas duas letras que todo mundo sai pregando pelo mundo em frases imperativas. Eu quero. Eu posso. Eu tenho. Eu faço. Eu sou. Eu quero voar. Eu posso cantar de forma desafinada e ser feliz. Eu tenho medo. Eu sou sozinha, porque não é mais estado nem condição. É característica.
Eu vou fugir de você se achar que não posso ser o que você espera. Vou fugir se achar que você espera, odeio decepcionar as pessoas embora o faça. Vou fugir se você me quiser, porque sei que vou ficar entediada. E se com tudo isso ainda estiver okay.
Meet me in Montauk?
Assinar:
Postagens (Atom)