terça-feira, abril 28, 2009

Pelo tempo que precisar


Tem horas, como agora, que queria me desculpar por não poder me entregar. Queria deixar a minha história nas suas mãos e, te deixar, livre, para mudar tudo de lugar. Abrir os meus sonhos, alargar minhas certezas, me desarmar de toda essa alegria fria que me tomou. Queria ser a velha menina para você transformar em uma nova mulher.

Formando novas palavras, vou me despedindo do passado e entrando no futuro, que ainda está sendo reconstruído das ruínas que ficaram. A arte de me reinventar a partir de um ponto final. Afinal, a linha de chegada pode ser a linha de partida, depende da perspectiva.

Enquanto juro para todos que esqueci, lembro em não deixar de sentir e, desse pensamento doce começam a aparecer novos sonhos.

Que eu nunca perca a capacidade de me entregar, embora, não (consiga) ainda.