domingo, janeiro 31, 2010

our wrongs remain unrectified

Não falo do que senti naquele momento porque seria tão banal quanto explicar o amor. Comum e particular como só os sentimentos genuínos são. A construção e a desconstrução fazem do cliché a bússola. Aos poucos são destruídos os alicerces e, de repente, tudo parece meio bambo, meio solto, sustentado por alguma coisa muito frágil. Ainda daria tempo de salvar algo, não deixar tudo acabar, o prédio virar.

Se as verdades tivessem sido simplesmente ditas e os sentimentos enfrentados poderíamos deixar o tempo fechar o que o acaso abriu. Mas, se nem isso, pra que então?

Eu amo várias vezes e em doses particulares. Amo meus amigos, alguns poucos e outros vários que me fazem simplesmente feliz. Alguns livros que me fazem sentir em palavras que nunca estarei só embora adore estar sozinha. Algumas músicas que transformam em melodia o que meus sonhos contam. Amo o sorriso da minha irmãzinha. O abraço da minha avó por adoção, dos meus avós por concepção. Amo acordar de um sonho bom ainda sentindo ele passear em imagens dentro de mim. Alguns filmes que representam em imagens as histórias que adoraria contar. Amo coisas que não mudam em letras, palavras, melodia, imagem e amo os que são só outros. Pessoas, como eu, procurando sempre alguma coisa que nunca definimos. Tem aqueles que (também) perceberam que são as perguntas que nunca acabarão. É, dentro dessa busca que viveremos todos os nossos dias até o último, quem sabe. Tem amor que virá outra coisa. Tem história que muda de página. Tem música que troca de melodia. Tem amigo que decepciona ou condiciona o presente a um passado que deveria ser irrelevante. Tem também, aqueles que, não são amigos. Embora, a gente, um dia tenha acredito que...