terça-feira, maio 25, 2010

Capricho

É a sua segurança. O seu jeito de correr no mundo. O som do sorriso e a forma das suas mãos. É o seu abraço que me recolhe em calma. São os olhos que se cruzam e se repelem. É a impossibilidade e a distância. São as diferenças e as igualdades. É complementaridade de quem te empresta loucura enquanto se alimenta de sobriedade. Me envolve sem escolha enquanto ainda estou aqui. Me toma e se toma. Me dê e se dê o direito de ser. Me empreste um minuto do seu silêncio. Grite mudo as palavras que adoraria ouvir. Me toque e recolhe o que é seu. Longe, não quero. Por perto, espero. Minha cabeça não acredita em você, te vê uma farsa que respira leve a profusão de sons desinteressantes só para continuar. A sua inércia se precipita quando fala perto. Seus minutos se transformam em horas. Seus dias se fazem semanas. Os meses virão anos. Seus segundos correm. Não nota o instante agora e continua. A minha cabeça te acha desinteressante. Porém, ainda existe algo que não decifrei e é por desafio, por teimosia, por angústia, por fim que quero carregar o seu cheiro (em mim).