domingo, agosto 28, 2011

freedom never greater than its owner

A vida vive se pondo, o sol e a confusão, a manhã seguinte fria e a noite quente, a tarde abafada e os sentimentos conturbados. Tudo se põe em movimento enquanto fico parada no balcão do bar assistindo aos que parecem mais perdidos do que eu ali, aos que discutem na mesa ao lado, aos que pertencem, aos embriagados e os que pedem a terceira saideira.

Fim de tarde, o sol ilumina a casa em raios desencontrados. E se fizermos da vida, um roteiro de cinema, aproveitamos o cenário para te contar do instante em que eu encontro um daqueles discos que queria dividir com você sorrindo contra a luz enquanto me acusa de ser sentimental demais. Sorrindo, me acusando, implicando e ao mesmo tempo, marcando o ritmo do som com os pés até que interrompe o movimento com um ar sério, me encara e só então estica os seus braços para encontrar o meu corpo, me abraçando e colocando mais perto. Mais perto do seu rosto sorridente, da sua vida, do seu jeito só seu de ser.

Queria que você fosse viajar com os meus amigos e estivesse nos momentos mais engraçados. Queria que você fosse conquistado e conquistasse cada um deles. Queria te contar as histórias, os momentos, o que faz cada um ser especial e que você não me julgasse por ter os mesmo amigos há tanto tempo. Não julgasse a minha dificuldade em me entregar, em confiar, em chamar de amigo apenas tão poucos já que coleciono tantos conhecidos.

Acho que o problema é esperar alguém que caiba no meu sonho. Alguém que não é mais quem um dia, eu sonhei. Alguém que eu não conheço, alguém que já não sei quem, só alguém... pra mim.