terça-feira, janeiro 17, 2012

Agonia e calma

O dia inteiro transitando entre um enorme universo de estados de espírito. A alegria de dividir minhas horas com amigos que o trabalho me deu. O tédio vindo do marasmo dos dias parecerem iguais. A falta que faz um lugar para voltar. Um sorriso para esperar. Um abraço para acordar. Um número para ligar mesmo que só para ouvir a respiração, mesmo que só para ouvir o silêncio vindo da falta do que dizer. A falta da vontade de voltar a ver depois de dois minutos desde a despedida. Agonia e calma. Calma de encontrar paz na alma de um outro com quem escolhemos ser luz. Agonia de saber que tudo é passageiro. No instante seguinte, no dia seguinte, no momento seguinte a vida pode simplesmente deixar de encaixar. O sorriso pode incomodar. O sono pode faltar. A madrugada pode me chamar em agonia, me fazendo perseguir letras, encontrar melodias. A falta me impulsiona a escrever. A falta me impulsiona a encontrar poesia no cotidiano. A falta me deixa aflita.

"Tudo é passageiro. Agonia e calma. O amor é o que transforma os dois extremos em viáveis". É isso, mais amor, por favor.