my tried and true way to deal was to vanish
Parece que me perdi. Não consigo mais me reconhecer de tantas formas como me via antes. Tem horas que falta ar e o corpo estremesse. Tem horas que a vida chega ao limite e eu preciso tirar as últimas gotas para não transbordar. Me pego pensando em milhares de possibilidades e nenhuma delas parece ser verdadeira. Não dá para escolher um caminho sem saber onde quer chegar. A rotina parece andar círculos dentro da inércia em que tudo se transformou.
Tem dias que sinto a sua falta. Que leio os meus textos antigos cheios de você. Pego os CDs que gravei e nunca te entreguei. Os bilhetes que se acumularam. Os sonhos que se contaram. Os segredos divididos. Revisito o lugar que você habitou e só encontro o vazio. Na verdade, depois de tanto tempo, consigo ver que você era realmente só a projeção do que eu queria pra mim. Aprendi que não devemos projetar, esperar ou entregar a ninguém a dura tarefa de termos momentos de felicidade.
Foi um ano conturbado. Ganhei, perdi, gostei, fui gostada, construí coisas novas, assisti shows especiais. Foi um ano cheio de vida. Foi mais um ano sem você ou da projeção de nós. Foi um ano que me afastou ainda mais do que passou. Me afastou mais da porção menina, me tirou um pouco da ingenuidade, me fez querer viver mais e sentir as coisas como elas são. Me fez aceitar diferenças que não se negociam. Me fez ser... e ser, nem sempre, é doce.
ps. o título é that particular time da Alanis Morissette. clicaqui.