MUDANÇA
Eu gosto de um monte de gente, de um monte de coisas, de um monte de mim que nem sei que existe mas está pregado em outros por aí que respiram sem me pedir permissão. Queria poder controlar todos os passos do mundo, todas as cores, as mudanças drásticas de vida e de pensar. Mas não, não consigo. As mudanças se dão todas, a todo o tempo, sem me pedir permissão.
Vou deixando de gostar de pessoas sem notar e de repente aquilo que era o máximo até 15 minutos atrás aparece cheio de defeitinhos tolos que não notei antes.
É o meu problema. O problema de ter que admirar as pessoas para que dê a ela a ‘honra’ de gozar da minha amizade estranha. Não é uma admiração regrada, muito pelo contrário, acho certas coisas importantes em uns e completamente dispensáveis noutros. Particularidades de pessoas normais que a meu ver, tem que ser respeitada. Até quando as pessoas não se respeitam. Quando personalidade ou o que quer que se assemelhe a isto fica em segundo plano em relação a uma aparência perfeita.
Uma coisa importante para quem quer ser meu amigo ou é, e por um motivo qualquer não sabe. Eu me permito mudar, sim, em todos os sentidos. Acho que a mudança é uma etapa necessária para o crescimento. É o ciclo da borboleta e eu não sou apegada a borboletas. Então sim, é natural me ver mudando o discurso sobre terminada coisa. E mudar o discurso quer dizer que se eu tinha argumentos importantes e fortes para não gostar eles continuaram importantes e fortes caso passe a gostar e vice-versa.
Quem se define se limita, e quem se limita se prende num emaranhado de convenções que só atrasam a vida e o pensamento.
PS: sem pc, postando do laboratório da faculdade porque tô sufocando e escrever sempre alivia.muá!vamos ao teatro?!