quarta-feira, outubro 03, 2007

LOVE IS A LOSING GAME


Tudo demais. Eu sinto tudo demais e multiplico as lembranças, divido cada pedaço do que senti entre as pessoas do meu passado, e me pego voltando no tempo. A minha cabeça em curto e tudo potencializado. Uma última dose esquecida naquele bar que volta a cada ano para cobrar a sua conta. Como será o ano que vem, quando estes festejos mais uma vez chegarem, quando mais uma vez os sentimentos esmurrarem a porta do meu quarto.
A minha saudade preferi ficar guardada no armário junto com aquelas coisas. Queria colocar tudo em uma garrafa e beber de uma vez. Um último porre e depois só um esquecimento tonto.
Os meus excessos estão me sufocando. Este excesso de vida e esta mania chata de fazer tudo que eu quero, como eu quero, mesmo que o eu quero seja do outro lado da cidade e dure 10 minutos. Estes excessos estão me comendo o coração. Meu cérebro me agride enquanto alguém toca uma música ruim e alta na minha cabeça. Enxaqueca. Puta dor de cabeça do inferno. Me deixa curtir a minha dor de cabeça em paz, eu te pedi isso uma vez. Você, o único que entende o quanto eu preciso do meu tempo. Bebida. Cigarro. Amores inventados ou não. Desgraças de verdade ou a ficção. Mas, só os excessos.
Acordei mais cedo do que o comum. Tem alguma coisa na minha cabeça impregnada querendo sair, mas eu coloquei um travesseiro na cara dela e vou apertar até ela parar de se debater. Não aguento mais me debater e ir afundando mais e mais. Minha vida é como areia movediça. Preciso parar e esperar. Se começar a me mexer muito afundo mais, e mais rápido.
E hoje, não importa quantos cappuccinos eu tomar. Hoje, quase nada importa.
Tô no inferno da minha vida e o paraíso está fechado para reforma, até amanhã, só, até amanhã.


ps: hoje sai a nona edição do susi. E o bruno me mandou um texto fodidamente bonito. Um dia, eu quero escrever que nem ele, um dia.
Te adoro fodidamente também, cara.

Agora, vou trabalhar enquanto todo mundo dorme, enquanto o mundo dorme. 6h45 da manhã e eu já ouvi um cd inteiro da Amy. Nem tudo é ruim.