terça-feira, novembro 04, 2008

drive

Quando vejo a cena da garota com um livro naquele mesmo banco marrom, com as árvores de companhia, lembro de como eu gosto de me sentir daquele modo. Algumas letras e o banco esquecido no meio do nosso lugar de sempre. Deixei toda incerteza me levar a beira de um abismo. Até que alguém me agarrou pela blusa e mostrou que longe dali existia a minha vida inteira, a mesma esquecida durante todos aqueles sonhos.

Em um momento qualquer finjo que a vida não tem peso e consigo me sentir feliz. São os sorrisos e a verdade que não encontro nos olhos de quase ninguém. Tenho medo de me decepcionar e ao mesmo tempo não sei me entregar pela metade. Descobrimos o nosso ponto fraco. Sabemos onde tocar. Sentimos, enquanto respiramos devagar aquilo que nos convida a viver. Se eu me perder, procure dentro de uma palavra que escrevi para você, toda minha verdade existe em palavras.

Os jogos imaginários só tem graça quando os dois lados conhecem as regras sem que elas nem se quer existam. As brincadeiras só são grandes quando o sorriso é inexplicável. Os sonhos só são reais, quando é muito para ser verdade, vivemos sempre do que é muito para nós.

Eu só quero, não sentir medo nenhum. I'm beginning to find that when I drive myself my light is found.


drive - incubus*