Manual de instrução
Se eu fosse uma garota com um manual de instrução, ele seria cheio de letras minúsculas descrevendo as minhas pequenas particularidades. Eu não preciso ouvir coisas bonitas, porque elas me cansam com a mesma intensidade da ausência delas. Me assusta certas palavras e eu fujo só para não ter que enfrentar uma coisa andando mais rápido do que eu. Essa é a mesma garota que pode gostar e deixar de gostar com a mesma intensidade. No mesmo ritmo das atitudes infantis, porque o Caio disse uma vez algo como se "amar fosse conseguir enxergar, e não mais amar, deixar de". A essência era essa, mas a frase nem de longe parece com isso, porque ele sempre esteve muitos passos a frente.
Eu estou perto de coisas que são verdadeiras, intensas, diferentes. Deixo as coisas acontecerem e noto que eles não acertam os lugares que me deixam sem ar, sem chão, sem pensar em consequência.
Eu sinto por tudo que jamais chegou a ser. Pelos dias pela metade que vivemos. Pelos sonhos atravessados que sonhei. Pelos sorrisos cúmplices que se completavam e agora sorriem sem sentido. Pelo carinho que se trocou. Sinto que meus passos não poderiam esperar o diferente ser banal. Não gosto de esperar, a vida leva, me leva. E agora, eu tenho a opção de caminhar devagar, sorrindo com os cabelos soltos e o sol queimando meu nariz. Sorrindo dos meus dias passados e fazendo planos silenciosos enquanto procuro o sol em um outro olhar. Posso fazer tudo isso e me encontrar. Mas prefiro continuar sozinha com a intensidade certa de quem não precisa jogar a mão na vida de outro. Quem pode viver a sua própria vida. Quem suporta seus próprios problemas. Sustenta seu próprio castelo.
Naquele meu Manual de Instrução estaria escrito: "Cuidado frágil - capaz de mudar pela ausência da palavra certa ou pela insistência das erradas".
Se eu fosse uma garota com um manual de instrução, ele seria cheio de letras minúsculas descrevendo as minhas pequenas particularidades. Eu não preciso ouvir coisas bonitas, porque elas me cansam com a mesma intensidade da ausência delas. Me assusta certas palavras e eu fujo só para não ter que enfrentar uma coisa andando mais rápido do que eu. Essa é a mesma garota que pode gostar e deixar de gostar com a mesma intensidade. No mesmo ritmo das atitudes infantis, porque o Caio disse uma vez algo como se "amar fosse conseguir enxergar, e não mais amar, deixar de". A essência era essa, mas a frase nem de longe parece com isso, porque ele sempre esteve muitos passos a frente.
Eu estou perto de coisas que são verdadeiras, intensas, diferentes. Deixo as coisas acontecerem e noto que eles não acertam os lugares que me deixam sem ar, sem chão, sem pensar em consequência.
Eu sinto por tudo que jamais chegou a ser. Pelos dias pela metade que vivemos. Pelos sonhos atravessados que sonhei. Pelos sorrisos cúmplices que se completavam e agora sorriem sem sentido. Pelo carinho que se trocou. Sinto que meus passos não poderiam esperar o diferente ser banal. Não gosto de esperar, a vida leva, me leva. E agora, eu tenho a opção de caminhar devagar, sorrindo com os cabelos soltos e o sol queimando meu nariz. Sorrindo dos meus dias passados e fazendo planos silenciosos enquanto procuro o sol em um outro olhar. Posso fazer tudo isso e me encontrar. Mas prefiro continuar sozinha com a intensidade certa de quem não precisa jogar a mão na vida de outro. Quem pode viver a sua própria vida. Quem suporta seus próprios problemas. Sustenta seu próprio castelo.
Naquele meu Manual de Instrução estaria escrito: "Cuidado frágil - capaz de mudar pela ausência da palavra certa ou pela insistência das erradas".
Opa, queb...