terça-feira, abril 10, 2012

Três anos e quatro meses. Da paixão ao ódio. Do amor a indiferença. Da euforia ao marasmo. Do caos a ordem. Dos extremos ao meio. Todas as minhas relações são de amor e você me fez sentir, tudo, sempre, por três anos e quatro meses. Foi com você que conheci algumas pessoas incríveis e estive em festas improváveis. Foi ao seu lado que passei de uma menina assustada, estudante de jornalismo sonhadora, a uma mulher realista ainda que com ares de sonhadora. Por você me envolvi da cabeça aos pés, estive de corpo e alma, vivi intensamente cada pequeno momento.

Foram três anos e quatro meses acordando para sentir o gosto do dia sabendo que encontraria você. Foi o tempo de viver dias inteiros de euforia e caos. Foi intenso e duradouro. Sou uma pessoa de relacionamentos longos, de sentimentos conturbados, é verdade, porém verdadeiros. Não sei viver metade, sou tudo ou inteiro, nunca apenas pequena parte. Quero do início ao fim e adoro saborear o meio. Quero cada um dos dias, cada uma das sensações, preciso da sensação de conforto de um jogo ganho e da instabilidade de um novo desafio. Preciso sentir o sangue correndo e ouvir o coração pulsando no pulso da minha vida. Foram três anos e quatro meses ao seu lado, muito da minha pouca idade e bastante de uma vida, foram várias das mais intensas sensações.

Foi você quem me mostrou a importância de preservar os amigos, os poucos e bons, aqueles que te entendem no silêncio e choram com as suas conquistas. Foi você que me mostrou a importância de ser e como o mundo entende quem é de verdade.

Três anos e quatro meses.

Sinto que continuamos unidos por algo muito vago. Sinto meus olhos encherem de mar na iminência da despedida. Preciso partir e crescer, te deixar e me reconhecer, encontrar as mudanças e tudo que você vai me deixar de bom. Só levo o bem. Só levo o bom. Serei companheira aflita de uma saudades que não sei se um dia irei matar. Mas, sei que quando as novidades me encontrarem, serei forte e combativa porque é esse o seu legado na minha vida. Não mais tão menina. Não tão mulher. Você me manteve ingênua e crédula, lá fora, muitos podem tentar se aproveitar... Mas, de tanta rudez, prefiro a calma. Serei forte, serei ingênua, serei sagaz e serei crédula... Graças aos nosso três anos e quatro meses. Longos e ternos.

Sua,
Sue.