you as were you
Você sempre esbarra nas minhas certezas. Deixa tudo um pouco fora do lugar, como um vento que arrasta as folhas do jardim para dentro de casa. Como um vento que passa (sempre passa). Depois basta arrumar a desordem e fechar as janelas. Faz tempo que acabou. Os seus olhos já não me dizem palavras silenciosas. O seu encontro não me encanta e o seu cotidiano não caminha com o meu. Somos estranhos. Estamos estranhos e é simples assim.
Tem estado tudo bem. Me encontrei dentro de mim. Consigo pensar em planos para o futuro. Quero viajar e conhecer pessoas. Esvaziei a mente e o coração. Destranquei a porta da frente para alguém entrar sem esbarrar em nenhuma mágoa. Comecei a meditar e a respirar. Voltei a ler mais e me dedicar a ouvir música. A literatura, a música e o cotidiano. O acaso jogando comigo e eu apenas deixando a vida estar. Voltei a me dedicar ao agora e me interessar pelas pessoas que são plenamente tudo que desejam ser no espaço de tempo presente.
Sem um milhão de frases feitas, a verdade, pura e simples, é que voltei a me interessar pelas pessoas... além de você.