quarta-feira, outubro 31, 2007

SEM OS DADOS

O céu é o limite da minha falta de razão. Ontem cheguei lá e você estava na terra. Preso na terra. Você e as algemas reais. Essas coisas práticas que entravam minha vida. E eu me confundo. Eu me confundia com os sentimentos todos embaralhados. Talvez, tudo esteja perdido dentro de mim. Minha vida escorrendo para chegar no lugar que eu já vi um dia. E eu já sai um dia. E já foi díficil aquele dia. Mas, eu sai. Eu passei. Eu olhei pra ele e falei que tudo estava bem. Ele não é você e talvez tudo não passe de medo.Garoto, eu jogo os dados. Eu jogo a vida. Eu mudo o tabuleiro.

TIME IS ON MY SIDE

Os meus medos foram passear. Os meus gostos mudaram. O tempo correu muito mais do que naqueles dias. Acho que minha vida foi e eu fiquei um passo atrás esperando poder viver. Esperando o dia de cada vez. Tudo foi muito mais rápido do que eu imaginei. Do começo ao fim. Agora, que a esperança, aquela coisa que mantinha umas coisas aqui ligadas, acabou. Eu queria descansar aquelas mentiras. Eu queria uns momentos de volta. Na verdade, eu queria pensar na minha vida com 10 dias para frente de hoje até o 11º desse mês.
Outubro acaba e com ele vai a lembrança de todas aquelas coisas grandes. Todas.
LANÇAMENTO


Lançamento do zine. Meu 'lançamento'. A primeira vez, a gente nunca esquece, e essa aí foi a primeira que eu dividi o papel com umas pessoas boas bagarai. E no dia 10, tem o lançamento. Mas, é lá em Maceió e o turbilhão de obrigações me prendem a São Paulo. As obrigações e a grana apertada. Então, eu vou armar uma por aqui, talvez não dia 10, tem festival, mas até o fim do mês, a gente faz. E se for, vai ganhar o zine.

Carla, não espero nada menos do que uma ressaca memorável da sua parte. Idéia ducaralho colocar João Antônio e, eu sei de quem foi. Se quiser o xerox de 'abraçado ao meu rancor' manda e-mail.

É, livro no brasil é caro e, infelizmente com a nossa realidade filhadaputa de estagiário, não dá. Então, rola uns escambos. Se você tiver um muito bom e quiser me presentear com um xerox, só pedir o endereço. Rá.
UM CLIQUE


na imagem e a 11º Edição do Susi não anda sozinha.

quarta-feira, outubro 24, 2007

DO SUMIÇO



acordei com saudades, talvez ligue pra todo mundo mais tarde, ou simplesmente volte a dormir.

terça-feira, outubro 23, 2007

TELL ME LOVER, ARE YOU LONELY

Faz tempo que tudo mudou. A vida andou. Os sonhos correram. Tudo tomou um ritmo que eu sempre achei que não existiria. O marasmo se desfez em mil obrigações. Os medos e o passado já não me assombram. A vida quase nunca me assombra mais. Sempre estive assustada demais para admitir que acreditava. Sempre acreditei em uma porção de coisas. Sempre desacreditei de tantas outras, algumas que vocês, meus queridos, nem percebem. Entreguei minhas verdades. Perdi. Perdi tanto nesses últimos dias e o que mais me dói é o meu cérebro todo carregado. Pesado. Encharcado em verdades alheias. O dinheiro falando alto como nunca antes. Os meus sonhos custam eles e eu vou pros meus sonhos como alguns vão pra vida.
Sinto falta de coisas que jamais senti. Sinto falta de você como achei que jamais sentiria. Você que vive se pondo nas minhas certezas. Você que enfia verdade na minha mentira. Você que teima em me dizer quando eu não queria escutar. Sinto falta de alguém pra me escutar e só. Esses dias tenho prefirido andar sozinha. Ficar sozinha. Não é tão ruim. Nem é ruim ficar comigo por esses corredores frios. Tenho coisas saindo de dentro do ipobre rosa que me empresta companhia. Tenho as poucas companhias de quem aguenta comigo. Fazia tempo que ninguém aguentava comigo. Fazia tempo que eu não me sentia tão sozinha. ninguém pra falar as coisas certas. Ninguém pra me arrancar de dentro quando grito aos quatro ventos que quero ficar. É mentira. olha todas as minhas mentiras no canto daquele quarto. Olha todas minhas mentiras nessas palavras. Percebe que é você. Percebe que eu escolhi a sua tristeza. Percebe que é você. Percebe.
Tira as músicas dos meus ouvidos. Troca essas coisas pela sua voz. Troca a melancolia pela sua tristeza. Me tira do meu lugar e me coloca ao seu lado. Tira tudo isso e diz que é verdade. Me garante com um olhar que é verdade. E depois, depois eu encho os seus olhos de fumaça.
Já tentei falar pro meu amigo, daquela vez, a vez que eu tinha muito mais certeza do que agora. mas, você estragou tudo com um gesto. Estragou tudo fazendo piada quando eu não queria. eu não gosto tanto assim de piadas. Muito menos quando eu falo sério. tão sério que arranco tudo nos dentes. Eu tentei explicar pro meu amigo e falhei. daí eu li umas coisas que ele não lembrava, que eu não lembrava. Um ano e tudo tá tão diferente.
Hoje encontrei o cara do meu primeiro beijo no metrô e é impressionante que eu tenha gostado tanto dele. Talvez, daqui a um tempo você seja como ele e nós sejamos dois estranhos esperando o próximo vagão pra eu ir. Eu fui e nunca mais voltei. Eu terminei e ele ficou ali sem entender nada. Depois, me disse que não entendeu e nem esperava. Mas, eu nunca fui de ficar esperando. Eu nunca esperei nada por muito tempo. não queria esperar ele crescer, e eu notei o quanto foi bom não esperar, se passaram uns 4 anos e ele não cresceu. Muito tempo pra quem não consegue ter calma. muito tempo. E agora, quanto tempo você leva pra perceber?

segunda-feira, outubro 22, 2007

WHERE THE TRUTH LIES?

cansei desse mundo de mentira
Deus ou coisa que o valha
joga gente de verdade
gente que escreve de verdade
gente que sente de verdade
gente que sorri de verdade
só verdade
porque de mentira já deu

domingo, outubro 21, 2007

às vezes a felicidade do fim de semana fica naquele cachorro-quente que te cabe dentro na barraquinha da augusta com a frei caneca.

sexta-feira, outubro 19, 2007

esse daí debaixo tão confuso que nem consigo pensar em começar a ler. nem pensar em achar ruim e apagar. nem pensar.

então deixa aí
vai pra história
página 896 de um livro sem fim.

quinta-feira, outubro 18, 2007

FALTA A SENHA

139948 é o número que destrava o computador. devia ser o número pra me destravar. devia resolver os meus problemas. as palavras deviam devolver a minha sanidade, mas elas tiram mais, me arrancam mais, devolvem mais. e eu vou sempre caindo por todas as sarjetas da vida. trocando morte e vida. trocando o meu trago pela fuga. trocando medo por certeza. tirando verdade e me vestindo de mentira.
comprei aquele livro e eu já li metade. chupo uma bala com gosto ruim que teoricamente me salva da gastrite. me salva da vida. me salva da dor. um vazio tão grande que eu quase consigo enxergar o meu centro. tanta falta de alguma coisa que nem as palavras conseguem me devolver. eu amo só você e você não acredita que é só você.
e as suas palavras me dizem tanto quando tento não ouvir nada. e as suas palavras me entregam vida quando eu queria a morte de presente. os meus presentes todos perdidos, o meu quarto todo perdido. hoje eu dormi e acordei achando que tinha se passado um dia inteiro. doce ilusão de que um dia tivesse simplesmente passado nas minhas duas horas de sono. doce ilusão acreditar que seria assim tão fácil. dor não é dessas coisas que sai fácil. dor não sai fácil. gritos não saem fácil se já não há mais voz aqui.
tudo mentira, a minha verdade. e eu queimei vida naquele papel. achei que o fogo fosse levar umas coisas para longe. doce ilusão achar que o fogo te queimaria. imaculada desgraça. aquela praça e a minha ilusão. as minhas doces ilusões.
então eu leio e ouço ela. me ame ou me deixe. me deixe errar por todos os anos que ainda me faltam. por todos anos que vão se arrastar enquanto eu acho que já consegui dormir por todos eles. quando eu acho que encontrei as respostas. voce que me propõem soluções e as arranca sem aviso prévio. eu te amo por tudo que você consegue ser. por tudo isso que eu tenho um medo filho da puta de me tornar um dia. e todo o seu papo vago e toda sua mentira que eu consigo enxergar só de olhar suas frases. as suas frases todas encaixadas para causar efeito. os seus defeitos. os meus excessos.
a salvação na ponta de um cigarro. vou até o filtro e quase me iludo que consegui liberdade. mentira. mentira. tudo mentira. não existe liberdade. não existe liberdade para mim. estou presa. presa nessa faculdade falsa. queria ser como as frangas que apareceram quando subia até o café. mentira. elas são de mentira. tudo uma fraude e você prefere as farsas. tudo tão mais fácil se eu pudesse só me calar.
a febre voltou. a febre vai e volta. e tudo queima. eu tremo de frio e teimo em tirar as duas jaquetas para sentir. nem precisa. não preciso tirar as jaquetas para sentir. eu sinto sem tirar nada. o frio vem de dentro. sem um isqueiro que ilumine. sem um trago que me empreste calma. sem você notar.
é um novo dia de uma nova vida e eu realmente não me sinto bem.
Mentira
Tudo mentira
Longe de você quase não há verdade na vida

Solidão? Que nada.

quarta-feira, outubro 17, 2007

SEM PAGAR

Ainda tem aquele resfriado que começou no fim da noite boa de sexta-feira. A dor de cabeça que só eu seria capaz de suportar. A dor de quando minha cabeça tá cheia demais. As lentes já ressecavam dentro dos olhos e tudo ainda respirava naquela praça. Fazia tempo que um lugar não me dava uma troca tão justa. Eu ganhei, perdi e quando paro pro balanço, concordo com cada vírgula. Eu assinei um contrato lá em cima, e eles estão me mostrando as cláusulas agora. Cada dia eu aprendo uma coisa nova. E essa vida. O ar-condicionado que me mata mais um pouco. As saudades dos meus amigos. A vaga lembrança daquelas festas bêbadas e vazias que já não são mais minhas. Os shows que eu não fui, os que fui e as lembrança do corpo dolorido. O meu corpo sempre cobra a conta. A parte boa, é que às vezes eu saio sem pagar.

ps: pra quem espera respostas, elas estão nos comentários, debaixo das de quem as espera

terça-feira, outubro 16, 2007

CAFEÍNA


Os telhados se desfazem em goteiras. Por todo caminho as gotas molharam as palavras que não consegui dizer. Os medos dos outros parecem não encontrar os meus. Deve ser essa passionalidade filhadaputa que faz a diferença. A vida deles parece maior. Os problemas todos maiores. E eu não acho uma palavra que fale mais do que o meu silêncio. Não entendo essas pessoas que travam a possibilidade. Devo ter faltado na aula de prudência antes de chegar na vida. Sempre me jogo de cabeça no desconhecido e se nunca bati nas pedras devo isso a sorte.
O tempo lá de fora me deixa ainda mais doente. Eu espirro o meu fim-de-semana. Os excessos eu troco pela minha saúde. Não julgo suas lembranças e nem te entrego soluções. Desço a augusta com a sensação de estar pegando um monte de coisas que não são minhas. Daí tem aquele sebo e o cara que lembra de quando passei horas atrás de dois livros. Os cigarros queimam devagar e eu só desejo que no meio dessa confusão você encontre sua paz.

domingo, outubro 14, 2007

TODO PRANTO TEM HORA




É dia de sentir. É dia de dourar a pele no escuro do quarto. É dia de sentir até a gastrite atacar. É dia. Nesses dias eu sinto tanto e tudo vai se desfazendo e tomando novo fôlego. As mágoas se apagam. as feridas cicatrizam. Eu balanço no ritmo do samba. Reverencio o cartola. Fico feliz com a voz da Roberta Sá. Tenho esperança no futuro dessa minha nação falida. Esqueço os escritores de merda. Esqueço os filhos dos homens. Esqueço os homens. Esqueço você no ritmo manso do samba que enche o escuro do meu quarto.
Um amor, um novo amor para chegar ao carnaval, qualquer coisa. Um sentimento pra me arrastar por esses dias. Pelos novos dias que anunciam a chegada. Os dias mais leve.
Cansada dessa mesmice de vida, eu me visto da verdade anunciada. Eu me visto de trabalho. Eu me visto de mulher e pulo como uma menina. Descanso o braço na cadeira do bar. Levanto a perna dentro da saia preta. Estico o braço. Seguro o queixo e descanso as minhas palavras. Aquelas que deixei escapar enquanto me lia naquele boteco pra minha platéia de duas pessoas. Para minha platéia de muitos. Porque eu sei que tem uns caras. Uns caras que nem estão mais por aqui, mas sabem que é pra eles. Nunca chegarei aos pés deles. Nem quero, pura pretensão ridícula, eles me colocam no lugar de garota. Eles e elas que escreviam ou cantavam como ninguém.
Hoje é dia de sentir até a última gota e depois ir dormir em paz. Amanhã eu acordo de luto e me visto de preto. Vou sentir pela sua ida.
E hoje faz um ano que eu entrei naquele avião pra semana que mudou tudo. A semana em flashs. Ah, aquela semana e todas as incógnitas que ainda estão na minha cabeça. Do passarinho verde fluorescente a como ele foi parar lá. Sem respostas, eu apaguei essas perguntas, e que venham os dias que tornam esses mais longe.
THIS IS KNOW



Eu queimei o passado na praça rúsvel, e o resto é só história.

sábado, outubro 13, 2007

COM PESAR

Gastei o meu tempo com você. Gastei maquiagem, gastei saliva, gastei vida, gastei tudo pra ficar agora, só com essas lembranças. Você levantou e foi. Você foi enquanto ainda conversávamos, foi e me disse que aquela era minha escolha, a minha fraca escolha. Aquilo foi tudo que eu pude suportar e eu suportei muito pouco. Eles decidiram essas coisas lá, você nem me perguntou se podia, não era pra ser assim. O sol queima lá fora. O calor insuportável me dá vontade de sair por aí buscando algo que refresque minha alma. Carrego o mundo na bolsa. Carrego as lembranças. E como elas pesam quando vem junto da impossibilidade. Como pesam.

OS BOTECOS

Depois de você os papos de boteco jamais serão os mesmos. Você apareceu e mudou tudo. Você mudou tudo, e nem me pergunto se eu queria mudar, nem perguntou. Carrego meus anos grudados na saia. Carrego mentiras, dor, verdade, solidão e a liberdade na bolsa. Te carrego sem que doa. Às vezes, ainda dói, ler aquelas coisas em voz alta, dói. Eu, que não tenho medo dos carros, eu que não tenho medo da vida. As lembranças dançam no escuro da noite, eu lá sentada na sarjeta da minha vida, como ontem, como hoje e como sempre. Larguei meu coração e jurei que você pegaria. Deixa lá pra um cachorro jantar. Me deixa lá pra qualquer um me divertir. Me deixa, porque sem você tudo ficou mais fácil.

terça-feira, outubro 09, 2007

I DON'T LEARN



Todo sono do mundo revirando pelos meus olhos. Alguma coisa me incomoda. Incomoda tanto que eu não consigo desligar meu cérebro e sossegar na cama. Eu escrevo para dormir, eu escrevo para tirar de mim o que me mata, e o que me mata são essas 4 horas mal-dormidas por noite. O que me mata é esse monte de gente idiota. O que me mata a cada segundo é o seu pouco caso.
Eu nunca lidei bem com rejeição, nunca.
Têm dias que eu deveria ser proibida de circular pela humanidade.
O ruim é que nunca avisam isso, pros outros.
I SWORE I WOULD BE TRUE

Essa cidade opressora e o meu amigo é o all star branco, a fumaça e uma coisa rosa que me empresta o barulho que quero ouvir. Os carros nessa avenida, as sombras desses prédios, essas milhares de pessoas indo e vindo, tudo parece estar dentro de mim. Sinto vontade de correr e fugir dela. Largar a minha cabeça. Arrancar meu coração e te tirar de uma vez por todas de perto. Só há vida quando você está, você ou as suas palavras, você de alguma forma. Não há nada sem o seu olhar, e tudo parece estar dentro da minha cabeça.
Os excessos são feitos de segundos bem vividos e há dias eu não consigo viver nada. Sinto a sua falta pregadas na parede do quarto. Sinto sua falta nas paredes dessa avenida.
Preencho meus cadernos da sua falta de sentimento. De dentro daquele café observo as pessoas e anoto só as minhas preocupações. Me excluo dessa roda-gigante pra ver se te encontro no raio que ocupo. Meus medos preenchidos daquelas verdades que você me emprestou.
Falta paz aqui, aquela que você pediu com seus olhos e esqueceu de devolver. Os discos, aquele livro, meu coração, a jaqueta que esqueci na sua casa, essas coisas não importam. De volta, eu só queria a minha paz.



há dias que a vida pesa tanto...
Da série de dentro de um café a solidão virá palavras:

Só uma pessoa consegue ser estranha o suficiente a ponto de parecer irreal. O resto são esses seres cheios de imperfeição, como a senhora que sentou ao meu com um pão-de-queijo mucho.

domingo, outubro 07, 2007

TIME IS ON MY SIDE


Vai demorar pra tudo ser tão bom como antes. Várias pessoas vão ter que aparecer e passar. Vou ter que reconquistar meu medo de carros. Aprenderei mais uma vez a olhar para os lados. Andarei com as mãos fora dos bolsos e a cabeça no lugar. Vai demorar. Vai demorar, porque você não está aqui.
Cada hora a mais é só um monte de minutos casando. É só mais uma delas e você longe. Meu querido, eu jamais fui a mesma desde você. Eu jamais serei a mesma, porque você foi e eu continuo aqui. E as pessoas me ligam, e as coisas acontecem, e tudo é tão pequeno sem você para dividir. Eu não acredito, eu que sempre falei que não acreditava, mentira eu sempre acreditei. Quando vi você, cai de joelhos crente nesses santos todos que eles vêem. E as marcas continuam aqui. Tudo continua aqui, como naqueles dias. Mas eu ando longe, tão longe que não sei como me encontrar. Então, eu vou cada vez mais para longe e talvez um dia nunca volte até essa saudades. Talvez, eu vá e seja para sempre.




tem coisas que eu não conto nem para mim.

sábado, outubro 06, 2007

OUTRO DIA



Os homens tentam, uns quase conseguem. Mas perto dele, perto dele, a perfeição é quase nada. Onde a simplicidade encontra a calma.
Depois do show dele, eu acredito nas impossibilidades.
Daqui 5 dias, faz um ano.
Dia 11, faz um ano.
E como esse um ano me mudou, arrancou e colocou tudo no lugar.

"Você que inventou a tristeza. Ora, tenha a fineza de desinventar."
Chico Buarque



João, saudades.

sexta-feira, outubro 05, 2007

AIN'T LIFE UNKIND?


Eu cansei. Cansei desses dramas baratos e desse povo escorrendo pelas paredes. Cansei de quase tudo e ainda tem tanta coisa pra viver. Tudo negro. O escuro. Muito cansaço. O mundo todo mudado e eu pareço a mesma. Cheia de responsabilidades, vestida de adulta, vestida de mulher, pronta pra atravessar a rua e olhar os carros. Hoje eu quase morri atropelada na augusta, hoje eu quase morri, como em todos os meus dias, eu que disse aquela vez que tinha mais medo dos carros.
Nos finais de semana tudo tem mais cor. Tudo é tão falso nessas festas que as pessoas inventam pra se livrar delas mesmas. Faking life. E talvez eu acorde um dia e perceba que só foi de verdade nos finais de semana que eu inventei. Mas, dessa vez eu vou ter a extensão da semana na forma de trabalho. Eu faço tudo isso valer meu esforço. Os segundos superados, os problemas, as matérias que deveriam estar na pasta x e por um motivo celestial elas não estão. Trabalho. Um monte de jornal pra todo lado. Tanta vida despregada naquelas tintas. Tanta vida nessas palavras, e hoje eu só quero dormir.

quinta-feira, outubro 04, 2007

ZINE

cada dia o carinho aumenta.
zinefamília.
a página por um clique na imagem.

quarta-feira, outubro 03, 2007

PARABÉNS PRA SAUDADES


Aí o sol brilha assim?
Porque a moda é se mandar. É se mandar, pra qualquer lugar e a Alemanha é um deles.
Tudo bem, porque menos dia mais dia, me mando pra Londres.
Mas, enquanto isso é só um plano, eu seguro a saudades.
Parabéns Sabrina.
Eu já notei que nunca falo o suficiente o quanto gosto das pessoas. Mesmo com nossas milhares de diferenças. Mesmo com a minha implicância. Eu só implico com quem gosto, caso contrário, eu não ligo. Te espero com a paciência no lugar, saudades da minha lerda preferida. (rárá)


na foto: sabrina e eu, há nem tanto tempo assim, o suficiente pra eu já ter perdido o capuz laranja dessa jaqueta.
Sabe aquele lance de superação?
Hoje ele fez isso.


Laerte na Folha.
LOVE IS A LOSING GAME


Tudo demais. Eu sinto tudo demais e multiplico as lembranças, divido cada pedaço do que senti entre as pessoas do meu passado, e me pego voltando no tempo. A minha cabeça em curto e tudo potencializado. Uma última dose esquecida naquele bar que volta a cada ano para cobrar a sua conta. Como será o ano que vem, quando estes festejos mais uma vez chegarem, quando mais uma vez os sentimentos esmurrarem a porta do meu quarto.
A minha saudade preferi ficar guardada no armário junto com aquelas coisas. Queria colocar tudo em uma garrafa e beber de uma vez. Um último porre e depois só um esquecimento tonto.
Os meus excessos estão me sufocando. Este excesso de vida e esta mania chata de fazer tudo que eu quero, como eu quero, mesmo que o eu quero seja do outro lado da cidade e dure 10 minutos. Estes excessos estão me comendo o coração. Meu cérebro me agride enquanto alguém toca uma música ruim e alta na minha cabeça. Enxaqueca. Puta dor de cabeça do inferno. Me deixa curtir a minha dor de cabeça em paz, eu te pedi isso uma vez. Você, o único que entende o quanto eu preciso do meu tempo. Bebida. Cigarro. Amores inventados ou não. Desgraças de verdade ou a ficção. Mas, só os excessos.
Acordei mais cedo do que o comum. Tem alguma coisa na minha cabeça impregnada querendo sair, mas eu coloquei um travesseiro na cara dela e vou apertar até ela parar de se debater. Não aguento mais me debater e ir afundando mais e mais. Minha vida é como areia movediça. Preciso parar e esperar. Se começar a me mexer muito afundo mais, e mais rápido.
E hoje, não importa quantos cappuccinos eu tomar. Hoje, quase nada importa.
Tô no inferno da minha vida e o paraíso está fechado para reforma, até amanhã, só, até amanhã.


ps: hoje sai a nona edição do susi. E o bruno me mandou um texto fodidamente bonito. Um dia, eu quero escrever que nem ele, um dia.
Te adoro fodidamente também, cara.

Agora, vou trabalhar enquanto todo mundo dorme, enquanto o mundo dorme. 6h45 da manhã e eu já ouvi um cd inteiro da Amy. Nem tudo é ruim.

terça-feira, outubro 02, 2007

WHERE DO WE GO FROM HERE?


Eu não me meto com meu passado, porque gosta das lembranças do jeito que elas estão. Eu gosto daquele zero a zero. Eu gosto de porto seguro estragando tudo. Eu gosto de tudo estragado do jeito que tá. Não vou me abaixar pra recolher nada do caminho. Vocês ficaram pra trás como tinha que ser.
Chega desse passado querendo encostar em mim. Faz um ano. Um ano. Dia 11 de outubro faz um ano que eu chorei no show do Chico Buarque. Dia 14 faz um ano que eu fui e não voltei igual. Sinto falta daquela irresponsabilidade toda. Sinto falta de umas pessoas e umas coisas que eram fáceis e hoje são impossíveis. Sinto falta de parte da minha sinceridade que me roubaram. Fui dura com a vida e ela resolveu ser de volta. Faz 3 anos que você foi, e eu já desisti de voltar a acreditar.
O único problema em não se meter com o passado é viver derrubando os potinhos e se cortando inteira. O único problema é que eu preciso organizar essas coisas. Organizar a minha vida. Meus discos. Meus livros. Organizar vocês, nas estantes do meu passado.




homem-chato-implicante eu chego atrasada
mas, eu apareço.
fui, que já vão me xingar o suficiente.
Um texto pronto, do começo ao fim, com falas e cenas na minha cabeça e eu tenho que ler a Gazeta Mercantil.
Nem tudo é fácil nessa minha vida.

O texto com começo, meio e fim. Sem fim, porque nada termina, recomeça, só que diferente.

Não dou um mês pra entrar em curto. Ou eu mudo a vida, ou ela me muda, e não é hora de mudar, agora não.

" We all have a sickness
That cleverly attaches and multiplies
No matter how we try"

segunda-feira, outubro 01, 2007

meu reinado por um trago a mais de vida.


eu vou trabalhar com aquelas coisas e ir falar com o bruno.
idéias.idéias.
elas enforcam a calma.

THE BEST OF YOU

Tem horas que eu só queria conseguir conversar comigo. No silêncio da minha cabeça só você produz som. E eu fico aqui, tentando preencher tudo isso de barulho, de música, de gente. Mas, só queria preencher tudo isso de você. Você e os seus olhos tristes. Nem tudo bem, porque nunca tá tudo bem. Mas, os segundos bons ao seu lado produzem a mentira que eu preciso pra alimentar meus dias. E são doze horas de trabalho. E são sete dias esperando aquelas coisas que me deixam feliz acontecer. E eu me sinto realizada. Quase feliz. Queria sentir você mais perto, mas você tá tão longe achando tudo fora do lugar demais, longe demais, estranho demais. E eu só te queria, demais.
O problema deve ser esse: eu quero tudo demais nessa vida.

essa faculdade me irrita profundamente.
eu sou melhor quando as coisas acontecem.