settle down*
Sabe a liberdade? Essa que eu julguei a vida inteira importante. Agora, me parece tão frágil. Queria alguém para me fazer parar de pensar. Um lugar onde nada de ruim pudesse me atingir só porque o abraço certo me envolveria nos meus momentos de ira, nas alegrias, nas dúvidas e quando o medo bater na porta. E então, não ligaríamos para o calor insuportável lá fora.
Eu cansei de me sentir gigante nesse mundo tão pequeno. Essa vida cheia de possibilidades vazias. E nada me prende, nada nunca me prendeu. Nenhuma pessoa foi capaz de me fazer esquecer que no momento seguinte eu teria de voltar para as obrigações. Ninguém nunca me fez perder o sentido de certo e errado, foi sempre a minha própria liberdade falando mais alto do que um abraço.
É inegável que eu sempre levei a minha vida por lugares certos, mesmo nos momentos de tempestade, achava em palavras ou músicas abrigo. Só queria alguém que conseguisse fazer dos meus abrigos corriqueiros menores do que o olhar e, então, eu voltasse para aquele olhar ao invés daquelas coisas tão distantes.
Alguém forte o bastante para me mostrar que eu posso ser melhor, maior e mais feliz. Uma pessoa que viesse com defeitos suportáveis e qualidades incomparáveis.
Detesto a perfeição, mas não suporto a falta de coragem de se sentir feliz.
Quem sabe, um dia, encontro a boca que diz as coisas certas, as mãos que conhecem a rota perfeita e o sorriso que ilumina um dia chuvoso.
E finalmente, eu entenda que a liberdade só vale quando soubermos compartilha-la.
a sis explica o título assim:
۶.livya | -20C, prazer. diz:
ah, as traduçoes num são boas.... mas é tipo sossegar no seu canto, se estabelecer, se nortear na sua base, saca? nesse sentido.
E conta da vida dela no Leitura de Viagem.
Don't Speak é a música que me faz lembrar ela.