terça-feira, setembro 29, 2009

Thirteen

Vou me adaptando, me adequando, correspondo as suas expectativas e crio no silêncio o cenário perfeito. Te iludo com a sensação de conforto enquanto faço do desconforto, um lar. Talvez duas taças de vinho e alguma música para ditar o ritmo. Te quero louco, quero fugir de toda essa alegria barata e sentir algo além do que previsto. Ouvir a sua respiração sem ritmo enquanto tenta mandar na situação. Quero te fazer desistir enquanto tenta resistir até o último segundo.

Quero você louco porque quando está sério, tudo fica muito chato. Quero você louco porque você é idiota quando usa de tanta racionalidade. Cansei de toda a convenção, de me controlar em público quando o que mais queria era dançar até o dia seguinte. O amor é um dialogo e, agora, não quero conversar. Não tem problema se formos malvados, te dou licença para ser um louco enquanto seguro os seus pulsos. O meu jogo, a minha casa. Gosto do jeito que você me segura para falar, dos seus olhos claros, gosto do seu sorriso e do desespero por um cigarro no fim da última frase.

Gosto do seu abraço e de como alcançou o meu corpo inteiro nessas mãos desconhecidas e do jeito que respirou forte perto do meu ouvido para me falar que estava aqui. Gosto dessa distância e do encontro indefinido, te imagino falando sobre alguma coisa qualquer, uma nova teoria para um conceito novo de uma vida diferente enquanto o seu toque decifra os meus sonhos. Gosto de imaginar as palavras faltando no momento em que a sua boca encontra a minha.

Estou tão cansada de brincar, não quero uma razão para amar você e descarto as suas explicações do porquê devo ser a sua mulher. Não vejo a hora desse dia virar noite...