quarta-feira, dezembro 19, 2007

REASSURED

Algumas pessoas simplesmente vivem a vida que dá para viver. Andam por onde dá para andar. Comem o que tem para comer. Trabalham com o que sempre quiseram e se matam um pouco a cada dia. Volume de trabalho nunca foi um grande problema. Eu gosto de me perder no meio daquelas coisas, esquecer o começo dessa semana e só pensar que o final tá logo ali. Ainda tenho todas aquelas coisas no canto, um dia foi raiva, hoje é rancor. Péssimo sentimento. Não daqueles que essas minas escrevem em seus livrinhos que se transformam em cortes profundos e cocaína na veia para mamãe ver. Não, não fico pelos quatros mendigando atenção. Não a dela. Não porque ela me deu o que tenho de melhor. A liberdade. Eu sou livre para errar. Errar até a última gota de erro daquele copo fundo.
Tem dias que eu ando com a certeza de que deixo para trás o mundo e todas as coisas. A tarde inteira com o meu amigo e a Fiona naquele bar que tem o nome de escritor. E, depois tudo termina como começou. É um ridículo. Claro, que é ridículo. Fingir que não conhece dá menos trabalho e me evita segurar tudo que ainda tenho para dizer. Um café com meu orgulho, por favor? (ei, lee, adorei a expressão)
Sem café, o bar, as músicas, o orgulho, a pizza , os amigos e no outro dia ainda a é quarta.
Preguiça, eim?

Here's another speech you wish I'd swallow
Another cue for you to fold your ears
Another train of thought too hard to follow
Chugging along to the song that belongs to the shifting of gears
(...)
I just need to be reassured
Fiona Apple