if you close the door, the night could last forever
Acordo bem quando não me lembro de ontem, não existe nostalgia e a ressaca nem se quer incomoda. Ainda existem os pequenos medos que não assumo para mim, os que falo para os amigos e os que mantenho longe dos meus pensamentos. Ainda existem coisas que incomodam e, a vontade de conhecer esse outro mundo. Tenho medo de você porque é a sua inteligência que me interessa e, é justamente isso que me preocupa. Diferente de todas as outras vezes admiro só a inteligência de alguém e, tento (em vão) me desprender de todo o resto, quero esquecer o que só parece e tirar de tudo só o que as palavras podem me mostrar, quero seguir ao lado do seu rio, jogar pedrinhas na água e sorrir enquanto você divaga sobre uma nova filosofia extraterrestre-do-mundo-virtual-interplanetária-do-subsolo-da-literatura-grega-iluminada-pelo cinema moderno-com as músicas da bulgária, quero te ver fazendo pouco sentido e se encontrando nessas frases desconexas.
Quero te ver dormindo, cobrindo o rosto com as mãos enquanto tenta se fechar em si, te olhar brincando com os gatos, descobrir um dos seus medos profundos e traduzir as suas palavras em textos maiores, em outros fragmentos, em novos momentos.
Quero transformar o passado em doces lembranças e, acabar com o amargo que ainda aparece na minha boca. "cansei de chorar feridas que não se fecham, não se curam".
ps: o título é velvet e a última frase é da pitty em homenagem ao gordinho-que-me-deve-uma-dose-de-whisky.