segunda-feira, outubro 12, 2009

On a plain

Depois de um feriado inteiro fazendo várias coisas, vivendo tudo ao mesmo tempo e misturado, madrugadas inteiras respirando um ar que tava me fazendo falta, é tão bom voltar e ficar quietinha. Fechar o msn, o gtalk, esquecer o skype e colocar o celular no silencioso. Nada e nenhum barulho passa pela porta fechada. Ouvindo Nevermind do Nirvana enquanto coloco os pensamentos em ordem.

Come as you are. Venha, te quero como um amigo e quero poder te tratar com a sinceridade que trato todos que não gosto. Quero que você aguente o tranco, que me pegue e se apegue até aos pequenos defeitos. Quero que você entenda que não é você, nem qualquer outro, quem vai acabar com a minha capacidade de ser só. Te dou o seu tempo, a minha (in)diferença, a escolha é sua, só não se atrase. Te quero impaciente, procurando um cigarro para acabar com a ansiedade, procurando respostas, olhando os seus cds, revirando seus livros. Te quero calmo, com o sorriso leve enquanto segura minha mão durante aquele filme complexo. Quero um jogo difícil e que chegar a verdade seja só uma questão de tempo, confio no seu caráter, acredito na sua índole, te vejo respirando fora do compasso e ignorando todas as regras. É isso, tudo isso, que eu esperei encontrar.

Te vejo sempre tão longe, cada vez mais distante, te imagino ao contrário, inverso, reverso, em verso. Você (ainda) é mais poesia do que eu sou capaz de fazer.



It is now time to make it unclear
To write off lines that don't make sense
Nirvana