terça-feira, junho 16, 2009

Janeiro, 2007

E se as escolhas erradas renderam frutos talvez eu abaixe para colher ou simplesmente siga adiante. Não é a minha pretensão te pedir para ficar onde eu jamais estive com você. E os dias que a minha cabeça estava no seu ombro e os pensamentos em outro lugar, meus olhos procurando outro sorriso, talvez me faça te dever um pedido de desculpas. Você foi a pessoa certa no momento errado, ou aquele que fez sentir bem quando mais precisei de alguém, era você quem estava lá para me seguir até o fim do mundo, compartilhar das minhas loucuras, buscar uma coca-cola, sempre foi você quem olhou para os dois lados na Augusta quando eu simplesmente atravessava.

E, o tempo, tão justo e injusto com as lembranças me faz só sorrir quando passo na frente daquela sorveteria que um dia mudou a ordem das coisas e, fez de todos os dias um novo começo. Foi o seu abraço, sem possibilidade de fuga, que mudou a minha vida como ninguém jamais conseguiu. Não sei onde coube o erro e a distância. Em algum momento eu devo ter ficado entediada, egoísta, idiota e fugi, como sempre faço, fujo de tudo e todos que podem se tornar especiais só para continuar com os sonhos intactos, com amores não consolidados, com verdades nunca ditas.

Não te peço para voltar a ser a pessoa que olha dos dois lados da rua antes de eu atravessar, nem para se preocupar como você se preocupou um dia, só posso assumir as consequências da minha distância.

Não tenho um pedido de desculpas, precisava viver algumas outras coisas, lutar - em vão - em outras batalhas, gastar o tempo - sem porquê - em outros problemas, errar e acertar. Precisei da distância, fiel escudeira, para te contar que não me arrependo do que fiz nesse tempo longe, mas reconheço que errei (com você) também.