domingo, junho 21, 2009

Não saberia dizer como tudo começou, porque se alongou... Talvez tenha sido aquele dia com o karaokê e o jeito todo seu de gostar de Beatles, a coincidência de a primeira música que entendi sem notar que não era minha língua ter sido Help. Os dias se seguiram, as conversas se encontrarem, os segredos se trocaram. Uma ótima companhia para fazer nada. Um lugar para encontrar conforto em silêncio. Quando você não precisa falar nada, quando não precisa ouvir , e sabe que não precisa entender porque em algum momento aquilo tudo será ou não, compreendido. É como um estalo no meio da tarde quando procuro paz. Algumas palavras, outras letras, alguns sorrisos.

Talvez você note que eu ando meio perdida. Falando alguns "não sei", mais agitada do que todo o comum, talvez perceba que eu não queira nenhum deles porque não sei mais o que quero. Sair de mim. Me livrar de lembranças de fatos não consumados. De sonhos sonhados até o momento ideal, quando meu edredom amarelo me empurrava para realidade, mesmo que ali, parado. Não sei. Você já me ouviu falar alguns "sei lá". Não sei em que instante as coisas deixaram de ser comuns e se tornaram diferentes. Quando notei que você existia de uma forma diferente dos outros. Mesmo que odeie análises, te vejo de muitas formas, forte e decidido, simples e calmo, complexo e sonhador, uma intensidade omitida. Às vezes, tenho vontade de te pedir para sair na chuva e deixar a água molhar todos seus sonhos. E se com isso, você só ganhar um resfriado, existe aquele chá de morangos, que faria sua voz voltar a ser ouvida.

Sabe, tem algumas coisas que eu nunca contei para ninguém, algum detalhe seu, que faz toda a diferença. (...)

05/12/2008