sexta-feira, julho 31, 2009

De novo

O que a distância faz? Eu posso estar feliz e você não vai saber, mesmo que não estivesse quando você partiu. Posso pensar em tantas coisas novas, ter resoluções mirabolantes, traçar planos e precisar de alguém que discorde do jeito exato que você faz. Posso fazer mil coisas e conhecer outras milhares de pessoas. Posso encontrar em um novo sorriso as chaves do desconhecido.

Eu nunca te contei, mas queria ser importante e não, necessária. Nunca contei que o meu medo era cheio de orgulho. Que o meu cansaço era muito mais físico do que emocional, você nunca me cansou nesse sentido. Os meus pensamentos estão amontoados e fingem se comportar. A insegurança está descartada por decreto e a realidade nua. É tudo novo, de novo.

São Paulo, 19 de julho de 2009