sexta-feira, julho 24, 2009

A resposta do rei

As minhas mudanças parecem abrir uma nova estrada, onde nunca estive, onde nunca imaginei estar. Cansei de cuidar dos outros. Cansei de tentar imaginar rotas perfeitas. Cansei de segurar cada uma das minhas vontades para não ferir as expectativas das pessoas que nem ao menos me conhecem. Mantenho a minha vida perto dos que estão próximos a mim, gostos e gestos parecidos já me interessam. Cansei de ficar do lado de lá, onde estão os apenas diferentes. Cansei das pessoas que pensam demais em coisas de menos.

Fui tão frágil perto de quem prometi manter distância e criar limites. Naquele momento era como se cada uma das resoluções pensadas não tivessem sido difíceis de encontrar, uma vez jogado tudo para o ar, a bagunça se refaz. No fundo as decisões valem o instante do agora e a falta de explicação do que me faz agir. Engraçado observar as suas reações inesperadas e, notar que, a sua inocência é encantadora de uma forma pura, quase boba, de um jeito que ainda te faz conservar algo raro no olhar.

Sigo nessa estrada com a resposta da majestade ao coelho.

- Comece pelo começo - disse o Rei, com ar muito grave - e vá até o fim. Então pare.

(e, só então, pararei... até lá, não sei onde, não tenho pistas, não tenho rota, bússola ou mapa... não tenho medo)