Em poucas horas você passou fazer parte da semana seguinte e dos outros dias inteiros. Foram poucos minutos entre a gente que não sei muito bem como começaram, porque aconteceram, você foi um desafio que eu comprei para mim, uma verdade que eu quis inventar naquele bar com luz vermelha. Você me dizia que aquilo era uma merda porque não podíamos, não deveriamos, não era o certo. Nunca fui muito de certo e errado e, nem tive tempo de te contar isso. Você me disse várias coisas quando estava indo embora, lembro de você virando a rua do bar, você anda de um jeito meio infantil, como eu ando. Talvez você marque o meu desencontro. Mas, foi no seu encontro que percebi o quanto deixei outros passarem. E, o quanto precisava me libertar de coisas mal resolvidas para resolver o presente e acreditar no futuro.
Não foi a sua beleza que me chamou a atenção. Foi o sorriso, a forma como você dançava e parecia acreditar na vida e não deixar ela passar entre os seus dedos. Foi a sua liberdade quando levantou os braços em uma música que você parecia gostar muito, que me fez ter certeza que você seria meu, dali aos próximos minutos esperei até a hora certa de sentar no palco. Então você veio e pegou na minha mão me convidando para dançar; continuei sentada, falei uma besteira qualquer então você me calou com um beijo. Mas foi a sua mão quem disse mais de quem você é, o jeito firme como você me segurou, mesmo que naquele momento eu estivesse namorando e não era você. E, mesmo que naquele momento você também estivesse com alguém e, não era eu. Um erro que gostaria de repetir... Só que infelizmente mal sei quem é você.
Quem sabe em outra noite, naquele mesmo bar, eu não repita o erro do desencontro e possa te encontrar, dessa vez: inteiros.
Eu já fingi ser muito melhor
Eu já aprendi ser pior
Mas sem mentira
Eu já fingi muito melhor
Eu já aprendi ser pior
Mas sem mentira
Só de viver no seu mar
De merecer seu olhar
Seu beijo todo dia
E as noites cada vez mais limpas
Quando eu me vi no seu cais