sexta-feira, novembro 20, 2009

far away from the memories

Agora estou vivendo ao lado do acaso e seguindo pelo rastro do destino. Minha vida ganhou um novo ritmo. Rápido, intenso, forte. Me sinto bem com essas coisas acontecendo, com a possibilidade de proporcionar um caminho para algumas das bandas que ainda estão por aí, criando em silêncio os hinos das próximas gerações. Gosto de encontrar a verdade na música e ver que alguns (poucos) dentro de tudo que só parece, são mais do que todas as aparências. Me sinto bem ao dissolver meus (pré)conceitos na verdade de outra pessoa.

Esse ano eu fui sozinha, não tinha para onde correr, não podia ligar pedindo socorro e um copo em uma mesa de bar qualquer da augusta. A minha fuga está lá do outro lado do continente vivendo um outro momento desse vida gigante. Me protegi do mundo, me guardei de todas as dores previsíveis, fui vivendo devagar até que... mudou. A vida girou rápido ao lado do acaso e de repente, os planos tomaram forma e as cores criaram sons. Eu descobri o valor de ser só. Aprendi a me virar antes de deixar outras pessoas entrarem nessa roda gigante.

Fui deixando cada coisa dentro do seu lugar enquanto o constante sentimento de que pouco não é o bastante me persegue. Um perfeccionismo cruel que me faz querer ser além (sempre), sem importar o tamanho do agora. Não é ruim. É como um impulso que me faz procurar o melhor de mim.

Nesse ano, finalmente, me livrei do passado. Em um momento, sem registro, acordei sem as lembranças que me perturbavam, os sentimentos que me incomodavam, as certezas que jamais existiram. Vazia é melhor do que cheia daquelas coisas com gosto indefinido.

Se pudesse passar 2009 a limpo, faria tudo do mesmo jeito. Fui do frio ao calor. Do sonho a realidade. Da solidão a plenitude da felicidade (momentânea, como só ela pode ser). Cortei os meus erros persistentes sem que eles acabassem com a minha verdade, eles nem se quer eram essenciais. O meu medo de fechar a porta do comodismo estava me condenando a ficar presa. Mesmo que nunca chegue de fato a voar, sinto que já fui capaz de sair do chão, mesmo que apenas alguns centímetros.




ps. o título é starlight do muse e a foto é meu ombro (sem porquê, gosto de tudo que não faz sentido)