A little gambling is fun when you're with me
E se eu te falar que não consigo explicar os sentimentos, talvez porque eles quase não existam, estão guardados para um dia voltarem a brilhar nos meus olhos. Pelos motivos certos deixo eles longe do meu alcance. Se as coisas forem acontecer, terão o movimento do acaso, como nos grandes jogos, nem sempre ganhar é a recompensa. Eu sempre preferi o caminho a chegada.
E mesmo perto, sabemos que longe é mais seguro.
*o título é Lady Gaga, admito que ando achando ela ótima, haha.
quarta-feira, abril 29, 2009
terça-feira, abril 28, 2009
Pelo tempo que precisar
Tem horas, como agora, que queria me desculpar por não poder me entregar. Queria deixar a minha história nas suas mãos e, te deixar, livre, para mudar tudo de lugar. Abrir os meus sonhos, alargar minhas certezas, me desarmar de toda essa alegria fria que me tomou. Queria ser a velha menina para você transformar em uma nova mulher.
Formando novas palavras, vou me despedindo do passado e entrando no futuro, que ainda está sendo reconstruído das ruínas que ficaram. A arte de me reinventar a partir de um ponto final. Afinal, a linha de chegada pode ser a linha de partida, depende da perspectiva.
Enquanto juro para todos que esqueci, lembro em não deixar de sentir e, desse pensamento doce começam a aparecer novos sonhos.
Que eu nunca perca a capacidade de me entregar, embora, não (consiga) ainda.
Tem horas, como agora, que queria me desculpar por não poder me entregar. Queria deixar a minha história nas suas mãos e, te deixar, livre, para mudar tudo de lugar. Abrir os meus sonhos, alargar minhas certezas, me desarmar de toda essa alegria fria que me tomou. Queria ser a velha menina para você transformar em uma nova mulher.
Formando novas palavras, vou me despedindo do passado e entrando no futuro, que ainda está sendo reconstruído das ruínas que ficaram. A arte de me reinventar a partir de um ponto final. Afinal, a linha de chegada pode ser a linha de partida, depende da perspectiva.
Enquanto juro para todos que esqueci, lembro em não deixar de sentir e, desse pensamento doce começam a aparecer novos sonhos.
Que eu nunca perca a capacidade de me entregar, embora, não (consiga) ainda.
quarta-feira, abril 22, 2009
try to see it my way*
Era uma garota acostumada a sonhar. Cresceu em volta dos livros. Leu todos os clássicos até os quinze. Acompanhou séries até os dezoito. Se apaixonou por música e por ele aos vinte. Sentiam que o mundo poderia parar enquanto conversavam naquele mesmo café de sempre. Almoçavam em um restaurante bonito quando queriam se ver e, em um outro, quando precisavam discutir, tinham o cuidado de separar as lembranças boas e ruins.
A certeza dela foi estremecida por um sonho. Alguém do passado a tirava do rumo, dentro de um trem eles partiam sem destino e então ela era beijada sem chances de recusa, mesmo que ela quisesse e, não queria. O beijo do sonho, foi tão real, tão estranho, tão forte. Foi tomada naquelas mãos que a tiveram uma vez, mas dessa vez tudo estava mais forte, mais simples. Ela esqueceu da música e de Jude. Acordou atormentada por um sonho.
Escolheu o restaurante da discussão e o contou do sonho, de como se portou em sua ausência, afinal Jude ficará envolto em suas próprias dúvidas durante os últimos onze meses. Lucy o havia aceitado, porque sentia falta de tudo que foi interrompido quando ele resolveu partir.
Diante do sonho, ela não sabia se era ilusão ou se esperava um segundo beijo real. Amava Jude como a música e os livros da sua infância, como cultivava sonhos, amava a simplicidade do seu olhar e como suas mãos conheciam os caminhos do seu corpo.
Entretanto, Lucy pergunta-se: poderia aquele sonho ser mais forte que a realidade?
* Beatles
Era uma garota acostumada a sonhar. Cresceu em volta dos livros. Leu todos os clássicos até os quinze. Acompanhou séries até os dezoito. Se apaixonou por música e por ele aos vinte. Sentiam que o mundo poderia parar enquanto conversavam naquele mesmo café de sempre. Almoçavam em um restaurante bonito quando queriam se ver e, em um outro, quando precisavam discutir, tinham o cuidado de separar as lembranças boas e ruins.
A certeza dela foi estremecida por um sonho. Alguém do passado a tirava do rumo, dentro de um trem eles partiam sem destino e então ela era beijada sem chances de recusa, mesmo que ela quisesse e, não queria. O beijo do sonho, foi tão real, tão estranho, tão forte. Foi tomada naquelas mãos que a tiveram uma vez, mas dessa vez tudo estava mais forte, mais simples. Ela esqueceu da música e de Jude. Acordou atormentada por um sonho.
Escolheu o restaurante da discussão e o contou do sonho, de como se portou em sua ausência, afinal Jude ficará envolto em suas próprias dúvidas durante os últimos onze meses. Lucy o havia aceitado, porque sentia falta de tudo que foi interrompido quando ele resolveu partir.
Diante do sonho, ela não sabia se era ilusão ou se esperava um segundo beijo real. Amava Jude como a música e os livros da sua infância, como cultivava sonhos, amava a simplicidade do seu olhar e como suas mãos conheciam os caminhos do seu corpo.
Entretanto, Lucy pergunta-se: poderia aquele sonho ser mais forte que a realidade?
* Beatles
domingo, abril 19, 2009
Expectativas
A música era muito alta, as pessoas precisavam falar ainda mais alto e cada tom acima do normal fazia da cena, caótica. Ele olhava as mãos dela sobre o colo e se sentia acolhido dentro daquele olhar sereno. Já não existia algo entre eles, porque João conseguiu reverter todas as certezas em dúvidas, não conseguiu se desgrudar da sua própria liberdade para compartilhar com ela os seus sonhos, os seus anseios, as dúvidas.
O que João queria de Marina não existia.
Esperava que ela o surpreende-se, Marina que nunca sabe onde deixou as chaves e o pedia todos os dias para deixar o apartamento aberto, não percebeu que ele queria surpresas. Esperava que ela falasse dos seus sentimentos, Marina que vivia espalhando cds pela casa, mas ele não percebeu que era essa a sua forma de falar. Esperava que ela ficasse brava após uma discussão, Marina que parecia ter um estoque dos chocolates preferidos dele, e sempre deixava alguns pela casa após as discussões. Esperava que ela gostasse de músicas tristes, Marina que adorava sair para dançar, e até o acompanhou em um show que detestou. Esperava que ela não fosse tão inteligente e o fizesse se sentir estúpido, Marina que falava quatro línguas e conhecia metade do mundo, se esforçava para parecer menor ao seu lado. Esperava que ela não dormisse de meias todas as noites, Marina que não sabe dormir sem elas desde os cinco anos de idade, João não notava que ela esperava ele dormir para vesti-las. Esperava que ela não perdesse horas na frente do computador, Marina que sempre adorou assistir séries e filmes com seu notebook nas pernas, João não soube que ela pensou em vender o computador. Esperava que ela não fosse tão feliz, Marina que descobriu cedo o valor do seu lindo sorriso, João não notou quando perguntaram o que havia acontecido com a alegria dos seus olhos e Marina sorriu para escapar da resposta, antes que ele pudesse ouvir a conversa. Esperava que ela conhecesse a tristeza e vivesse dias na escuridão, Marina que não conhecia dor até trombar com João e achar que poderia se adaptar.
João queria se desculpar com Marina, contar que seus olhos ainda eram serenos e por isso continuava esperando dela, a cumplicidade. Queria contar que se sentia egoísta porque ela estaria melhor longe daquilo. Talvez, encontrasse alguém que pudesse querer dela, o que poderia dar. Músicas substituindo algumas palavras, chocolates no lugar de rancor, alegria em noites coloridas mesmo que fosse durante um filme debaixo do edredom comendo pipoca doce, a inteligência e o silêncio, um verdadeiro desfile de meias coloridas, spoilers de muitas séries que demorariam décadas até chegar no Brasil, sorrisos iluminados pela pureza que ele quase conseguiu apagar.
João queria ver Marina feliz, mas sabia que não podia sentir nada perto dela além de calma, só que ele não queria isso. Precisava encontrar em alguém tudo que Marina não tinha. O rancor, as palavras, as mesmas músicas tristes, conhecimentos menores que os seus e os olhos tristes. Ele sabia que Marina poderia se tornar tudo aquilo, mas era justo querer Daniela no corpo de Marina?
ps. ficção.
A música era muito alta, as pessoas precisavam falar ainda mais alto e cada tom acima do normal fazia da cena, caótica. Ele olhava as mãos dela sobre o colo e se sentia acolhido dentro daquele olhar sereno. Já não existia algo entre eles, porque João conseguiu reverter todas as certezas em dúvidas, não conseguiu se desgrudar da sua própria liberdade para compartilhar com ela os seus sonhos, os seus anseios, as dúvidas.
O que João queria de Marina não existia.
Esperava que ela o surpreende-se, Marina que nunca sabe onde deixou as chaves e o pedia todos os dias para deixar o apartamento aberto, não percebeu que ele queria surpresas. Esperava que ela falasse dos seus sentimentos, Marina que vivia espalhando cds pela casa, mas ele não percebeu que era essa a sua forma de falar. Esperava que ela ficasse brava após uma discussão, Marina que parecia ter um estoque dos chocolates preferidos dele, e sempre deixava alguns pela casa após as discussões. Esperava que ela gostasse de músicas tristes, Marina que adorava sair para dançar, e até o acompanhou em um show que detestou. Esperava que ela não fosse tão inteligente e o fizesse se sentir estúpido, Marina que falava quatro línguas e conhecia metade do mundo, se esforçava para parecer menor ao seu lado. Esperava que ela não dormisse de meias todas as noites, Marina que não sabe dormir sem elas desde os cinco anos de idade, João não notava que ela esperava ele dormir para vesti-las. Esperava que ela não perdesse horas na frente do computador, Marina que sempre adorou assistir séries e filmes com seu notebook nas pernas, João não soube que ela pensou em vender o computador. Esperava que ela não fosse tão feliz, Marina que descobriu cedo o valor do seu lindo sorriso, João não notou quando perguntaram o que havia acontecido com a alegria dos seus olhos e Marina sorriu para escapar da resposta, antes que ele pudesse ouvir a conversa. Esperava que ela conhecesse a tristeza e vivesse dias na escuridão, Marina que não conhecia dor até trombar com João e achar que poderia se adaptar.
João queria se desculpar com Marina, contar que seus olhos ainda eram serenos e por isso continuava esperando dela, a cumplicidade. Queria contar que se sentia egoísta porque ela estaria melhor longe daquilo. Talvez, encontrasse alguém que pudesse querer dela, o que poderia dar. Músicas substituindo algumas palavras, chocolates no lugar de rancor, alegria em noites coloridas mesmo que fosse durante um filme debaixo do edredom comendo pipoca doce, a inteligência e o silêncio, um verdadeiro desfile de meias coloridas, spoilers de muitas séries que demorariam décadas até chegar no Brasil, sorrisos iluminados pela pureza que ele quase conseguiu apagar.
João queria ver Marina feliz, mas sabia que não podia sentir nada perto dela além de calma, só que ele não queria isso. Precisava encontrar em alguém tudo que Marina não tinha. O rancor, as palavras, as mesmas músicas tristes, conhecimentos menores que os seus e os olhos tristes. Ele sabia que Marina poderia se tornar tudo aquilo, mas era justo querer Daniela no corpo de Marina?
ps. ficção.
Você
Entre o que eu sinto de verdade e o que eu preciso pensar, existe você. Entre o que é o simples para mim e o que envolve outras coisas, existe você. Entre o real e a ilusão, existe você. Entre o que eu posso ter e o que preciso persistir em errros, existe você. Entre todo o resto e a verdade, existe você.
Muito maior e quem sabe mais forte do que o inteiro...
Você.
Entre o que eu sinto de verdade e o que eu preciso pensar, existe você. Entre o que é o simples para mim e o que envolve outras coisas, existe você. Entre o real e a ilusão, existe você. Entre o que eu posso ter e o que preciso persistir em errros, existe você. Entre todo o resto e a verdade, existe você.
Muito maior e quem sabe mais forte do que o inteiro...
Você.
sexta-feira, abril 17, 2009
She’s got to do the best that she can, yeah!

Foi o tempo que a fez crescer antes de se sentir próxima, se desfez das dores antes que pudesse de fato senti-las e, sempre esteve alguns passos à frente das suas próprias vontades. Importava-se com o caminho e não com a linha de chegada. Estudava cada uma das ações e verificava, mesmo que não parecesse, se o chão não a derrubaria, esbarrou muitas vezes, bateu o dedinho na quina de algumas portas, machucou-se (é claro), mas não caiu. Segurou-se em cordas bambas, se muniu de indiferença e fingiu, muito bem, que nada mais importava.
Sentia falta das coisas simples. Das noites frias. Da cumplicidade. Sentia falta da humildade dele, pra quem ela, muitas vezes, tentou mostrar todas as coisas que enxergava em seus olhos. Sentia falta de mostrar para ele que, além de tudo que podiam ver, havia o horizonte e era dali, que os sonhos dela partiam.
Talvez, ela simplesmente tivesse notado a ausência, de sentir.
(apatia é um estado de espírito irritante)
ps. foto e título são um oferecimento Cat Power.

Foi o tempo que a fez crescer antes de se sentir próxima, se desfez das dores antes que pudesse de fato senti-las e, sempre esteve alguns passos à frente das suas próprias vontades. Importava-se com o caminho e não com a linha de chegada. Estudava cada uma das ações e verificava, mesmo que não parecesse, se o chão não a derrubaria, esbarrou muitas vezes, bateu o dedinho na quina de algumas portas, machucou-se (é claro), mas não caiu. Segurou-se em cordas bambas, se muniu de indiferença e fingiu, muito bem, que nada mais importava.
Sentia falta das coisas simples. Das noites frias. Da cumplicidade. Sentia falta da humildade dele, pra quem ela, muitas vezes, tentou mostrar todas as coisas que enxergava em seus olhos. Sentia falta de mostrar para ele que, além de tudo que podiam ver, havia o horizonte e era dali, que os sonhos dela partiam.
Talvez, ela simplesmente tivesse notado a ausência, de sentir.
(apatia é um estado de espírito irritante)
ps. foto e título são um oferecimento Cat Power.
terça-feira, abril 14, 2009
Conversa de botas batidas*
Eu queria sentir que posso sentir tudo outra vez. Quero o meu estomago revirar com um e-mail, mensagem de celular ou porque a janelinha do msn piscou. Quero pensar em coisas que podem roubar um sorriso. Quero um abraço sincero no fim do dia para garantir que o dia seguinte vai ser melhor. Quero fugir de frases prontas e de como todos se acomodam com a segurança. Quero sentir medo de me entregar e, notar que não é uma escolha. Quero uma pessoa que faça a minha história acontecer sem palavras. Quero o silêncio preenchendo a respiração acelerada. Quero contar e ouvir histórias sem que ninguém se canse. Quero conhecer cada um dos caminhos que alguém escolheu para chamar de felicidade e, mostrar os meus. Quero alguém que não pense durante cada segundo que eu vou fugir ou me desinteressar. Quero acreditar e que acreditem em mim. Quero companhia e quero solidão. Quero respeito entre cada uma das diferenças e solidariedade nas igualdades. Quero entender cada uma das particularidades que escondemos a princípio. Quero um beijo roubado em um noite linda. Quero a calma de mãos dadas. Quero simplesmente sentir que tudo é outra vez possível.
Talvez seja irreal demais acreditar que...
não acredito.
* Los Hermanos
Eu queria sentir que posso sentir tudo outra vez. Quero o meu estomago revirar com um e-mail, mensagem de celular ou porque a janelinha do msn piscou. Quero pensar em coisas que podem roubar um sorriso. Quero um abraço sincero no fim do dia para garantir que o dia seguinte vai ser melhor. Quero fugir de frases prontas e de como todos se acomodam com a segurança. Quero sentir medo de me entregar e, notar que não é uma escolha. Quero uma pessoa que faça a minha história acontecer sem palavras. Quero o silêncio preenchendo a respiração acelerada. Quero contar e ouvir histórias sem que ninguém se canse. Quero conhecer cada um dos caminhos que alguém escolheu para chamar de felicidade e, mostrar os meus. Quero alguém que não pense durante cada segundo que eu vou fugir ou me desinteressar. Quero acreditar e que acreditem em mim. Quero companhia e quero solidão. Quero respeito entre cada uma das diferenças e solidariedade nas igualdades. Quero entender cada uma das particularidades que escondemos a princípio. Quero um beijo roubado em um noite linda. Quero a calma de mãos dadas. Quero simplesmente sentir que tudo é outra vez possível.
Talvez seja irreal demais acreditar que...
não acredito.
* Los Hermanos
sábado, abril 11, 2009
Um dia, velho será
Tem horas que eu penso em como tudo mudou tão rápido. Uma luz iluminou todo o caminho, o mesmo antes tão cheio de incertezas e simplesmente me fez caminhar, sem esbarrar em nada, sem derrubar, mas também sem arrumar ou ter cuidado com o que se passava ao lado, segui a luz, mesmo sem saber aonde ia dar.
Sabíamos que a estrada iria se dividir em algum ponto onde a incerteza se tornasse insustentável. Talvez parar no meio, fosse um jeito de nunca terminar. Era como se déssemos uma continuação selada pelo mesmo. Guardando sempre os mesmos respiros, esperando os mesmos toques, sendo daquele jeito inteiro que sempre reclamamos na vida: cheio de marasmo.
Somos tão jovens ainda, que o melhor é caminhar, mesmo sem saber aonde vai dar.
Tem horas que eu penso em como tudo mudou tão rápido. Uma luz iluminou todo o caminho, o mesmo antes tão cheio de incertezas e simplesmente me fez caminhar, sem esbarrar em nada, sem derrubar, mas também sem arrumar ou ter cuidado com o que se passava ao lado, segui a luz, mesmo sem saber aonde ia dar.
Sabíamos que a estrada iria se dividir em algum ponto onde a incerteza se tornasse insustentável. Talvez parar no meio, fosse um jeito de nunca terminar. Era como se déssemos uma continuação selada pelo mesmo. Guardando sempre os mesmos respiros, esperando os mesmos toques, sendo daquele jeito inteiro que sempre reclamamos na vida: cheio de marasmo.
Somos tão jovens ainda, que o melhor é caminhar, mesmo sem saber aonde vai dar.
quinta-feira, abril 09, 2009
Sonhos não envelhecem

Os anos passam e a cada novo aniversário, pode tudo correr muito mais rápido, de outro jeito, em um dia de trabalho eu só consigo pensar em como tenho sorte de com 20 anos, fazer o que gosto, em um lugar em que gosto de estar e com pessoas que a gente aprende a gostar um pouquinho por dia.
20 anos.
Como sonhos não envelhecem, espero para sempre ser a menina em corpo de mulher.
“Que coisas maravilhosas aconteçam especialmente no seu dia e que você consiga carregá-las, ou pelo menos suas sensações, pra sempre!”
E ouvi o melhor “hey!”, que deixa tudo muito melhor simplesmente porque existe. Sis, amo!
Primeira festa amanhã (10) no astronete.
8 reais
Lista para cá: claritromicina@gmail.com
Quem passar por aqui e for ficar em São Paulo no feriado, manda o nome pro e-mail e seja bem-vindo ;-)

Os anos passam e a cada novo aniversário, pode tudo correr muito mais rápido, de outro jeito, em um dia de trabalho eu só consigo pensar em como tenho sorte de com 20 anos, fazer o que gosto, em um lugar em que gosto de estar e com pessoas que a gente aprende a gostar um pouquinho por dia.
20 anos.
Como sonhos não envelhecem, espero para sempre ser a menina em corpo de mulher.
“Que coisas maravilhosas aconteçam especialmente no seu dia e que você consiga carregá-las, ou pelo menos suas sensações, pra sempre!”
E ouvi o melhor “hey!”, que deixa tudo muito melhor simplesmente porque existe. Sis, amo!
Primeira festa amanhã (10) no astronete.
8 reais
Lista para cá: claritromicina@gmail.com
Quem passar por aqui e for ficar em São Paulo no feriado, manda o nome pro e-mail e seja bem-vindo ;-)
domingo, abril 05, 2009
It was a small mistake
Sou uma menina feita de piadas guardadas em um sorriso. Sou uma garota de fases esperando que os meus amores mal-resolvidos simplesmente se resolvam. Sou uma garota escolhendo músicas para montar a trilha sonora imaginaria de um beijo que não vai acontecer. Sou aquela que escreve histórias e reinventa o fim, só para acreditar que ainda existem sonhos e, que as pessoas em um futuro próximo serão simplesmente felizes.
Ainda gosto das histórias cheias de magia que lia quando era criança, é uma forma de não cair de vez no real, porque já é um fato que é preciso dormir pouco, se esforçar muito e se esquivar de pessoas com a energia ruim durante o dia inteiro. Eu tenho um problema com pessimistas ou otimistas demais, considero que tudo possa ser um erro, mas gosto de achar que podemos estar certos.
Sou menina por cinco minutos do meu dia, o tempo de cinco abraços especiais, quando eu simplesmente acredito que estamos no caminho certo. Depois, sou mulher resolvendo problemas, pensando em como será o próximo fim de semana, o que é preciso comprar e do que eu já não preciso. Sou adolescente viciada em um personagem com a ironia e a arrogância que eu suporto em pessoas inteligentes demais.
Sou criança, adolescente e mulher. Sou a garota que gosta de estar perto... de você.
Sou uma menina feita de piadas guardadas em um sorriso. Sou uma garota de fases esperando que os meus amores mal-resolvidos simplesmente se resolvam. Sou uma garota escolhendo músicas para montar a trilha sonora imaginaria de um beijo que não vai acontecer. Sou aquela que escreve histórias e reinventa o fim, só para acreditar que ainda existem sonhos e, que as pessoas em um futuro próximo serão simplesmente felizes.
Ainda gosto das histórias cheias de magia que lia quando era criança, é uma forma de não cair de vez no real, porque já é um fato que é preciso dormir pouco, se esforçar muito e se esquivar de pessoas com a energia ruim durante o dia inteiro. Eu tenho um problema com pessimistas ou otimistas demais, considero que tudo possa ser um erro, mas gosto de achar que podemos estar certos.
Sou menina por cinco minutos do meu dia, o tempo de cinco abraços especiais, quando eu simplesmente acredito que estamos no caminho certo. Depois, sou mulher resolvendo problemas, pensando em como será o próximo fim de semana, o que é preciso comprar e do que eu já não preciso. Sou adolescente viciada em um personagem com a ironia e a arrogância que eu suporto em pessoas inteligentes demais.
Sou criança, adolescente e mulher. Sou a garota que gosta de estar perto... de você.
sexta-feira, abril 03, 2009
quarta-feira, abril 01, 2009
terça-feira, março 31, 2009
Vários mundos, poucas regras e alguma liberdade
Se olhou no espelho naquela manhã e decidiu que iria se sentir bem. Tomou banho enquanto pensava na roupa, leu algumas notícias enquanto esperava o café, sorriu enquanto se sentia leve. Se vestiu com todo o cuidado de deixar os cabelos com aquelas ondas que gostava e de um jeito que não parecesse nenhum animal silvestre, queria controlar aquela onda, embora pretendesse soltar todas as outras.
Fez um telefonema apressado antes de sair de casa, marcou um lugar comum e foi, sem saber se ele realmente iria, mas quem sabe fosse hora de explicar porquê foi embora.Ela nunca quis se entregar para alguém que estivesse entregue a ela. Gostava daqueles jogos complicados, queria conquistar e ser conquistada, nunca foi uma pessoa fácil, já ouviu reclamações o suficiente e mudou, porque admitia que mudava o tempo inteiro, desde que as mudanças não fossem uma ameaça externa. Preferia não participar a se adequar aquelas regras dos outros. Queria que todos esses que fazem as regras, inventassem uma simples, que um dia, o proibissem de amar. Quem sabe um amor proibido faria muito bem...
Saiu, apressada, ainda decidida a se sentir bem, disse bom dia para o maior número de pessoas possível, brincou com as crianças na rua, estralou os dedos para um cachorro, se sentiu em contato direto com todas os vivos que não conhecia, talvez fizesse parte do dia e eles soubessem da sua decisão.
Percebeu em um salto que esteve dormindo por tempo demais, pensando no passado, calculando o futuro, esquecida de que era hora de lembrar do sabor de viver.
Encontrou ele, que ainda a fazia se sentir bem, conversaram e decidirão deixar o tempo decidir por eles. Não fizeram nada, nem ao menos um beijo selaria o compromisso, ela precisava pensar em como era acordar daquele sono pesado e ele precisava decidir se queria entrar em um novo mundo, o dela.
Se olhou no espelho naquela manhã e decidiu que iria se sentir bem. Tomou banho enquanto pensava na roupa, leu algumas notícias enquanto esperava o café, sorriu enquanto se sentia leve. Se vestiu com todo o cuidado de deixar os cabelos com aquelas ondas que gostava e de um jeito que não parecesse nenhum animal silvestre, queria controlar aquela onda, embora pretendesse soltar todas as outras.
Fez um telefonema apressado antes de sair de casa, marcou um lugar comum e foi, sem saber se ele realmente iria, mas quem sabe fosse hora de explicar porquê foi embora.Ela nunca quis se entregar para alguém que estivesse entregue a ela. Gostava daqueles jogos complicados, queria conquistar e ser conquistada, nunca foi uma pessoa fácil, já ouviu reclamações o suficiente e mudou, porque admitia que mudava o tempo inteiro, desde que as mudanças não fossem uma ameaça externa. Preferia não participar a se adequar aquelas regras dos outros. Queria que todos esses que fazem as regras, inventassem uma simples, que um dia, o proibissem de amar. Quem sabe um amor proibido faria muito bem...
Saiu, apressada, ainda decidida a se sentir bem, disse bom dia para o maior número de pessoas possível, brincou com as crianças na rua, estralou os dedos para um cachorro, se sentiu em contato direto com todas os vivos que não conhecia, talvez fizesse parte do dia e eles soubessem da sua decisão.
Percebeu em um salto que esteve dormindo por tempo demais, pensando no passado, calculando o futuro, esquecida de que era hora de lembrar do sabor de viver.
Encontrou ele, que ainda a fazia se sentir bem, conversaram e decidirão deixar o tempo decidir por eles. Não fizeram nada, nem ao menos um beijo selaria o compromisso, ela precisava pensar em como era acordar daquele sono pesado e ele precisava decidir se queria entrar em um novo mundo, o dela.
sexta-feira, março 27, 2009
Apesar de
Talvez seja difícil entender porque eu gosto de pessoas que simplesmente não negam o que são ou porque eu simplesmente pego no pé quando vejo alguém mudando de personalidade para agradar ou se encaixar em alguma coisa. difícil, porque eu nunca expliquei, não falo sobre, prefiro guardar os meus motivos. Mas um episódio de house, uma garota com câncer e uma mesma força que eu vi por perto, me fez rever esse silêncio.
Foram os três melhores e piores anos da minha vida. Uma guerra que conhecíamos o vencedor, mas cada batalha vencida era comemorada com extrema alegria, a cada vez que ela voltava para casa e a gente sabia que não iria durar muito. Cada dia como os outros, para todos que passavam apressados, para ela, era um dia a mais e a peruca que ela comprou era usada para se esconder dela mesmo no espelho.
Eu não estava pronta para entender tudo, me contavam o que eu precisava compartilhar e deixavam os motivos maiores para os "adultos" discutirem. Só que eu cresci no meio de tudo isso e percebi que a força dela vinha de outro lugar. Talvez, quem sabe, se ela ficasse boa, pudesse voltar a viver a vida dela, o erro dela, o homem errado que ela escolheu para sentir o certo. A família não aceitava ele e quando você tem câncer em estado terminal, você precisa escolher, nessas horas a família sai do álbum de fotografia e entra na vida real.
Só que ela não ficou bem para quem saber ir viver o amor que ela escolheu, ela morreu antes, morreu carregando a vontade de ter sido ela, para agradar a nós, a família despregada do álbum de fotografia, morreu longe dele.
É por isso que eu senti que estava no caminho certo quando a Gordinha falou que o de mais importante eu fiz para ela, era mostrar que podemos ser nós mesmos, independente de. Não é preciso agradar ninguém e nem viver o pouco ou muito tempo que nós resta condicionados a isso. Temos todo uma juventude pela frente para procurar acertos e muitos terão uma velhice para se acomodar nos erros.
Desculpa, se parece que eu tento analisar as situações, mas eu queria mesmo, poupar as pessoas delas mesmas. Das amarras e dos buracos em que elas se enfiam para provar que são maleáveis. Não, não somos maleáveis, temos as nossas próprias vontades, os nossos próprios sonhos, a nossa própria maneira de encarar a vida e isso não mude, me desculpa, eu aceito que certas coisas aconteçam e a gente aprenda a viver de outro jeito, mas não mudamos. Temos sempre aquela essência que nós faz sermos diferentes e maiores. Virar a sombra de alguém, mesmo que da nossa própria família, pode levar aquela mesma dor dela.
E o meu maior arrependimento é ter sido criança demais, ao ponto de no meu auge dos meus quinze anos, não pedir para ela ir viver os seis meses que restavam ao lado de quem ela realmente queria. Ninguém sabe onde o cara foi parar, talvez preso, talvez morto. Mas, ela, ela está enterrada naquele cemitério onde as pessoas do álbum de recordações nunca mais se aproximou.
Tia, se eu pudesse te pedir uma coisa seria: seja você mesma e se eu pudesse te agradecer por uma coisa, era por ter me ensinado que eu deveria ser eu, apesar de.
Talvez seja difícil entender porque eu gosto de pessoas que simplesmente não negam o que são ou porque eu simplesmente pego no pé quando vejo alguém mudando de personalidade para agradar ou se encaixar em alguma coisa. difícil, porque eu nunca expliquei, não falo sobre, prefiro guardar os meus motivos. Mas um episódio de house, uma garota com câncer e uma mesma força que eu vi por perto, me fez rever esse silêncio.
Foram os três melhores e piores anos da minha vida. Uma guerra que conhecíamos o vencedor, mas cada batalha vencida era comemorada com extrema alegria, a cada vez que ela voltava para casa e a gente sabia que não iria durar muito. Cada dia como os outros, para todos que passavam apressados, para ela, era um dia a mais e a peruca que ela comprou era usada para se esconder dela mesmo no espelho.
Eu não estava pronta para entender tudo, me contavam o que eu precisava compartilhar e deixavam os motivos maiores para os "adultos" discutirem. Só que eu cresci no meio de tudo isso e percebi que a força dela vinha de outro lugar. Talvez, quem sabe, se ela ficasse boa, pudesse voltar a viver a vida dela, o erro dela, o homem errado que ela escolheu para sentir o certo. A família não aceitava ele e quando você tem câncer em estado terminal, você precisa escolher, nessas horas a família sai do álbum de fotografia e entra na vida real.
Só que ela não ficou bem para quem saber ir viver o amor que ela escolheu, ela morreu antes, morreu carregando a vontade de ter sido ela, para agradar a nós, a família despregada do álbum de fotografia, morreu longe dele.
É por isso que eu senti que estava no caminho certo quando a Gordinha falou que o de mais importante eu fiz para ela, era mostrar que podemos ser nós mesmos, independente de. Não é preciso agradar ninguém e nem viver o pouco ou muito tempo que nós resta condicionados a isso. Temos todo uma juventude pela frente para procurar acertos e muitos terão uma velhice para se acomodar nos erros.
Desculpa, se parece que eu tento analisar as situações, mas eu queria mesmo, poupar as pessoas delas mesmas. Das amarras e dos buracos em que elas se enfiam para provar que são maleáveis. Não, não somos maleáveis, temos as nossas próprias vontades, os nossos próprios sonhos, a nossa própria maneira de encarar a vida e isso não mude, me desculpa, eu aceito que certas coisas aconteçam e a gente aprenda a viver de outro jeito, mas não mudamos. Temos sempre aquela essência que nós faz sermos diferentes e maiores. Virar a sombra de alguém, mesmo que da nossa própria família, pode levar aquela mesma dor dela.
E o meu maior arrependimento é ter sido criança demais, ao ponto de no meu auge dos meus quinze anos, não pedir para ela ir viver os seis meses que restavam ao lado de quem ela realmente queria. Ninguém sabe onde o cara foi parar, talvez preso, talvez morto. Mas, ela, ela está enterrada naquele cemitério onde as pessoas do álbum de recordações nunca mais se aproximou.
Tia, se eu pudesse te pedir uma coisa seria: seja você mesma e se eu pudesse te agradecer por uma coisa, era por ter me ensinado que eu deveria ser eu, apesar de.
quinta-feira, março 26, 2009
Papéis
O problema não está em quão grossos não somos com o mundo, quem me conhece está acostumado a saber que eu não sou dócil e nem por isso eu me desculpo com todos, me desculpo sempre que acho que não agi como eu faria, quando meus argumentos são simples demais ou quando a violência é gratuita. Você deve ter prestado atenção na brincadeira do cachorro, não era uma brincadeira, eu estava realmente insinuando que você virou um cachorrinho de madame, luta por um "bom garoto", como eles esperam um osso.
Só que a madame sua dona gosta do sabor do triste, quer conhecer a morte, briga para ficar sozinha junto a você, onde pode brincar de ser normal, onde encontra um pouco de paz e de quem não sabe como se livrar. A madame, quer um bom cachorro, raivoso às vezes, dócil sempre. A sua madame te transformou em um cachorrinho que sabe exatamente quando abanar o rabo e eu sinto dó de você sempre que vejo isso.
Mas, se a gente escolhe o papel que desempenha na vida... Esse é o seu?
ps. qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência, eu gostei da analogia com cachorros.
O problema não está em quão grossos não somos com o mundo, quem me conhece está acostumado a saber que eu não sou dócil e nem por isso eu me desculpo com todos, me desculpo sempre que acho que não agi como eu faria, quando meus argumentos são simples demais ou quando a violência é gratuita. Você deve ter prestado atenção na brincadeira do cachorro, não era uma brincadeira, eu estava realmente insinuando que você virou um cachorrinho de madame, luta por um "bom garoto", como eles esperam um osso.
Só que a madame sua dona gosta do sabor do triste, quer conhecer a morte, briga para ficar sozinha junto a você, onde pode brincar de ser normal, onde encontra um pouco de paz e de quem não sabe como se livrar. A madame, quer um bom cachorro, raivoso às vezes, dócil sempre. A sua madame te transformou em um cachorrinho que sabe exatamente quando abanar o rabo e eu sinto dó de você sempre que vejo isso.
Mas, se a gente escolhe o papel que desempenha na vida... Esse é o seu?
ps. qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência, eu gostei da analogia com cachorros.
terça-feira, março 24, 2009
Resoluções pós-radiohead
Se já não encontro respostas, deve ser pelo ritmo das mudanças nas perguntas, não sei mais o que procurar dentro de tanta coisa e nem como acabar com cada uma das interrogações.
Você chegou no momento oportuno, me envolveu em um abraço enquanto os olhos se encontravam no silêncio e, de repente o seu corpo ficava cada vez mais perto e a nossa respiração se encontrou em um beijo sem fim...
Só que depois disso, não parei, não paramos, continuamos vivendo um dia após o outro, cada uma das coisas que envolviam essa coisa simples demais para ser algo além. Você sabia as clausulas do meu contrato com a vida e eu conhecia o seu na superfície. Foi quando envolvemos os defeitos que isso ficou interessante. Nos envolvemos sem sentido. Procurávamos a verdade da juventude que escorregava pelos nossos dedos, cada gota dissolvida em obrigações, nos obrigávamos o tempo inteiro a ser perfeitos, pros outros. Agora e, para nós, será que queríamos mesmo essa vida?
Consegui o que queria. Transformar o meu passado em uma variante com valor definido. Sei quanto vale cada uma daquelas coisas e já reconheço quanto tempo perdi com pessoas que tem a personalidade sólida como massinha de modelar, alguém que aceita se transformar em uma bolinha oca, quando poderia ser do tamanho de um castelo. Eu nunca tive paciência para massinha de modelar, usava pelo tempo da novidade e, logo procurava algo mais complexo, que me desafiasse mais ou que fosse no mínimo menos monótono.
Por sorte, me livrei do meu passado em um beijo naquele dia, que já não lembro mais a cor. Relembrar é viver?
ps. ficção acontece o tempo todo, para quem não entende que nem tudo é verdade (ou mentira), eu explico. ;-)
Se já não encontro respostas, deve ser pelo ritmo das mudanças nas perguntas, não sei mais o que procurar dentro de tanta coisa e nem como acabar com cada uma das interrogações.
Você chegou no momento oportuno, me envolveu em um abraço enquanto os olhos se encontravam no silêncio e, de repente o seu corpo ficava cada vez mais perto e a nossa respiração se encontrou em um beijo sem fim...
Só que depois disso, não parei, não paramos, continuamos vivendo um dia após o outro, cada uma das coisas que envolviam essa coisa simples demais para ser algo além. Você sabia as clausulas do meu contrato com a vida e eu conhecia o seu na superfície. Foi quando envolvemos os defeitos que isso ficou interessante. Nos envolvemos sem sentido. Procurávamos a verdade da juventude que escorregava pelos nossos dedos, cada gota dissolvida em obrigações, nos obrigávamos o tempo inteiro a ser perfeitos, pros outros. Agora e, para nós, será que queríamos mesmo essa vida?
Consegui o que queria. Transformar o meu passado em uma variante com valor definido. Sei quanto vale cada uma daquelas coisas e já reconheço quanto tempo perdi com pessoas que tem a personalidade sólida como massinha de modelar, alguém que aceita se transformar em uma bolinha oca, quando poderia ser do tamanho de um castelo. Eu nunca tive paciência para massinha de modelar, usava pelo tempo da novidade e, logo procurava algo mais complexo, que me desafiasse mais ou que fosse no mínimo menos monótono.
Por sorte, me livrei do meu passado em um beijo naquele dia, que já não lembro mais a cor. Relembrar é viver?
ps. ficção acontece o tempo todo, para quem não entende que nem tudo é verdade (ou mentira), eu explico. ;-)
segunda-feira, março 23, 2009
Radiohead
Luzes, vozes, pessoas e já nos primeiros acordes de 15 Step não via ninguém, não me importava com nada, foram anos esperando por duas horas e quinze que valeram cada um dos dias de espera, meus companheiros de tristeza, basta ouvir eles e sentir que as coisas na vida real são bem mais simples e que de cada mágoa minha, não nascerá nada comparável a tudo deles, talvez eu use a tristeza deles para encontrar a minha própria felicidade.
Passei músicas inteiras em silêncio. Cantei. Pulei. E chorei, como uma criança, só que na forma de mulher que realiza seus sonhos com as próprias pernas, as custas do próprio dinheiro, rodeada de si.
O que eu senti durante o show? Eu não senti e foi ótimo. Tive uma overdose de pensamentos que de repente deram lugar para nada. As pessoas que passaram pela minha vida, alguns deixaram marcas boas que a gente sempre rega com piadas, e outros, eram melhor não ter passado, existido, vivido.
O show deles marcam um novo começo e uma garota com mais certezas.
Milla e Matheus, brigada pela companhia, queridos ;-)
Gordinha, eu olhei pro céu e pensei que em Wilton também existe um, então, estávamos sobre o mesmo céu. Você fez a maior falta do mundo.
Luzes, vozes, pessoas e já nos primeiros acordes de 15 Step não via ninguém, não me importava com nada, foram anos esperando por duas horas e quinze que valeram cada um dos dias de espera, meus companheiros de tristeza, basta ouvir eles e sentir que as coisas na vida real são bem mais simples e que de cada mágoa minha, não nascerá nada comparável a tudo deles, talvez eu use a tristeza deles para encontrar a minha própria felicidade.
Passei músicas inteiras em silêncio. Cantei. Pulei. E chorei, como uma criança, só que na forma de mulher que realiza seus sonhos com as próprias pernas, as custas do próprio dinheiro, rodeada de si.
O que eu senti durante o show? Eu não senti e foi ótimo. Tive uma overdose de pensamentos que de repente deram lugar para nada. As pessoas que passaram pela minha vida, alguns deixaram marcas boas que a gente sempre rega com piadas, e outros, eram melhor não ter passado, existido, vivido.
O show deles marcam um novo começo e uma garota com mais certezas.
Milla e Matheus, brigada pela companhia, queridos ;-)
Gordinha, eu olhei pro céu e pensei que em Wilton também existe um, então, estávamos sobre o mesmo céu. Você fez a maior falta do mundo.
quarta-feira, março 18, 2009
Wilton, USA
Sinto a falta do seu abraço e das ligações diárias. Sinto falta do seu sorriso e como eu sentia que o mundo podia cair ao nosso redor. Sinto falta dos dias fazendo nada e dos filmes assistidos. Sinto falta de sentir falta de você com data marcada para te encontrar. Sinto falta das manhãs no nosso inferno verde. Sinto falta de saber que você estaria comigo. Sinto falta de você me chamando de flor e de detestar isso. Sinto falta das nossas dúvidas e certezas. Sinto falta da minha melhor amiga.
Te amo, gordinha!
Sinto a falta do seu abraço e das ligações diárias. Sinto falta do seu sorriso e como eu sentia que o mundo podia cair ao nosso redor. Sinto falta dos dias fazendo nada e dos filmes assistidos. Sinto falta de sentir falta de você com data marcada para te encontrar. Sinto falta das manhãs no nosso inferno verde. Sinto falta de saber que você estaria comigo. Sinto falta de você me chamando de flor e de detestar isso. Sinto falta das nossas dúvidas e certezas. Sinto falta da minha melhor amiga.
Te amo, gordinha!
domingo, março 15, 2009
I feel it all
Depois daqueles dias, acostumei a não me importar, já não quero chegar antes para encontrar o começo de cada coisa, entrego a vida ao seu tempo leve, deixo simplesmente que as coisas se soltem e os sentimentos se fortaleçam da forma que for inevitável.
Eu sei que sinto tudo, só não vôo mais com tanta facilidade, um pouco mais de sinceridade no seu sorriso talvez nos fizesse bem. Quando me soltar do chão acho que consigo ver os seus olhos nessa altura segura em que você se colocou.
Conheço as suas cartas, imagino o próximo descarte, compreendo as suas regras e exatamente por isso, decidi que era hora de tirar as minhas apostas.
Nessa madrugada conversamos durante um sonho, um beijo inesperado seguido de passos que transpareciam indiferença. Te contei que naquela noite "te queria pra mim", com sorriso no rosto, você falou que eu nunca te quis de verdade.
Talvez seja verdade, gosto exatamente do jeito que é, livre e por perto.
ps. homenagem a música da Feist do título e também meu toque de celular. ;)
Depois daqueles dias, acostumei a não me importar, já não quero chegar antes para encontrar o começo de cada coisa, entrego a vida ao seu tempo leve, deixo simplesmente que as coisas se soltem e os sentimentos se fortaleçam da forma que for inevitável.
Eu sei que sinto tudo, só não vôo mais com tanta facilidade, um pouco mais de sinceridade no seu sorriso talvez nos fizesse bem. Quando me soltar do chão acho que consigo ver os seus olhos nessa altura segura em que você se colocou.
Conheço as suas cartas, imagino o próximo descarte, compreendo as suas regras e exatamente por isso, decidi que era hora de tirar as minhas apostas.
Nessa madrugada conversamos durante um sonho, um beijo inesperado seguido de passos que transpareciam indiferença. Te contei que naquela noite "te queria pra mim", com sorriso no rosto, você falou que eu nunca te quis de verdade.
Talvez seja verdade, gosto exatamente do jeito que é, livre e por perto.
ps. homenagem a música da Feist do título e também meu toque de celular. ;)
terça-feira, março 10, 2009
Four letter word just to get me along
Nessa noite vamos trancar o mundo lá fora e segurar na mão das nossas verdades. Já paguei o preço de crescer. Não quero perder, mas eu não posso te garantir nada.
Perdemos a noção de certo e errado, construímos vida, destruímos certezas, reformulamos dúvidas. Somos pequenos e gigantes, não cabemos nos nossos próprios corpos, mas sabemos que seriamos a extensão perfeita de um para o outro. Talvez, sejamos tão comuns, só que nunca encontramos pedaços como os nossos. Talvez isso seja tão necessário quanto as palavras.
Eu vou te contar só (mais) uma coisa: sentimos.
Ps: esse texto é baseado em uma música do Incubus e o título é The Ting Tings.
Nessa noite vamos trancar o mundo lá fora e segurar na mão das nossas verdades. Já paguei o preço de crescer. Não quero perder, mas eu não posso te garantir nada.
Perdemos a noção de certo e errado, construímos vida, destruímos certezas, reformulamos dúvidas. Somos pequenos e gigantes, não cabemos nos nossos próprios corpos, mas sabemos que seriamos a extensão perfeita de um para o outro. Talvez, sejamos tão comuns, só que nunca encontramos pedaços como os nossos. Talvez isso seja tão necessário quanto as palavras.
Eu vou te contar só (mais) uma coisa: sentimos.
Ps: esse texto é baseado em uma música do Incubus e o título é The Ting Tings.
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