I think i'll let u know
Um ou outro email perguntando o que houve, uma mensagem falando que passou o dia tentando falar comigo e de antemão respondo: "não houve nada". Os meus poucos motivos passarão pelos olhos dos outros, embora eu ache que você conhece ou não, e pouco importa o esforço que isso faz para existir. "Cansei", já falei isso quando me perguntaram sobre coisas óbvias, enquanto andava apressada para buscar um pedaço da minha vida que não existe. Cansei de me esconder atrás de palavras, quando as metáforas se esconderam da verdade e tudo começou a parecer bonito e só. Sabe, isso é daquelas coisas que alegram e entristecem, é cheio de altos e baixos, de caminhos tortos e retas, de conhecer e desconhecer, reparar nos tiques e fingir que não notei.
Te conto, me conto, conto a quem quiser ler. As coisas não mudariam assim. Fechei isso pensando em sentir falta, em ficar longe para notar o quanto era só cômodo manter, o que me irritava e fazia bem, só irritava, ou só fazia bem, me peguei perdida em um rio de palavras com sentido (só) para mim. Senti falta daqui como sinto falta de um monte de coisas que existe com uma simplicidade absurda como um endereço na barra do explorer.
Tudo foi real demais para ser mentira. Ilusão demais para ser verdade. Precisava apagar aquela maldita mensagem, como queria apagar o passado, mas eu só controlo o meu celular. Saio correndo atrás do que controlo, mas me sinto segura no abraço do descontrole.
Porque o Caio me confessou ontem em palavras "algo sempre fará falta". Acreditei e sorri.
título: the moon and monday