segunda-feira, agosto 25, 2008

Pequenos prazeres

Você me deu bom dia com um sorriso e eu podia sentir leveza no seu olhar. Brilhavam seus olhos mesmo que não conseguisse vê-los. Os meus dias tem sido feito de escolhas. Ir ou ficar, andar ou parar, mudar ou não de emprego, dinheiro ou satisfação, seria insatisfação continuar? Ou é só prazer causados pelas mudanças? Me identifico com outras palavras, outros sorrisos, outros carinhos. Mas em nenhum corpo encontro o seu. É como se em cada novo perfume faltasse um cheiro especial. Em cada abraço faltassem dedos. E os sorrisos fossem dentes e só. Hoje não pensei nada disso, estava enfeitiçada com minha nova descoberta em letras, basta uma coisa qualquer que só você entenderia para lembrar como os outros são os outros. Sabe, tem uma pureza que vive se pondo, como o Cazuza cantou. Uma coisa que as pessoas perdem, se perdem, esquecem as confidências de tão pequenas, não acham que suas particularidades são todas necessárias. Falta respeito e eu vejo ele em você. Manias infantis e bonitas, metáforas acontecendo no mundo real, contei do meu travesseiro, lembra? O meu travesseiro desde cinco anos que minha mãe escondeu de tão velho. Sinto falta dele, mas eu sei onde ele está e de verdade é das coisas que mais me importam na minha casa. O meu velho travesseiro. A minha velha história pra qual eu volto até sentir que chega. Poderíamos transformar ação em palavras finais.

Queria te falar do seu sorriso. Te lembrar do café. Pedir para ficar em silêncio ao meu lado enquanto tento decidir qualquer coisa. Confia em mim. Não são só palavras, mas elas se e fazem só.