terça-feira, setembro 18, 2007

FELICIDADE É UM BEM NATURAL


Então parei e achei que era você. Olhava os seus olhos naquela sala escura. Naquelas horas que antecederam o primeiro beijo. O carinho instantâneo e toda aquela saudade molhada em álcool. E as horas se passavam. E eu ali sem saber o que fazer. Sem saber como olhar nos seus olhos. Esperando você. Como aquele mês, eu esperei você. Até você voltar e tudo poder acontecer. Eu esperei você. Eu já esperei de outra vez e nada foi como aquelas horas. E de repente, você vem com as suas facas e a sua boca perfeita. O seu olhar perdido no meu. O nosso olhar perdido. E a banda, aquela que sela a nossa história. A que eu não consigo desmembrar da sua lembrança. As músicas do cd que eu fiz para você.
E às vezes que eu menti para te ver, valeram pelo seu sorriso. Tudo que eu perdi ou ganhei. Minhas mudanças. Essa indecisão que me persegue agora, sem você. Tudo isso vale a pena quando eu sinto o seu cheiro passar ao meu lado. Não é você. Mas, na minha lembrança sempre vai ser. O primeiro. E depois? Depois eu invento mais amores para cicatrizar os seus cortes e conseguir alguns novos. Eu invento vida para esquecer a minha. Eu escrevo para me livrar desses fantasmas. Esses que andam na sala.
Mas, hoje tem um sol enorme lá fora e a banda no meu ipobre. E as lembranças guardadas em uma caixa em cima do meu guarda-roupa. E você é o meu amigo. E eu ouço você falar de outras e eu falo de outros. Talvez, um dia tudo isso seque. Ou tudo tenha passado, e essa falta seja só o costume de ter por perto. Cadê você e os seus problemas, menino. Cadê você para me causar problemas. Meu amigo. Agora, é isso. Meu amigo.



para um amigo: não é a história do Ludov e ponto.
um dia eu conto. um dia. ainda, não dá.


http://www.youtube.com/watch?v=sdvIz9FCjlM
Da melhor qualidade, como tem que ser. E a letra? E a letra...
Essas coisas me calam.