UFA, FOR A MINUTE THERE,
I LOST MYSELF
Lembra, de quando eu acreditava que era você? E escrevia só para você. Todas aquelas coisas que você fingiu que nunca leu. Mas, eu sabia que um sentimento verdadeiro te nocautearia. E você e todas as palavras que não eram para mim. Você escreveu, escreveu todos aqueles dias, e eu também escrevia, só que retas paralelas não se encontram. E eu segui o meu caminho e você procurou um muro para parar o seu. E continuou, bebendo cada dia mais, só, com seus sentimentos profundos e as suas palavras. Você sempre acreditou que era só isso. E agora, eu sento na frente do meu computador com aquela banda tocando. Aquela que eu cultuo e não tenho esperança em ver um dia. A triste. Aquela que tem um clipe em desenho. A do clipe que ele tá no carro. E ele caminha com o karma dele. Tem a história do acidente e o medo que ele tem de carros. E você tem a história das suas desilusões e o medo que você tem das palavras.
Você é daqueles que cutucam cada medo pra fingir que é forte. Que nada te abala. Mas, eu só precisava ter olhado no fundo dos seus olhos para que eles denunciassem a sua covardia anunciada. E eu posso te imaginar com 40 anos e alguns estranhos para te ajudar. Estranhos que você nunca vai conhecer. Não triste por não saber quem eles são. Não triste porque você sempre achou que tristeza era legal. Você sempre achou que o peso do sofrimento nas suas palavras te destacaria da multidão. Mas, se eu tivesse visto seus olhos nesse final de semana eu não teria te escolhido. Não teria. Tudo tão melhor sem você. Eu queria encontrar o que sempre sonhei e achei o que me avisaram. E hoje eu notei como perdi meus pensamentos achando que deveria estar ai, achando que minhas palavras deveriam transpor as leis da matemática e fazer duas retas se encontrarem. Duas retas paralelas nunca se encontram. Por tudo que passou, meu muito obrigada.