sábado, janeiro 26, 2008

I SAID...


Eu queria controlar tudo isso. Deixar de ser ariana. Arrancar todo o impulso que guia minha vida. Pensar. E depois não ouvir aquele cara falar que eu sempre ando a dez passos dos outros. Enquanto eles pensam, eu tenho um filme com final feliz pronto. Mas, as pessoas não aceitam a minha direção e o filme nunca sai. Ou sai, mas eles esquecem que o final era FELIZ.

Oka, eu aceito, eu paro, eu fico quieta. Tudo bem. Eu quero as coisas agora, , mas não estou com a menor pressa. Queria. Mas não tenho pressa. Tem as coisas que eu sei. Tem as certezas juntas. Os amigos pertos. O sobrado na Bela Cintra. Os blogs de pessoas que me fazem sorrir no msn e na vida. Os meus amigos descobrindo que eu sou técnica de informática dentro de todo esse turbilhão. A caixa de cerveja, o mojito, os amigos e o lugar falando alto. Um barulho ensurdecedor. Eles gritando: "It's 1, 2, 3, take my hand and come with me". Eles gritam, a gente canta, todo mundo pula. Tudo pisca naquele lugar com chão quadriculado.

Eu andaria por todas essas ruas. Pararia o mundo. Mudaria a cor de tudo que eu sinto. Aprenderia cinco línguas simultaneamente. Voltaria pro curso de libras. Faria código morse. Se algum desses jeitos fosse capaz de ser o suficiente. Eu devo gostar de me sentir assim. Uma dose de auto sabotagem e masoquismo, por favor. Juntas e dupla. Sem gelo. Bebo tudo de uma vez e sinto meu corpo arrepiar. Minhas mãos esfriarem. Meus olhos ficarem fora da órbita. Dentro dos seus.

Nesse instante o meu amigo lembrou o nosso código. O que fazia o outro saber que pensávamos nele. Um toque no celular. Eu ia tirar o fone. Mas só precisei abrir e ver o nome dele. Sorrio com a saudades.

O tempo é capaz de acabar com tudo. De mudar os planos. O tempo vai fazer tudo passar. Mas, o tempo, esse também é quem faz o 'muito' fazer sentido. Eu queria por muito tempo. Sem conseguir pensar até quando. Tudo é bom. Tudo.

Agora, chega. Porque eu parei. O impossível é filme no dvd nessa tarde fria.