quinta-feira, novembro 30, 2006

SÓ VAZIO E SURPRESA

Se as vezes é tão difícil acertar a chave na porta, como pode ser tão fácil nos perder em sentimentos? Se as vezes esta coisa banal é assim tão inconstante. Parece que a chave mudou de cor, tamanho, forma ou a fechadura engordou, cresceu, diminuiu. Não importa, não cabe, não entra e não abre. MAs não abre de jeito nenhum. Ou simplesmente assim como eu, você esta tentando a chave errada, ou mesmo a porta errada. Depende da perspectiva. A chave estranha, gorda, magra, menor ou maior há de ser de algum lugar. Talvez não desta porta a qual insistentemente você tenta abrir. Sabe, tenho uma chave aqui. Ela é pequena, curta, magra e esta pressa num chaveiro colorido que não sei ao certo que figura tenta ser. Não sei o que ela abre e também não me recordo de te-la visto a tempos. Talvez, eu esteja perdida assim como ela. E se alguém achar minha chave, não tente abrir portas pode ser perigoso. Considerações finais para um texto vazio: nada termina até que chegue o fim. E o fim ainda não é aqui. Talvez seja para algumas pessoas, talvez eu esqueça chaves pelo caminho, talvez as deixe com estranhos, talvez seja mais feliz assim, talvez precise de pessoas que saibam fechar histórias, que tenham respeito pelo sentimento alheio, que não estejam sempre procurando a si mesmo nos outros, que tenham o egocentrismo controlado, que não entrem comigo em um duelo de egos, que seja amigo até quando os chaveiros fecham. Nem eu. Nem você. Nem ele. Nem ela. Nem vocês. Nem nós. Nem vós. Nem eles. Nem chaves. Nem fechaduras. Nem teclado. Nem celular. Nem telefone. Nem amigo. Nem amiga. Nem melhor. Nem pior. Nem certo. Nem errado. Nem começo. Nem fim. Nem mágoa. Nem alegria. Nem felicidade. Nem tristeza. Nem fome. Nem sede. Nem frio. Nem calor. Só vazio e surpresa.