sexta-feira, julho 11, 2008

Livre...

Procurava nos seus passos onde tinha deixado as certezas caírem. Deixou certas coisas passarem. Tinha dentro de si as justificativas que preenchia suas dúvidas, falava medo e incerteza, escondia-se enquanto sorria com os lábios e guardava os olhos para algo que se movia longe. No olhar dele encontrava dúvida e as mãos que a paralisavam. Beijos na testa cheio de respeito enquanto suas mãos faziam carinhos infantis, fazendo-a sentir querida e protegida, segura e forte.

De tudo
Ela sempre quis mais


Entregava a ela as mãos na cintura tímido no meio da multidão, a envolvia em um abraço como um laço, colocava seu rosto perto de seu pescoço, como se de lá viesse o cheiro do mundo, falava as coisas que ela sonhava um dia ser verdade.

Do incerto
Ele era o mais natural


Olhava os passos dele e media o descontrole, sabia que diante dela, ele se deixava ser criança. Ela sempre gostou do poder e sentir que tirava dele as máscaras, te entregava alguns.

Diante de tudo
Ela não sabia querer


Contava os passos, desfazendo as rotas, com medo de tê-lo e ser dele, por uma noite ou uma tarde ensolarada, temia a sua poesia tanto quanto temia a vida.

Por falta de culpados
Viam a si mesmo


Não era um erro, nem tão pouco chamariam aquilo de acerto, sabiam que era o certo, porque a falta e a vontade de estar por perto sempre falava alto demais, foi quando ela resolveu ser surda que deixou claro: seria dele, sempre, mesmo que longe.

Um beijo mudaria tudo e disso, nem eles sabiam.




ah, que hoje acabe, com ficção e alegria. exausta.