segunda-feira, junho 04, 2007

CONTINUARÁ

Quem sou eu? Quem? Quantas interrogações posso pregar na vida? Quantas?Quero respostas. As respostas que estão aqui. Só as minhas respostas. Não espero nada de ninguém.Ando cansada. Presa nesta casa sombria trancada pelo lado de fora. Faz frio aqui. O edredom não dá mais jeito, ele não aquece minhas entranhas gélidas. É ali que este frio congela. Meus nervos. Minhas juntas. Meus medos. Congelados. E eu aqui, presa nesta casa trancada pelo lado de fora. Janelas trancadas com as madeiras do futuro, presas com os pregos que furaram meu coração. Os furos que o deixou assim. Acho que não sou capaz de amar ninguém. Sou incapaz de me dar. Egoísta, com todas a letras. Tenho medo do mundo lá fora. Queria que alguém abrisse a porta e fosse. Não quero ninguém aqui. Faz parte da auto-sabotagem. Se eu me machuco, foda-se. Os outros, eu odeio machucar os outros. Odeio o sofrimento alheio e ele não liga meu foda-se. Não quero um coração. Não quero nada nas minhas mãos quando sair daqui. Quero medos. Quero a loucura. Não um coração, sangrento e belo. Deixe o sentimento do lado de fora e entre sem limpar os pés. Acho piegas e inútil esta vontade universal de amar. Acho mesmo, afirmo isto sabendo que tentaram me retaliar. Mas eu acho, escrevo e falo o que eu quero. É assim, sempre foi assim e enquanto não me pagarem por ajustes continuará sendo.