domingo, junho 08, 2008

Cinema

Então, nós aprenderemos a perder e se libertar de tudo, ficaremos com o simples. Esqueceremos. Porque abençoados são aqueles que esquecem do mundo e é por ele esquecido. Vivendo em uma nuvem branca de paz, onde nada precisa ser dito, e os ouvidos estão alertas aos silêncios despregados em desespero consumido. E tudo se encaixa e desencaixa. A falta nada mais seria do que o costume, o cômoda, o certo e o mais fácil. Nada mais importaria. Os abraços me protegem enquanto eu tento fugir.

Viver é muito mais fácil com os olhos fechados, sem entender tudo que vê, ficaria realmente difícil ser alguém diferente, quando procura a igualdade, quando espera do mundo só que ele não espere nada de você. Como se depois de entender o mecanismo desse jogo chamado viver, alguém, ainda, esperasse algo. Espertos devem ser aqueles que vivem no acaso, estendem a mão e sorriem, como crianças inocentes diante de algo novo. Ainda acreditando em conto de fadas com 3 ou 30 anos. Mas vendo neles toda a mentira que os outros esperam. Afinal, quando falam, "felizes para sempre" criamos na nossa cabeça anos e mais anos, sem saber que o sempre pode ser os minutos de um beijo interminável. Experimentando conceitos como prato de entrada e as dúvidas deles na sobremesa.

Quando caminhar por aquela rua, nada mais será real, te deixarei esquecido com todas as músicas que fizeram de uma noite longe, próxima demais, que te colocaram ali, me olhando em letras e melodia. Talvez não tenha ninguém no meu lugar, alto ou baixo, nem tudo é tão ruim assim.

Enquanto existir canetas, bares, amigos e o acaso fizer cinema.
Isso continuará sem importar.






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